Primeira mulher negra candidata a primeira-ministra de Portugal

0
Powered by Rock Convert

Historiadora é 1ª mulher negra candidata a primeira-ministra de Portugal

 

Presença de Joacine Katar Moreira como liderança de um partido impulsionou debate racial no país

Presença de Joacine Katar Moreira como liderança de um partido impulsionou debate racial no país

Com doutorado em estudos africanos e um longo histórico de militância contra o racismo, a historiadora Joacine Katar Moreira, 37, é a primeira mulher negra a concorrer ao cargo de premiê em Portugal.

 

Primeira na lista do partido Livre, pequena legenda de esquerda que ainda não tem representação parlamentar, Joacine, segundo as pesquisas de intenção de voto, não tem chances de chefiar o Executivo, embora alguns dos levantamentos indiquem que é possível que seja eleita deputada no pleito que ocorreu em 6 de outubro.

 

 

Atualmente, só há um negro entre os 230 legisladores portugueses.

 

Nascida na Guiné-Bissau, Joacine mudou-se com a família para Portugal aos oito anos.

 

 

Além de negra e estrangeira, ela tem uma espécie de gagueira severa. Suas presenças nos debates e entrevistas normalmente é acompanhada de uma enxurrada de comentários racistas e depreciativos nas redes sociais.

 

Embora reconheça o potencial disruptivo de sua campanha, Joacine rebate críticas de que estaria “se aproveitando da condição de negra” para ganhar votos.

 

A presença de uma mulher negra pela primeira vez como cabeça de lista de um partido ajudou a trazer para a agenda política portuguesa a questão racial, ainda pouco discutida no país.

 

 

“Eu não faço parte só de minorias, sou também de muitas maiorias. Eu faço parte de uma grande maioria de indivíduos que têm salários baixíssimos”, diz ela.

 

A candidata afirma que olhar para as reivindicações feministas, da comunidade LGBT e dos movimentos anti-racistas é uma maneira de reforçar a democracia na Europa.

 

“O reforço democrático exige que qualquer indivíduo na Europa, qualquer indivíduo em Portugal, seja olhado como cidadão antes de ser olhado como imigrante, como refugiado etc.”, diz.

 

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/10 /  PORTUGAL – MUNDO / Por Giuliana Miranda – 5.out.2019))

Powered by Rock Convert
Share.