Osvaldo Fernandes Vergara, foi figura de destaque no cenário da história gaúcha, presidente da OAB/RS

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Osvaldo Fernandes Vergara: uma figura de expressão no RS

 

Osvaldo Fernandes Vergara (Jaguarão (RS), 11 de fevereiro de 1883 – Porto Alegre, 30 de outubro de 1973), foi figura de destaque no cenário da história gaúcha: advogado

 

Ele consagrou uma trajetória intelectual ao longo da vida. Professor de Português e Francês, político, escritor, delegado de polícia, presidente da OAB/RS, entre outras atividades que exerceu com sabedoria e competência marcaram sua carreira profissional.

 

Vergara nasceu no dia 11 de fevereiro de 1883, na cidade de Jaguarão (RS) onde passou parte de sua infância. Filho de Felisberto Fernandes Vergara e de Mercedes Espinosa Vergara, mudou-se para Pelotas, em 1890. Dois anos depois foi morar em Porto Alegre com o professor Ignácio Montana, que também era natural de Jaguarão.

 

Desde cedo Vergara já trabalhava como escriturário e guarda-livros da firma Franco e Ramos e Cia. A dedicação à língua portuguesa e o interesse pelo francês oportunizou Vergara a lecionar em ambas as áreas na Escola Brasileira. Em 1900 foi nomeado escriturário do Tesouro do Estado, após um concurso que o classificou em 1º lugar. Dois anos depois, ingressou no curso de Direito da Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre (atual Faculdade de Direito da UFRGS).

 

Tornou-se bacharel em Direito no dia 25 de dezembro de 1907 e um anos após a formatura começou a atuar como delegado de polícia em Porto Alegre. Em 1915,  foi nomeado para lecionar Português, Francês e escrituração mercantil na Escola Complementar de Porto Alegre (atual Instituto de Educação Flores da Cunha) e na Escola do Comércio de Porto Alegre (hoje Faculdade de Ciências Econômicas e Contábeis da UFRGS).

 

Vergara também lançou alguns livros ao longo de sua vida. Como exemplos, a Consolidação das Leis Fiscais do Estado do Rio Grande do Sul, Questões Vernáculas, Prontuário do Regulamento do Imposto de Consumo, Problemas de Português e Comentários do Código do Processo Civil e Comercial do Estado do Rio Grande do Sul.

 

 

Trajetória política e profissional

 

 

Em 1926 o Rio Grande do Sul passou por um período de crise na pecuária, ao mesmo tempo em que o País observa a ascensão de Washington Luís à presidência do Brasil. Nesse mesmo ano, Vergara auxilia na fundação do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. Em 1928, ele assume a presidência do Conselho Municipal de Porto Alegre, mantendo-se no cargo até 1930. Um ano depois, é eleito diretor da Sociedade Anônima Moinhos Rio-Grandenses e presidente da OAB/RS.

 

A gestão como deputado federal pelo Partido Social Democrático perdurou de 1947 a 1949. No ano de 1951 Vergara foi eleito presidente do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul. E, em 11 de agosto de 1967, recebeu da OAB/RS, a comenda de Advogado Emérito, sendo ele o primeiro membro a ser distinguido com essa homenagem. No mesmo ano, recebeu da Faculdade de Direito o título honorário de Mestre de Estudo.

 

Aos 90 anos, vítima de infarto, Vergara faleceu no dia 30 de outubro de 1973, em Porto Alegre.

 

Para homenageá-lo, a OAB/RS criou a Comenda Osvaldo Vergara, em 11 de junho de 1975. Essa comenda tem por finalidade agraciar advogados que prestaram serviços relevantes à Ordem e à classe.

 

A Comenda Osvaldo Vergara, mais importante distinção prestada pela OAB-RS aos advogados e advogadas que por seu trabalho dignificam a classe, foi o destaque de sessão magna realizada no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em 11 de agosto de 2007, alusiva ao Dia do Advogado.

O nome da honraria é uma distinção a uma figura de destaque no cenário da história gaúcha: o advogado Osvaldo Fernandes Vergara.

(Fonte: http://www.jornaldaordem.com.br/noticia – Advocacia / Por Juliana Chaves, da redação do JORNAL DA ORDEM – 10.08.07)

 

 

Fontes: pesquisa da professora Dr. Luiza Horn Iotti da Universidade de Caxias do Sul; Centro de Ciências Humanas e da Comunicação; Departamento de História e Geografia.

Bibliografia:

* Atlas Histórico Brasil 500 anos. Istoé. São Paulo: Três S/A, 2000.

* CHIES, Guiomar. Os poderes fazem história. Caxias do Sul: Evangraf, 1999.

* COGGIOLA, Oswaldo. Governos militares na América Latina. São Paulo: Contexto, 2001. 121p. (Repensando a História do Brasil).

* FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 1996.

* LIMA, Affonso Guerreiro. Cronologia da História Rio Grandense. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1936.

* PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997. 142p. 8° Ed. (Série Revisão, 1).

* Fotografias cedidas pela Universidade de Caxias do Sul

Rodney Silva
Jornalista – MTB 14.759

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