Heberto Padilla, foi autor de “Fuera de Juego”, que causou grande comoção em Cuba e perseguição por parte do governo de Fidel Castro

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Heberto Padilla (Puerta del Golpe, Pinar del Río, 20 de janeiro de 1932 Auburn, Alabama, 25 de setembro de 2000), poeta e jornalista cubano

Nascido na província de Pinar del Río (oeste de Cuba), Padilla foi autor de “Fuera de Juego” (1968), que causou grande comoção em Cuba e perseguição por parte do governo de Fidel Castro, motivo pelo qual Padilla deixou a ilha em 1980.

Formado em Direito e Filosofia em Havana em 1948 publicou seu primeiro libro de poemas, Las Rosas Audaces. Com a vitória da Revolução Cubana foi nomeado correspondente oficial em Nova York, onde residia naquele momento.

Em 1968, ganhou o Grande Prêmio da União Nacional dos Escritores e Artistas de Cuba com o livro “Fuera de Juego”, o qual não ocultava as mazelas das autoridades cubana, o que despertou a ira do regime de Fidel Castro.

Apesar das pressões feitas pela direção da União de Escritores, o júri, composto por entre outros José Lezama Lima, lhe outorgou o prêmio por unanimidade.

Com o prosseguimento da polêmica, quando o autor lança em leitura na Universidade de Havana o seu novo livro “Provocaciones” em 1971, é levado à prisão em 20 de março daquele mesmo ano, junto com sua esposa, a poeta e escritora Bel­kis Cuza Malé, tendo sido ambos acusados de “atividades subversivas” contra o governo revolucionário de Cuba, sendo libertados face à forte reação internacional que reuniu intelectuais como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Alberto Moravia, Susan Sontag, Mario Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Octavio Paz, Hans Magnus Enzensberger e Juan Goytisolo, entre outros, e a uma retratação pública assumindo culpa perante um tribunal.

Após vários anos de tentativas frustradas de deixar o seu país, sendo o pedido negado pelo governo cubano, finalmente, em 13 de março de 1980, por intercedência do senador dos EUA Edward Kennedy, se exilou no país norte-americano.

A obra de Heberto Padilla foi traduzida em mais de quatorze idiomas.

Considerado por teóricos e poetas como José Kozer um dos mais relevantes poetas da América Latina no século XX, seu poema traduzido como “Em tempos difíceis” pelo poeta Nelson Ascher para o caderno Ilustrada da Folha de São Paulo é um dos mais conhecidos do autor e cita os sacrifícios que costumam solicitar a um homem “em tempos difíceis”, como é o caso de um período pós-revolucionário.

 

Heberto Padilla morreu em 25 de setembro de 2000, aos 68 anos, na localidade americana de Auburn (Alabama), o poeta foi vítima de um ataque cardíaco. 

 

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u4502 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – da France Presse em Miami – 26/09/2000)

 

 

 

 

 

 

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