René Goscinny, famoso por ter criado personagens como Lucky Luke, Iznogoud, o califa Harun Al Mofad, João Pistolão, Humpá-Pá e Asterix o gaulês

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Rene Goscinny; História em quadrinhos criada

 

René Goscinny (Paris, 14 de agosto de 1926 – Paris, 5 de novembro de 1977), desenhista francês de banda desenhada, famoso por ter criado personagens como Lucky Luke, Iznogoud, o califa Harun Al Mofad, João Pistolão, Humpá-Pá e Asterix o gaulês, entre outros.

René, criador do personagem de quadrinhos francês Asterix, o Gália, começou a escrever os roteiros em francês para a série Asterix em 1959. Os personagens de Asterix e seu amigo Obelix, que travaram uma guerra perpétua contra os ocupantes romanos da Gália, foram ilustrados por Albert Udezro.

Os textos foram traduzidos para dezenas de idiomas, e suas histórias em quadrinhos publicadas em forma de livro venderam 18 milhões de cópias em todo o mundo.

Goscinny também escreveu roteiros para outro sucesso em quadrinhos, a série de caubói Lucky Luke.

Goscinny foi o criador de um símbolo da França, conhecido para milhões de leitores em todo o mundo, conseguiu, com efeito construir em Asterix uma personagem que, ao longo de aventuras em quadrinhos, sintetiza à perfeição a alma do francês médio.
 
Asterix foi tão ou mais famoso que Brigitte Bardot ou o general De Gaulle, mais traduzido que qualquer escritor francês, de Victor Hugo à André Malraux. 
 
A exatidão dessa caricatura explica, sem dúvida, os insultos com que suas primeiras aventuras – já então desenhadas por Albert Uderzo – foram recebidas na França, em outubro de 1959. O caricaturado não pode deixar de reconhecer-se em seus ancestrais gauleses que no ano 50 antes de Cristo lutam para expulsar o invasor romano.
 
Asterix é arrebatado mas prudente, briguento mas razoável, astucioso, patriota exaltado. Obelix, a mais humana e amada das criaturas de Goscinny, é comilão, inflamado, vaidoso, invejoso. Os principais coadjuvantes dessa dupla são Panoramix, o inventor da poção mágica que permite aos gauleses derrotar os romanos: Abracurcix, o irascível chefe da aldeia, eternamente temeroso de que o céu lhe caia sobre a cabeça; e Chatotorix, o bardo que se crê genial.
 
Asterix não é um símbolo”, insistia Goscinny, “é apenas um homenzinho que faz rir.” Apesar disso, só com a publicação do sexto episódio, em 1965, as aventuras dos gauleses foram aceitas e se tornaram moda, na França e depois em quase todo o mundo. A partir de então multiplicaram-se os leitores – e esotéricas interpretações: para alguns estudiosos dos quadrinhos, a poção mágica de Panoramix simbolizaria o general De Gaulle, enquanto a aldeia do grupo seria o ventre materno.
 
Levados ao cinema em filmes de grande sucesso, os gauleses, capitaneados por Asterix e Obelix, distribuíram-se também no mercado como marca de azeite, iogurte, queijo, roupas e dezenas de outros produtos. E, inelutavelmente, obscureceram as demais criaturas de René Goscinny – o cowboy Lucky Luke, o califa Iznogoud e o pele vermelha Humpá-Pá – nenhuma delas tão francesa e tão universal quanto Asterix.
Goscinny faleceu em 5 de novembro de 1977, aos 51 anos de idade, em Paris.
(Fonte: Veja, 16 de novembro de 1977 – Edição 480 – LITERATURA/ Por GERALDO GALVÃO FERRAZ – Pág: 129)

(Fonte: https://www.nytimes.com/1977/11/07/archives – New York Times Company / ARQUIVOS / Os arquivos do New York Times / por (AP) – PARIS, 6 de novembro – 7 de novembro de 1977)

Sobre o Arquivo

Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação online em 1996. Para preservar esses artigos como eles apareceram originalmente, o The Times não os altera, edita ou atualiza.
Ocasionalmente, o processo de digitalização apresenta erros de transcrição ou outros problemas; continuamos a trabalhar para melhorar essas versões arquivadas.
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