Jornalista foi pioneiro da cobertura da América Latina e do colunismo internacional no Brasil
Referência em cobertura internacional
Em cerca de 60 anos de carreira, conflitos mundiais foram temas de suas reportagens, colunas e livros
Durante cerca de seis décadas, Newton se tornou um dos maiores especialista na cobertura internacional de sua época, e ajudou a projetar o olhar da imprensa brasileira sobre o mundo.
O jornalista foi um pioneiro no Brasil da cobertura da América Latina e do colunismo sobre questões internacionais, na imprensa brasileira, especialmente de notícias e análises sobre América Latina.
Newton Carlos começou a carreira no extinto Correio da Manhã, foi chefe de reportagem da revista Manchete e o primeiro editor internacional do Jornal do Brasil.
Foi colunista da Folha por 25 anos, comentarista da rádio e da TV Bandeirantes e, até o início deste ano, colaborava para o Correio Braziliense. Também escreveu para veículos internacionais em países como Itália, Argentina, Peru e México.
Newton Carlos de Figueiredo nasceu em 19 de novembro de 1927 em Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, quando a cidade ainda não havia se tornado uma potência regional na exploração de petróleo. Iniciou sua carreira durante a década de 1950, no jornal carioca Correio da Manhã, já extinto.
Como repórter, cobriu alguns dos principais acontecimentos da política internacional. Golpes de Estado e revoltas na América Latina, guerras na Ásia, movimentos de independência na África, a projeção dos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria e o ressurgimento da China como potência mundial foram temas de reportagens, colunas e também de seus livros. Newton Carlos escreveu obras como A Conspiração – De Kennedy ao Vietnam (1966), América Latina – Dois pontos (1978), Bush e a Doutrina das Guerras sem Fim (2003) e De Olho no Mundo (2010), entre outros.
Teve passagem por alguns dos principais jornais e TVs do país. Foi colunista de política internacional do jornal Folha de S.Paulo por 25 anos, editor e articulista do Jornal do Brasil, dos jornais Zero Hora e Tribuna da Imprensa e da revista Manchete, além de redator da TV Globo e comentarista da Rede Bandeirantes por quase 30 anos.
Classificado como um mestre por uma geração de profissionais que fizeram a história da imprensa brasileira, entre eles Janio de Freitas e Clóvis Rossi, o jornalista começou no jornalismo nos anos 1940, no Correio da Manhã, trabalhou no Jornal do Brasil e foi colunista durante 25 anos da Folha de S. Paulo, com a qual continuou a colaborar até pelo menos 2013.
Contemplado com o prêmio Rei da Espanha, escreveu diversos livros, entre eles “América Latina Dois Pontos”, “Bush e a Doutrina das Guerras sem Fim” e “A Conspiração”.
O jornalista inspirou colegas como o decano Clóvis Rossi, que morreu em junho deste ano e se referia a ele como “maestro” e “precursor do colunismo em assuntos internacionais na mídia brasileira”: “Minha referência quando comecei a trilhar os caminhos que ele conhecia tão bem”, escreveu Rossi, em uma coluna em agosto do ano passado, na Folha.
O jornalista escreveu mais de duas dezenas de livros, entre eles “América Latina dois pontos”, “A conspiração”, “O arsenal sul-americano de Saddam Hussein”, “Camelot, uma guerra americana” e “Bush e a doutrina das guerras sem fim”. Ganhou o Prêmio EFE, entregue pelo rei da Espanha.
Newton Carlos de Figueiredo faleceu aos 91 anos em 30 de setembro de 2019, no Rio de Janeiro.
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias – NOTÍCIAS – 30 SET 2019)
(Fonte: https://br.yahoo.com/noticias – NOTÍCIAS / SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 30/09/2019)