O primeiro brasileiro a vencer a Libertadores como técnico e como jogador

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ÍDOLO IMORTAL

Renato Gaúcho se torna o primeiro brasileiro a vencer a Libertadores como técnico e como jogador

Renato é o 1º brasileiro a ganhar Libertadores jogando e como técnico

Treinador é o primeiro brasileiro a atingir o feito que é formado por um grupo de, agora, oito pessoas

 

Renato Gaúcho

Campeão da Libertadores como jogador e técnico, Renato vira mito no Grêmio | (Foto: Fabiano do Amaral)

 

“Figura emblemática”

Principal ídolo do Grêmio, Renato Gaúcho escreve mais um capítulo na história do clube e do futebol brasileiro

Renato Portaluppi é o grande ícone do tricampeonato do Grêmio na Libertadores. Campeão mundial como jogador em 1983, o ídolo gremista foi o técnico que montou o time campeão da Copa do Brasil em 2016 e da América em 29 de novembro, com a vitória sobre o Lanús por 2 a 1.

Renato Portaluppi. O “homem-gol” do Mundial. O técnico do Tri da América! Renato eleva o clube que o lançou como jogador ao patamar dos tricampeões da América. E ele entra para o seleto grupo de homens que tiveram a competência e o privilégio de erguer a taça de campeão da Libertadores da América como jogador e técnico. Até então, eram apenas sete. Portaluppi é o primeiro brasileiro a conseguir o feito. E quis o destino que fosse com o Grêmio, onde, em 1983, como atacante foi peça fundamental na campanha exitosa do primeiro título gremistas do torneio. E na campanha deste tricampeonato histórico ele também teve papel importante: soube explorar e extrair o máximo de seus atletas.

 

Este rol de vencedores, se examinarmos, quem ergue a taça pelo mesmo time fica reduzido para cinco nomes. Três argentinos, um uruguaio e Renato Portaluppi. Roberto Ferreiro foi bicampeão como jogador (1964 e 1965) e ergueu a taça como treinador em 1974 com a camisa do Independiente; José Omar Pastoriza, também pelo Independiente venceu dentro de campo em 1972 e na casamata em 1984. O último argentino no rol dos campeões defendendo o mesmo clube é Marcelo Gallardo. Campeão com o River em 1996, como atleta e em 2015 orientando o time. O quarto integrante é o uruguaio Juan Martín Mujica. Mujica levantou o troféu em 1971 jogando pelo Nacional e 1980 dirigindo a equipe.

 

E então chegamos ao Grêmio de Renato. Com uma campanha irrepreensível, o Tricolor superou, na noite desta quarta-feira, o último obstáculo para atingir o topo do Aconcágua, o ponto mais alto da América.

 

A trajetória de Renato no Tricolor

 

O menino atrevido de Guaporé, antes de alçar o Grêmio ao topo do mundo, brilhar nos gramados com dribles e gols vestindo a camisa 7 do Tricolor e devolver a alegria ao torcedor gremista na noite de 29 de novembro de 2017 viveu uma odisseia. Renato Portaluppi deixou Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, atrás de um sonho igual ao de outros tantos meninos: ser jogador de futebol. A concretização começou nos juvenis do Grêmio, onde rapidamente sua habilidade e ousadia despontaram. Foi promovido aos profissionais em 1982, mas a consagração como atleta veio em 1983, ano em que o Brasil e o mundo se renderam a ele e ao Grêmio.

 

Na final da Libertadores contra o Peñarol, Renato domina a bola na ponta-direita, faz duas ou três embaixadinhas e, como um foguete, cruza para dentro da área. Cesar dá a cabeçada certeira. Gol do título. Na final do Mundial Interclubes em Tóquio, Renato entortou zagueiros, driblou marcadores, anotou os gols da vitória contra o Hamburgo e pintou a Terra de azul, preto e branco. O ídolo vira mito.

 

Renato é o 1º brasileiro a ganhar Libertadores jogando e como técnico. (Foto: Arquivo JP3)

 

Em 2010, Renato voltou a pisar no gramado do estádio Olímpico em 2010. Foi grande a emoção. Renato foi contratado para comandar o time no lugar de Silas. O cenário era complicado. O time estava mal. Ele tirou o Grêmio do Z-4 e deixou no G-4. Porém, sem reforços, a campanha na Libertadores terminou nas oitavas-de-final. Mas, o que mais doeu no treinador e na torcida foi a perda do Gauchão para o Inter dentro do Olímpico. O Tricolor havia vencido o primeiro clássico por 3 a 2 no Beira-Rio, mas foi derrotado em casa pelo mesmo placar. Nos pênaltis, os gremistas viram o arquirrival dar a volta olímpica. O técnico chorou feito criança. De dor. Em 2013, ele foi novamente chamado. O cenário era o mesmo de 2010: equipe instável. E outra vez fez bonito. Encerrou o Brasileirão em segundo, mas não seguiu no cargo. Na despedida, chorou outra vez.

 

Em 2016 ele assumiu o time, que para variar, estava num momento ruim no Brasileirão. Sequência de derrotas. Começavam a questionar e duvidar da qualidade do grupo tricolor. Renato, com seu jeito sereno e falando a língua dos jogadores, arrumou a casa. Aprimorou o time. Corrigiu as falhas, especialmente a bola aérea. Ele fez de Kannemann um dos maiores zagueiros em atividade no Brasil. Mais ainda: devolveu a força e a garra. Incutiu a vontade de ganhar nos jogadores. E agora em 2017, o TRI da Libertadores, com um grupo coeso, forte na defesa e mortal no ataque. Com isso, ele escreve um outro momento mágico na sua carreira e na do Grêmio.

 

Outros campeões:

 

Humberto Maschio (ARG)

 

Campeão como Jogador: Racing-ARG (1967)

 

Campeão como treinador: Independiente-ARG (1973)

 

Luis Cubillas (URU)

 

Campeão como Jogador: Peñarol-URU (1960 e 1961) e Nacional-URU (1971)

 

Campeão como treinador: Olímpia-PAR (1979 e 1990)

 

Nery Pumpido (ARG)

 

Campeão como Jogador: River Plate-ARG (1986)

 

Campeão como treinador: Olímpia-PAR (2002)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2017/11 – FOLHA DE S.PAULO – ESPORTE – COPA LIBERTADORES – 29/11/2017)
(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/GremioembuscadoTri/2017/11 – CORREIO DO POVO – ANO 123 – Nº 61 – ESPORTES – Grêmio em busca do Tri – 30/11/2017)
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