Jean Douchet, fez parte da geração de críticos de cinema que melhor entendeu sua arte e soube transformá-la: a de François Truffaut, Claude Chabrol, Eric Rohmer, Jean-Luc Godard e Jacques Rivette

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Jean Douchet, era conhecido como o ‘Sócrates do cinema’, um dos maiores nomes da crítica cinematográfica francesa.

 

Após rebelião na Cahiers du Cinéma, crítico francês se recusava a elogiar filmes da nouvelle vague

 

 

Jean Douchet (Arras, França, 19 de janeiro de 1929 – 21 de novembro de 2019), cineasta, historiador, escritor, professor e crítico de cinemafez parte da geração de críticos de cinema que melhor entendeu sua arte e soube transformá-la: a de François Truffaut, Claude Chabrol, Eric Rohmer, Jean-Luc Godard e Jacques Rivette.

 

Conhecido como o “Sócrates do cinema”, foi coeditor da revista francesa Cahiers du Cinéma, ao lado de Eric Rohmer, durante a fase mais próspera de publicação, no final dos anos 1950 e início dos anos 1960.

 

Nascido a 19 de janeiro de 1929 em Arras, Pas-de-Calais, Jean Douchet estudou Filosofia. Depois de começar na La Gazette du Cinéma, em 1957, Eric Rohmer leva-o para a Cahiers du Cinéma, mas após um conflito com Jacques Rivette, que temia a chegada de uma nova geração de críticos, incluindo Barbet Schroeder e Serge Daney, Douchet deixou a redação, juntando-se a Schroeder e Rohmer na produtora Les Films du Losange.

 

Autor de trabalhos sobre a Nouvelle Vague, Alfred Hitchcock, Mizoguchi e F.W Murnau, Douchet deu aulas no Institut des Hautes Études Cinématographiques (Idhec) e depois na La Fémis, marcando muitos cineastas como François Ozon, Emilie Deleuze, Arnaud Desplechin, Noémie Lvovsky e Xavier Beauvois, cujo trabalho incentivou.

 

Presença frequente na Cinemateca Francesa e no cinema parisiense Pantheon, o crítico esteve diversas vezes no nosso país a convite da Cinemateca Portuguesa e do LEFFEST, falando – entre outros – do trabalho de Jean Renoir e Rohmer. Com problemas de saúde desde o início do ano, há meses que já não animava as discussões das sessões dos cineclubes com que colaborava.

 

Sobre ele, recordou Beauvois em 2005 ao Libération: “Frequentava o Cineclube de Calais todas as quarta-feiras. Uma noite, Jean Douchet veio apresentar Matou [de Fritz Lang]. A maior chapada da minha vida. Douchet encarnou o crítico ideal, aquele que faz ver o cinema como a mais brilhante de todas as artes. Com o seu lenço de caxemira, parecia Fellini.

 

Como realizador, assinou algumas curtas-metragens e documentários, e também pode ser visto em A Mãe e a Puta (1973), de Jean Eustache, Ela (2016), de Paul Verhoeven, e em Rainha Margot (1994), de Patrice Chéreau.

 

Jean Douchet faleceu aos 90 anos, em 21 de novembro de 2019.

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/11 – ILUSTRADA / ANÁLISE / CINEMA – 23.nov.2019)

(Fonte: http://www.c7nema.net/producao – CINEMA / por Jorge Pereira – 22-11-2019)

(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.567 – 27 de NOVEMBRO de 2019 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 35)

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