Primeira mulher a fazer o discurso de inauguração da Assembleia Geral das Nações Unidas

0
Powered by Rock Convert

Dilma abre nesta quarta debate da Assembleia Geral das Nações Unidas

Presidente falará de crise, conflito no Oriente Médio e aquecimento global.

Dilma tem encontros com chefes do Reino Unido, França, Peru e Colômbia.

A presidente Dilma Rousseff abriu na quarta-feira 21 de setembro de 2011, às 9h no horário local (10h em Brasília), o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Primeira mulher a fazer o discurso de inauguração do evento, que por tradição cabe ao chefe de Estado brasileiro, Dilma falou sobre a crise financeira internacional, conflitos no Oriente Médio, aquecimento global e participação política das mulheres.

A presidente citou no discurso o apoio do Brasil à criação do Estado Palestino, um dos principais temas a serem debatidos na Assembleia da ONU.

Sobre a crise econômica, Dilma reforçou a defesa por medidas que estimulem investimentos e reforcem o mercado interno.

Dilma tem criticado políticas adotadas pelos Estados Unidos e outros países desenvolvidos no combate à turbulência financeira. Em entrevista na última quarta (15), a presidente afirmou que falta ao governo norte-americano “decisão política” que estimule investimentos e “recicle” o endividamento da população.

Ainda no discurso da abertura, Dilma defendeu maior empenho dos países, principalmente dos desenvolvidos, na proteção do meio ambiente e redução das emissões de gases do efeito estufa.

Ela citou as preparações para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será sediada no Brasil em junho de 2012.

A presidente falou ainda sobre a importância de garantir maior participação das mulheres na política. Em discurso na terça (19), no Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres, Dilma destacou a presença feminina em sua equipe ministerial, principalmente no “núcleo central” do governo.

Ela afirmou ainda a questão de gênero está “longe de ser um tema acessório”, mas uma “prioridade na agenda internacional”. “São as mulheres as que mais sofrem com a pobreza, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual. A crise econômica e as respostas equivocadas a ela podem agravar esse cenário.”

Reuniões

Antes de seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente teve, às 8h30, uma breve audiência com o secretário-geral do organismo internacional, Ban Ki-moon.

Ao longo da tarde da quarta, Dilma teve reuniões bilaterais, pela ordem, com o premiê do Reino Unido, David Cameron, com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, do Peru, Ollanta Humala, e da da Colômbia, Juan Manuel Santos.

De acordo com o Planalto, mais de 40 países pediram audiências com Dilma. Devido à agenda apertada, a presidente precisou selecionar.

Líbia

Além de tratar da criação de um Estado Palestino, líderes dos mais de 190 países integrantes das Nações Unidas irão debater o futuro político da Líbia, que vive uma guerra civil desde fevereiro deste ano, quando grande parte da população se rebelou contra a ditadura de 42 anos do coronel Muhammar Kadhafi.
A ONU deverá decidir se apoia formalmente o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, formado pelos rebeldes que lutam contras as forças de Kadhafi. A tendência é de que as Nações Unidas defendam que o CNT assuma o poder provisoriamente e organize eleições.

(Fonte: www.g1.globo.com/politica – Nathalia Passarinho/Do G1, em Brasília – 21/09/2011)

Powered by Rock Convert
Share.