Lúdio Coelho, pecuarista, ex-senador, ex-prefeito de Campo Grande, foi um dos personagens da história de Mato Grosso do Sul

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Lúdio Martins Coelho (Rio Brilhante, 22 de setembro de 1922 – Campo Grande, ), pecuarista, ex-senador, ex-prefeito de Campo Grande, foi um dos personagens da história de Mato Grosso do Sul.

Nascido em 22 de setembro de 1922, na Fazenda Bela Vista, em Rio Brilhante, era filho de Laucídio Coelho e Lúcia Martins Coelho. Na vida pública, foi prefeito de Campo grande por dois mandatos. Pelo PMDB entre os anos 1983-1985 e pelo PTB de 1989 a 1992. Lúdio também foi senador da república pelo Estado de Mato Grosso do Sul (1995-2003). Também presidiu o PSDB em Mato Grosso do Sul e participou de inúmeras comissões e missões internacionais.

Lúdio Coelho foi produtor rural e político ao mesmo tempo, sendo considerado, por muitos anos, um dos nomes mais fortes na política estadual.

Antes da política, foi presidente do Banco Agrícola de Dourados (1959), ocupou a superintendência do Banco sul-mato-grossense Financial, e participou da instalação do primeiro frigorífico de MS. Foi vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, entre outras centenas de atividades empresariais e classistas.

Na vida pública, foi prefeito de Campo Grande em duas oportunidades (1983-1985 e 1989-1992). Também foi senador da República com 29,44% dos votos válidos (1995-2003) e vice-líder do PSDB no Senado. Presidiu o PSDB em Mato Grosso do Sul e participou de inúmeras comissões.

Sua história é a de um homem que se confunde com a própria história de dois estados – MT/ MS. Ele esteve presente em todos os fatos marcantes de seu currículo: na presidência do Banco Agrícola de Dourados (1959), na superintendência do Banco sul-mato-grossense Financial, por ter participado da instalação do primeiro frigorífico de MS, de ter sido pioneiro na atividade de reflorestamento e integração lavoura pecuária, de ser vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, entre outras centenas de atividades empresariais e classistas.

Entretanto, é como produtor rural que Lúdio Coelho era mais conhecido e também se sentia mais à vontade, afinal, exerceu e desenvolveu todas as outras carreiras de sua vida, sempre sendo pecuarista e agricultor. Entre suas realizações, está a administração do Condomínio LS e da marca LC. A última leva seu nome, a primeira é uma marca com mais de 100 anos de tradição, a marca de seu pai Laucídio de Souza Coelho. Lúdio também tinha orgulho de ter participado de todas as edições da Expogrande, em suas 73 edições, expondo, vendendo, comprando e motivando a feira.

Era conhecido também por declarações e atitudes quase folclóricas, como o mini zoológico que manteve por anos em sua casa na rua Bahia, até os bichos serem apreendidos pelo Ibama na década de 1990.

 

 

Assassinato do filho único após sequestro marcou a vida de Lúdio Coelho

Lúdio Coelho

Lúdio e a esposa, Nilda Coelho: vida impactada pelo assassinato do filho aos 21 anos.

A vida do pecuarista e político Lúdio Coelho, foi marcada por um crime que, no ano de 1976, virou notícia em todo o País, o sequestro e assassinato do filho dele, Lúdio Martins Coelho, o Ludinho, aos 21 anos.

A dimensão que o caso ganhou no País ficou registrada em uma canção da dupla Milionário e José Rico, intitulada “Lágrimas que choram”. O refrão dizia que “O Brasil todo sentiu, Mato grosso entristeceu, Campo Grande está de luto pelo filho que perdeu”.

Ludinho foi morto dias após ser sequestrado por uma quadrilha que era integrada por dois oficiais da Polícia Militar, os tenentes Aramis e Machado, um deles comandante da Rádio Patrulha em Campo Grande, por um advogado e um professor. Havia também uma mulher envolvida, que seria amante de um dos bandidos.

Os sequestros não eram crimes comuns no Brasil e por isso o caso ganhou notoriedade nacional. O jovem de família rica e influente teria sido morto por ter reconhecido um dos sequestradores no cativeiro.

Lúdio Coelho, na época era conhecido como banqueiro, rico e poderoso. Sua família era proprietária do então banco Financial, que administrava as contas dos servidores estaduais, que depois foi vendido para o Bamerindus, hoje HSBC. Os Coelhos também eram donos do Hotel Campo Grande, uma novidade na época, que havia trazido para a cidade pequena de Mato Grosso a arquitetura da moda dos anos 70.

Os oficiais da PM que estavam envolvidos no sequestro eram, também, os responsáveis pela investigação, que não andava. O prestígio de Lúdio trouxe para o estado o delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury, personagem conhecido pelas denúncias de tortura durante os governos militares.

A investigação de Fleury chegou à cidade quando Ludinho já tinha sido assassinado. Os culpados foram descobertos, presos, e acabaram quase todos mortos, um deles na saída do presídio.

A partir daí, o crime virou assunto durante anos na cidade e até hoje é citado como um dos casos que mais chocaram a sociedade local.

Desespero- Ludinho era filho único. O impacto do assassinato foi evidente na trajetória de Lúdio e da esposa, Nilda, conhecida mais pelas citações carinhosas e até engraçadas do marido do que pela presença em público.

Nilda criou um lar para crianças em homenagem ao filho, chamado Lar Ludinho, onde são atendidas 120 crianças. Também doou uma área para o Projeto Cidade dos Meninos.

Lúdio falou poucas vezes em público do assunto. Uma delas foi em um debate sobre a pena de morte, em 1999, no Senado. Ele defendeu a pena capital como “legítima defesa da sociedade” contra criminosos como os sequestradores de seu filho.

Contou que, por mais de 10 anos, “ficou desesperado”, e procurou todo tipo de ajuda. “Procurei apoio com Chico Xavier, em Minas, procurei apoio com pessoas que sabiam muito e fui muito confortado por um padre em São Paulo. Ele me disse uma coisa muito interessante: ´Lúdio, a brasa só queima onde cai´. E

é verdade. Uma pessoa só pode entender uma ocorrência dessa natureza se for parte integrante disso”, testemunhou o então senador.

Lúdio Coelho morreu em Campo Grande, tinha 88 anos e faleceu de falência múltipla dos órgãos. Lúdio estava internado no Proncor por agravamento do quadro de diabetes e problemas cardíacos.

Fortemente ligado à pecuária do Estado, foi homenageado na Acrissul (Associação dos Criadores de MS) no dia 14 de março e não pôde comparecer, justamente pelos problemas de saúde.

(Fonte: https://www.campograndenews.com.br/cidades/capital – CIDADES – CAPITAL/ Por Marta Ferreira – 22/03/2011)

(Fonte: https://www.campograndenews.com.br/POLÍTICA/ Por Marta Ferreira – 22/03/2011)

(Fonte: http://www.progresso.com.br/politica – POLÍTICA – CADERNO A – CAMPO GRANDE – (Com informações da Acrissul) – 22/03/2011)

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