Desmond Llewelyn, conhecido por suas atuações em 17 filmes de James Bond, em que sempre interpretava o personagem Q

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Desmond Llewelyn, o Q, foi o ator mais fiel da série

O ator inglês Desmond Llewelyn, interpretava o personagem “Q” nos filmes de 007, ao lado de James Bond

Desmond Llewelyn (12 de setembro de 1914 – East Sussex, na Inglaterra, 19 de dezembro de 1999), ator britânico conhecido por suas atuações em 17 filmes de James Bond, em que sempre interpretava o personagem Q. O ator esteve no “007 – O Mundo Não É o Bastante”.

O teatro foi a primeira paixão de Llewelyn, que entrou em 1930 na Royal Academy for Dramatic Arts. Sua estreia nas telas aconteceu em 1939, na comédia “Ask a Policeman”, de Will Hay (1888-1949).

Sua carreira foi interrompida pela convocação para servir no exército britânico durante a Segunda Guerra. Llewelyn chegou a ser preso na França sob domínio alemão. Foi encarcerado por cinco anos e passou até por uma solitária ao ser flagrado cavando um túnel para fugir.

Sua longa filmografia inclui uma participação não creditada no colossal “Cleópatra”, de Mankiewicz, e um papel na comédia “Chitty Chitty, Bang Bang” (1968). Mas foi mesmo como Q que escreveu seu nome na história do cinema.

“Preste atenção, Bond” tornou-se seu jargão predileto. Uma caneta-granada de “GoldenEye” (1995) era a favorita dentre as invenções que ofertou a 007.

Não que Llewelyn se sentisse à vontade com elas. “Na vida real sou alérgico a “gadgets'”, afirmara recentemente. “Eles simplesmente não funcionam comigo, nem mesmo esses cartões de plástico para portas de hotel.”

Llewelyn acabara de rodar seu primeiro filme em 20 anos fora da série 007. No ainda inédito “Error 2000”, finalmente chegara sua vez de salvar o mundo.

O mais fiel ator dos filmes de James Bond, Llewelyn participou de 17 dos 19 filmes oficiais da mais rentável série da história do cinema. Sua estreia deu-se logo no segundo filme, “Moscou contra 007” (1963), ao lado de Sean Connery.

Llewlyn participou de 17 dos 20 filmes de James Bond no papel do técnico que criava armas e carros para o agente secreto.

Desde “Moscou contra 007” (1963), Llewelyn esteve em todos os filmes da série 007, exceto em “Viva e Deixe Morrer” (1973), quando, devido a atritos com os produtores do filme, Llewelyn não atuou. 

Q deixou de prover Bond com seu arsenal hi-tech de gadgets apenas em “007 contra o Satânico Dr. No” (1962) e em “007 – Viva e Deixe Morrer” (1973).

Seu primeiro trabalho no cinema foi o filme “They Were Not Divided”, de 1950, em que interpretava o personagem ‘77 Jones. 

A possível aposentadoria de Llewelyn virou notícias ainda antes do lançamento “007 – O Mundo Não É o Bastante”. Foi desmentida, mas o próprio filme parecia dar razões aos boatos.

Pela primeira vez, Q apresentava um ajudante, logo apelidado por Bond de R. John Cleese o interpretou em chave cômica, em tudo contrastante com a séria elegância de seu patrão. Na última cena de Llewelyn ao lado de Bond (Pierce Brosnan), ele dá dois conselhos sobre retirada -e graciosamente some, baixando num elevador.

 

 

“Goldfinger” é eleito o melhor dos 19 filmes

“007 contra Goldfinger” (1964) foi eleito o melhor filme da série 007 em pesquisa revelada no início do mês pela BBC News Online. A luta de James Bond contra o arquivilão (Gerd Frobe) que ataca o forte Knox americano recebeu 23,7% dos 1.800 votos.

Ainda menos surpreendente foi a escolha, por 46% dos pesquisados, de Sean Connery como o melhor Bond do cinema. Todos os seis filmes oficiais que estrelou ficaram entre os dez prediletos. “Nunca Mais Outra Vez” (1983), rodado fora da série oficial, foi excluído do levantamento.
“Goldfinger” teve mais que o dobro de votos do segundo colocado, “007 contra Moscou” (1963). Logo abaixo, outro Bond com Connery, “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967).

