Stephen Sondheim, compositor e letrista da Broadway, ajudou o teatro musical norte-americano com obras como “West Side Story”, “Into the Woods” e “Sweeney Todd”

0
Powered by Rock Convert

Lenda da Broadway

 

Stephen Joshua Sondheim (Nova Iorque, Nova York, 22 de março de 1930 – Roxbury, Connecticut, 26 de novembro de 2021), compositor e letrista da Broadway, ajudou o teatro musical norte-americano a evoluir além do puro entretenimento e alcançar novas alturas artísticas com obras como “West Side Story”, “Into the Woods” e “Sweeney Todd”.

 

Um dos maiores autores de musicais dos EUA, Sondheim era considerado o principal letrista da Broadway da segunda metade do século 20, acumulou sucessos desde a década de 1950, colocando seu nome em clássicos como “West Side Story”, “Company” e “Gypsy”, entre outros. Seu trabalho foi sempre marcado pela originalidade, como a ideia transformar “Romeu e Julieta” numa disputa de delinquentes latinos de Nova York, em “West Side Story”, ou musicar a história de um barbeiro serial killer em “Sweeney Todd”.

Desde que a adaptação de “West Side Story”, produzida em 1961, conquistou nada menos que 10 Oscars (incluindo Melhor Filme), suas obras se tornaram bastante visadas por Hollywood. O próprio “West Side Story”, que é conhecido no Brasil pelo título nacional “Amor, Sublime Amor”, está voltando às telas em dezembro, com uma nova filmagem dirigida por Steven Spielberg.

“Gypsy” foi a segunda adaptação em 1962 – lançada como “Em Busca de um Sonho” nos cinemas brasileiros. Outras adaptações de sucesso incluem “Sweeney Todd” em 2007, com Johnny Depp psicopata e direção de Tim Burton, e “Into the Woods” (ou “Caminhos da Floresta”), com Meryl Streep bruxa e direção de Rob Marshall em 2014.

Seus espetáculos também inspiraram documentários cultuados, como “Original Cast Album: Company”, que registrou em 1970 os bastidores da trilha da peça “Company”, com direção do mestre D.A. Pennebaker.

Soundheim ainda colaborou na criação de músicas para o cinema, vencendo o Oscar de Melhor Canção Original em 1991 por “Sooner or Later (I Always Get My Man)”, cantada por Madonna no filme “Dick Tracy”.

Além disso, foi roteirista, assinando episódios da série “Topper” nos anos 1950 – inspirada no filme “A Dupla do Outro Mundo” (1937) – , e o suspense criminal “O Fim de Sheila” (1979), de Herbert Ross (1927-2001).

 

A sua importância histórica é gigantesca, pois Sondheim deu prosseguimento à revolução operada por Rogers e Hammerstein, na Golden Age da Broadway (décadas de 1940 e 1950) e trilhou novos caminhos, sobretudo com a sua produção dos anos 1970 e 1980. Mais tarde ele se tornou exemplo e fonte de inspiração para o talento de autores contemporâneos, como Jonathan Larson, e abriu caminhos para musicais como Dear Evan HansenFun Home, ou até mesmo Hamilton.

 

Sondheim, cujos oito prêmios Tony supera qualquer outro compositor, começou cedo, aprendendo a arte do teatro musical quando ele era apenas um adolescente com o letrista Oscar Hammerstein II, de “A Noviça Rebelde”.

 

Os musicais de maior sucesso de Sondheim incluíram “Into the Woods”, que estreou na Broadway em 1987 e usou contos de fadas infantis para desembaraçar obsessões adultas, o thriller “Sweeney Todd”, de 1979, sobre um barbeiro assassino em Londres cujas vítimas são servidas como tortas de carne, e “A Funny Thing Happened on the Way to the Forum”, de 1962, uma comédia ao estilo “Vaudeville” ambientada na Roma antiga.

 

“Eu amo tanto o teatro quanto a música, e toda a ideia de chegar a um público e fazê-los rir, fazê-los chorar –apenas fazê-los sentir– é primordial para mim”, disse Sondheim em uma entrevista de 2013 à Rádio Pública Nacional dos EUA.

 

Vários dos musicais de sucesso de Sondheim foram transformados em filmes, incluindo “Caminhos da Floresta”, estrelado por Meryl Streep, e “Sweeney Todd”, com Johnny Depp. Uma nova versão cinematográfica de “Amor, Sublime Amor”, para a qual Sondheim escreveu a letra da música de Leonard Bernstein, que estreou em dezembro.

 

Seu trabalho mais influente foi mesmo “West Side Story”, musicado por Leonard Bernstein, que contou com direção e coreografia revolucionária de Jerome Robbins em 1957. Até então, os musicais eram conhecidos por representarem histórias românticas e superficiais, em que o mais importante eram as dançarinas bonitas e a exuberância visual. Com a peça materializada com as letras de Soundheim, o gênero se tornou sério, tanto em temática quanto em arte, combinando todo o potencial performático de dança, música e interpretação.

 

Stephen Sondheim faleceu em 26 de novembro de 2021 em casa, aos 91 anos, informou o New York Times.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em um tuíte nesta sexta-feira sobre Sondheim: “Uma das luzes mais brilhantes da Broadway se apagou esta noite. Que ele descanse em paz”.

A atriz e cantora Anna Kendrick chamou a morte de Sondheim de “uma perda devastadora”.

“Atuar em sua obra tem sido um dos maiores privilégios da minha carreira”, acrescentou Kendrick em um tuíte.

Lin-Manuel Miranda, criador de “Hamilton” e pupilo de Sondheim, descreveu o mestre como o maior letrista de teatro musical.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/musica/noticias – MÚSICA / NOTÍCIAS / ENTRETENIMENTO / por (Reportagem de Alex Dobuzinskis, em Los Angeles) – (Reuters) – 26/11/2021)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO / GENTE / por Pipoca Moderna – 26 nov 2021)

Powered by Rock Convert
Share.