Quirino Campofiorito, pintor que procurou inserir sua experiência entre a linguagem abstrata e a figurativa

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Quirino Campofiorito (Foto: Rui Faquini)

Quirino Campofiorito (Foto: Rui Faquini)

Quirino Campofiorito (Belém do Pará, 7 de setembro de 1902 – Niterói, Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1994), pintor que procurou inserir sua experiência figurativa, pela presença do elemento figurativo. Campofiorito captou o ponto de coincidência entre a linguagem abstrata e a figurativa, e, de certo modo, reverteu o processo que conduzia à desintegração da pintura. Nesse esforço por juntar elementos antagônicos, Campofiorito realizou alguns trabalhos de real interesse.

Aluno de Belas Artes, colaborava como cartunista em publicações como “O Malho”, “O Tico-Tico”, “Diário da Noite” e “Jornal do Commércio”, entre outras. Em 1929, aos vinte e sete anos, ganhou uma bolsa de estudos na Europa pelo seu desempenho nas salas de aula.

Antes de viajar, casou-se com a primeira mulher a ingressar no curso de pintura da Escola de Belas Artes, sua aluna Hilda Eisenlohr (1901-1997). A estada do casal na Europa foi de estudos e viagens. Voltaram ao Brasil em 1934 quando Quirino realizou sua primeira exposição individual. Ainda naquele ano, o casal transferiu-se ara Araraquara, interior de São Paulo, atendendo a convite para que Quirino fundasse e dirigisse a Escola de Belas Artes local. 

Em 1935 Quirino fundou o jornal “Belas Artes”, o primeiro periódico a tratar exclusivamente de arte. Durante cinco anos, Quirino divulgou amplamente o trabalho de novos pintores, ao mesmo tempo em que passou a atuar como crítico de arte.

Três anos mais tarde, assumiu a cátedra de desenho na Escola Nacional de Belas Artes. À partir de 1949, ocupou a cadeira de Arte Decorativa. No início dos anos cinqüenta , teve importante participação nos salões de arte moderna do país. 

Quirino Campofiorito publicou livros de arte, como “História da pintura brasileira no século XIX” e “Vida e obra de Bustamante Sá”. Foi, também, membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (Aica), sediada em Roma, além de professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, Hilda ia se firmando como uma das mais excepcionais coloristas da pintura brasileira do século XX, e foi a última remanescente dos três extraordinários casais da arte pictória do Brasil: Georgina e Lucílio de Albuquerque, Haydée e Manoel Santiago e Hilda e Quirino Campofiorito.

Quirino Campofiorito morreu no dia 13 de setembro de 1994, em Niterói, Rio de Janeiro. 

(Fonte: Veja, 15 de agosto de 1979 – Edição 571 – ARTE/ Por Ferreira Gullar – Pág: 117)

(Fonte: http://www.culturaniteroi.com.br – PASCHOAL CARLOS MAGNO)

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