Efraín Ríos Montt, ex-ditador militar da Guatemala, governou a Guatemala com mão de ferro entre 1982-83 e que foi acusado de genocídio de indígenas

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Ex-ditador guatemalteco Ríos Montt acusado de genocídio

 

 

Ex-ditador da Guatemala Efrain Rios Montt fala em sessão da Suprema Corte da Justiça do país, onde se defende de acusações de genocídio (Foto: Reuters/Jorge Dan Lopez)

 

 

 

Ríos Montt governou o país por 17 meses de 1982 a 1983. Em 2013, foi condenado a 80 anos de prisão por genocídio e crimes contra a humanidade

 

José Efraín Ríos Montt (Huehuetenango, 16 de junho de 1926 – 1º de abril de 2018), ex-ditador militar guatemalteco que governou a Guatemala com mão de ferro entre 1982-83 e que foi acusado de genocídio de indígenas.

Ele chegou a ser condenado por genocídio de indígenas, mas sentença foi anulada; Ríos Montt esteve no poder em 1982 e 1983.

Ríos Montt era acusado de ter promovido um genocídio indígena nos 17 meses em que esteve no poder, considerado o mais sangrento da guerra civil (1960-1996).

Em 1982 e 1983, exército guatemalteco promoveu 15 massacres contra 1.171 indígenas maias-ixiles no departamento de Quiché, no noroeste do país.

O ex-militar, acusado de arrasar aldeias indígenas durante seu violento regime, morreu em meio a um processo por crime de genocídio, que correu sob sigilo depois que foi diagnosticado com demência senil e outras problemas médicos.

O processo penal o teria permitido, caso fosse condenado, cumprir prisão domiciliar ou em um centro assistencial de escolha da família.

Retirado do poder por outro golpe de Estado, o militar e antigo ditador, foi julgado, em 2013, pelo massacre de mais de mil indígenas da etnia Ixil, que vive no norte da região guatemalteca de El Quiché, e pelo assassinato de 250 camponeses em Petén, região mortenha do país.

O ex-chefe de Estado havia sido condenado em 10 de maio de 2013 a 80 anos de prisão por crime de genocídio por um Tribunal de Mayor Riesgo, entrentanto, dez dias depois sua condenação foi anulada por falhas processuais pela máxima instância penal do país, a Corte de Constitucionalidade (CC).

A Ríos Montt, o tribunal o responsabilizou pela morte de 1.771 indígenas maias ixiles no departamento de Quiché (norte) durante seu governo de fato.

Ríos Montt chegou ao poder por meio de um golpe de Estado em 23 de março de 1982 e foi derrotado da mesma forma por seu ministro da Defesa, Oscar Mejía Victores, em 8 de agosto de 1983.

Seu curto período no governo foi considerado um dos mais violentos durante os 36 anos de guerra civil no país, segundo um relatório da ONU apresentado em 1999, que afirma que foi cometido ato de genocídio na Guatemala.

Segundo o documento, entre 1978 e 1984 ocorreram 91% das violações de direitos humanos da guerra, que deixou 200.000 mortos e desaparecidos.

Ríos Montt morreu em 1º de abril de 2018, aos 91 anos, em sua residência em decorrência de um infarto, confirmou a jornalistas um dos advogados que defendeu o ex-ditador durante o julgamento por genocídio e é próximo à família, Jaime Hernández.

Outro de seus advogados, Luis Rosales, comentou que o ex-chefe de Estado “morreu em casa, com o amor de sua família, com sua consciência sã”.

Rosales garantiu ao jornal Prensa Libre que Ríos Montt “morreu em paz, tranquilo, e todos com a convicção de que no país nunca houve genocídio e que ele foi inocente do que o acusaram” sobre o que ocorreu no contexto de guerra civil vivido pelo país entre 1960 e 1996.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2519 – MUNDO – AFP – 01.04.18)

(Fonte: https://noticias.r7.com/internacional – INTERNACIONAL /  por REUTERS – 01/04/2018)

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