Martin Bregman, produtor de ‘Scarface’ e ‘Serpico’

 

 

 

 

 

Martin Bregman (Bronx, Nova York, 18 de maio de 1925 – 16 de junho de 2018), cineasta americano esteve à frente dos filmes “Serpico”, “Um Dia de Cão”, “Vítimas de Uma Paixão” e “Scarface”, de Al Pacino.

 

Conhecido por sua franqueza e persistência, o produtor americano Martin Bregman é o nome por trás de grandes sucessos de Al Pacino, como “Scarface” (1983), “Um Dia de Cão” (1975), “Serpico” (1973) e “O Pagamento Final” (1993). Em todos esses filmes, também, ele fez questão de exceder limites e quebrar tabus.

 

Não era afeito às etiquetas de Hollywood. Atuava como produtor e usava seu poder para interferir nos filmes. “Tenho opiniões e eu as expresso”, disse Bregman, em entrevista ao “New York Times”, em 1987. “Não deixo o diretor fazer o que ele bem entende. Acho que isso faz com que eu pareça uma anomalia.”

 

Quando não estava trabalhando em filmes de gângsteres, crimes e violência, Bregman se voltava ao outro extremo, romances idealistas com uma pitada de humor. Novamente em parceria com um ator, Alan Alda, ele produziu cinco títulos: “The Seduction of Joe Tynan” (1979), “The Four Seasons” (1981), “Doce Liberdade’ (1986), “Até que a vida nos separe” (1988), “O Casamento de Betsy” (1990).

 

Como reconhecimento da Academia, ele conseguiu apenas uma indicação ao Oscar de melhor filme por “Um dia de cão”.

 

Nascido Martin Leon Bregman, ele nasceu no bairro novaiorquino do Bronx em 18 de maio de 1926, filho de Leon e Ida (Granovski) Bregman. Teve poliomielite ainda criança, mas se recuperou e fez a Universidade de Indiana e a New York University. Ainda jovem, ele trabalhou como vendedor de seguros e entrou para a indústria do entretenimento como agente de casas noturnas.

 

Foi o contato com um magnata do ramo imobiliário que o ajudou a se tornar agente de atores e atrizes como Barbra Streisand, Woody Allen, Bette Midler e Faye Dunaway. Ele assinou com Pacino em 1968, depois de vê-lo em uma produção off Broadway, “The Indian Wants the Bronx”, e continuou representando-o durante anos.

 

No fim da vida, tentou outros gêneros. Produziu filmes infantis, como “Matilda” (1996), e fantasias espaciais, como “Pluto Nash” (2002). Seu último trabalho a chegar aos cinemas foi “Carolina” (2003), um comédia romântica com Julia Stiles e Shirley MacLaine.

Cineasta americano Martin Bregman morreu no sábado, aos 92 anos, em razão de uma hemorragia cerebral, nos Estados Unidos.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes – CULTURA / FILMES / POR O GLOBO – 18/06/2018)

(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.118 – 19 de JUNHO de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 27)