Maria Esther Bueno, maior tenista da história do Brasil, era detentora de 19 títulos de Grand Slam, entre simples e duplas

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Ex-número 1 do mundo e maior tenista da história do Brasil, paulistana Maria Esther Bueno era detentora de 19 títulos de Grand Slam, entre simples e duplas

 

 

 

A ex-tenista Maria Esther Bueno, em 2016 (Foto: João Pires/FotoJump/Rio Open / Fotos Públicas)

 

 

Dona de 19 Grand Slams, lenda do tênis brasileiro

 

 

Campeã. Tenista Maria Esther Bueno recebe o troféu do torneio de Wimbledon, na Inglaterra, das mãos da duquesa de Kent, em 1959 – (1959 / Arquivo PUBLICIDADE)

 

 

Primeira mulher a ganhar os 4 Grand Slams jogando em duplas num mesmo ano. No simples, soma 7 títulos de Grand Slam.

Lenda do tênis mundial e por muitos anos comentarista da modalidade no canal Sportv, Maria Esther foi a principal tenista da história do esporte brasileiro.

 

Comentarista de grandes eventos de tênis no canal Sportv, Maria Esther Bueno somou 19 conquistas de Grand Slam na carreira – sete em simples, com quatro troféus do Aberto dos Estados Unidos e três de Wimbledon.

 

Ao longo de sua premiada carreira, Maria Esther Andion Bueno ficou conhecida como a Bailarina do Tênis. A alcunha fez jus à plasticidade de seu jogo gracioso e à habilidade com a raquete.

 

A verdade, no entanto, é que a maior jogadora do país em todos os tempos foi além: quebrou paradigmas, brilhou em um esporte em que o Brasil tinha pouca representatividade, ganhou notoriedade no círculo mais restrito do esporte e deixou um legado indelével.

 

Sua vida poderia ganhar muitos outros adjetivos. Maria Esther foi uma vencedora, única e formidável. Lendária. A ex-tenista, um dos grandes nomes da história do esporte brasileiro,

 

A ex-tenista foi um dos maiores ícones do esporte brasileiro em todos os tempos.

 

A “Bailarina”, como ficou conhecida, por causa de sua elegância no estilo de jogar, foi a número 1 do mundo por quatro temporadas – 1959, 1960, 1964 e 1966.

 

Ela conquistou 19 títulos de Grand Slam, dos quais sete nos simples e 12 em duplas. Só em Wimbledon (grama) foram sete troféus: três em simples (1959, 60 e 64) e quatro em duplas (58, 60, 63 e 65). Ela também foi campeã em Roland Garros (saibro), no Aberto da Austrália e no US Open (piso duro). As conquistas em vários tipos de piso mostram a versatilidade e talento da tenista brasileira.

 

 

Hall da Fama

 

 

Maria Esther teve seu nome incluído no Hall da Fama do Tênis em 1978, mesmo ano em que uma estátua de cera no famoso museu londrino Madame Tussauds foi feita em sua homenagem. Por vários anos foi convidada especial em torneios do Grand Slam. Ao todo, foram 589 títulos internacionais. Maria Esther foi eleita a melhor tenista do século 20 da América Latina.

 

Em 1959, após sua primeira conquista em Wimbledon, Maria Esther desembarcou no Aeroporto do Galeão e seguiu direto de helicóptero, que servia a Presidência da República, até o Palácio das Laranjeiras, onde foi recebida pelo presidente Juscelino Kubitschek.

 

Ela ganhou a medalha do Mérito Desportivo. De lá foi para São Paulo, sua cidade natal, e desfilou pelas ruas lotadas de fãs em carro do Corpo de Bombeiros do Aeroporto de Congonhas até o centro.

 

Além de figurar no Hall da Fama, Maria Esther também está no Livro dos Recordes. O motivo foi a vitória sobre a americana Carole Caldwell Graebner na final do US Open de 1964 em apenas 19 minutos.

 

 

Maria Esther Bueno e o ex-presidente Juscelino Kubitschek (Foto: Arquivo / Estadão Conteúdo)

 

 

Esporte brasileiro

 

 

Maria Esther Bueno faz parte de um geração vencedora do esporte brasileiro. Muitos eram os ídolos nacionais na década de 60, como Adhemar Ferreira da Silva (bicampeão olímpico no salto triplo), Eder Jofre (bicampeão mundial de boxe), Wlamir Marques (bicampeão mundial de basquete) e Biriba (grande destaque do tênis de mesa).

 

Os dez anos de total sucesso na carreira de Maria Esther Bueno, no entanto, foram poucos registrados pela mídia da época. Raros vídeos e fotos ajudam a relembrar a brilhante carreira da tenista brasileira.

 

Como eram obrigadas a treinar com homens, poucas mulheres que praticavam o tênis na época. Estherzinha, no entanto, tinha golpes rápidos e fortes. Poucos privilegiados puderam acompanhar sua classe até os últimos dias de sua vida no Clube Harmonia, onde ainda se mantinha em atividade.

 

 

Maria Esther Bueno (Foto: Arquivo / Estadão Conteúdo)

 

 

Trajetória

 

 

Paulistana, Maria Esther Bueno começou a jogar no Clube Tietê aos 11 anos de idade, em 1950, onde existe uma estátua em sua homenagem. Seu pai queria que ela estudasse ballet. A brasileira chegou a disputar algumas provas de natação nos 50 metros livre com sucesso, mas sua paixão sempre foi o tênis.

 

Sua carreira foi interrompida em 1967 por causa de uma lesão no cotovelo direito. Em Wimbledon, chegou a jogar 120 games no mesmo dia, ao disputar partidas de simples, duplas e duplas mistas. Se profissionalismo em quadra nunca foi recompensado pelos organizadores dos torneios com dinheiro, como é feito hoje em dia. Maria Esther chegou a ganhar bichos de pelúcia após uma grande vitória. Após a lesão, ela ainda voltou a jogar, mas sem o mesmo brilhantismo. Ainda assim, chegou a vencer o Aberto de Tóquio, em 1974, e ganhou como premiação US$ 3 mil.

 

 

Maria Esther Bueno (Foto: Arquivo / Estadão Conteúdo)

 

 

Maria Esther morreu inconformada com o fato de o Brasil não conseguir formar uma grande jogadora no circuito mundial. “Não é possível que no Brasil, com tanta gente jogando, não exista, pelo menos, uma boa para aparecer. Outra Maria Esther Bueno? Seria um erro comparar, pois cada um é cada um e eu sempre me esforcei 200%.”

 

Morreu em 8 de junho de 2018, aos 78 anos, a ex-tenista Maria Esther Bueno sofria de câncer na boca. Ela estava internada no Hospital Nove de Julho, em São Paulo, desde maio.

(Fonte: https://www.terra.com.br/esportes/tenis – ESPORTES – TÊNIS / Por Wilson Baldini Jr. – 8 JUN 2018)

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/tenis/noticia – NOTÍCIA / Por GloboEsporte.com, São Paulo 08/06/2018)

(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.109 – 9 E 10 DE JUNHO 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 39)

(Fonte: https://esporte.uol.com.br/tenis/ultimas-noticias/2018/06/05 – TÊNIS – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – ESPORTE / Por Demétrio Vecchioli, José Edgar de Matos, Thiago Rocha e Vanderlei Lima / Do UOL, em São Paulo (SP) – 05/06/2018)

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