A primeira grande surpresa foi a escolha de “007 – A Serviço Secreto de Sua Majestade” (1969) em quarto lugar. O filme marca a experiência isolada do ex-modelo australiano George Lazenby vivendo Bond. O fracasso de público foi absoluto e Connery foi triunfalmente trazido de volta para “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), o 9º título na recente pesquisa.

Apenas 2% dos bondmaníacos consideraram Lazenby o melhor Bond. Uma possível explicação para a revalorização do filme, mas não do ator, é o caráter mais intimista da trama. É em “A Serviço Secreto de Sua Majestade” que 007 estabelece seu mais maduro relacionamento com uma mulher, a Tracy vivida por Diana Rigg. A história de amor termina num trágico casamento.

Com apenas três filmes, Pierce Brosnan já é o segundo 007 predileto do cinema. Seu filme de estreia, “007 contra GoldenEye” (1995), ocupa o 5º posto, ao lado de “007 – Viva e Deixe Morrer” (1973), estrelado por Roger Moore.

Brosnan já é o Bond preferido de 31% dos votantes.
Roger Moore, por sua vez, vê envelhecer rapidamente o carisma de seu 007 elegante e auto-irônico. Não mais que 14% dos pesquisados preferem-no aos demais intérpretes de Bond.

Dos seis filmes que protagonizou, apenas dois ficaram entre os dez mais. Justiça seja feita: o oitavo posto é muito pouco para o charme romântico de “007 – O Espião Que Me Amava” (1977), em que contracena ao lado de Barbara Bach ao som de Carly Simon.

Seu desempenho médio só perde para o do shakesperiano Timothy Dalton (o melhor para 7%). As duas aventuras das quais Dalton participou, em meio à crise ideológica do fim da Guerra Fria, alcançaram o 13º (“Na Mira dos Assassinos”, 1987) e o 18º postos (“007 – Permissão para Matar”, 1989).

“007 – O Mundo Não É O Bastante” estreia numa nada empolgante 12ª posição. É o pior colocado dos títulos protagonizados por Pierce Brosnan. Nada que surpreenda.

Um filme de 007 é tão bom quanto seu vilão. Robert Carlyle (“Trainspotting”) não ocuparia exatamente um posto de prestígio num ranking dos inimigos de Bond.

 

Aposentadoria anunciada

 

Desmond Llewelyn morreu a caminho de casa, em East Sussex, ao sul de Londres, depois de uma tarde de autógrafos de sua recém-lançada autobiografia, “Q, the Authorized Biography of Desmond Llewelyn”, escrita ao lado de Sandy Hernu e prefaciada por Pierce Brosnan.

Llewelyn acabara também de gravar uma série de entrevistas sobre sua carreira ao lado de Bond. O documentário em duas partes, “A Life of Q”, produzido por Andy Brice, vai estrear na TV britânica nos dias 4 e 11 de janeiro.

Desmond Llewelyn de 85 anos, morreu em 19 de dezembro de 1999, em um acidente de carro no sul de Londres, em East Sussex, na Inglaterra. O ator estava sozinho no seu carro indo para sua casa e bateu de frente com outro carro em Sussex na tarde do sábado. Llewelyn teve ferimentos múltiplos e foi levado para o hospital, onde morreu três horas depois.

Q está morto. Não há sinais de ação da Spectre no acidente de carro que vitimou, no último domingo, aos 85 anos, seu intérprete, Desmond Llewelyn.

O mais fiel ator dos filmes de James Bond sai de cena sem ter respeitado seu último conselho a 007, em “O Mundo Não É o Bastante”. Não preparara uma saída de emergência.

Assistimos (oficialmente) a cinco Bond, incontáveis M, mas houve apenas um Q.

O ator voltava de uma viagem ao Sul da Inglaterra, onde havia lançado sua autobiografia, quando sofreu o acidente.

A possível aposentadoria de Llewelyn virou notícias ainda antes do lançamento “007 – O Mundo Não É o Bastante”. Foi desmentida, mas o próprio filme parecia dar razões aos boatos.

Pela primeira vez, Q apresentava um ajudante, logo apelidado por Bond de R. John Cleese o interpretou em chave cômica, em tudo contrastante com a séria elegância de seu patrão. Na última cena de Llewelyn ao lado de Bond (Pierce Brosnan), ele dá dois conselhos sobre retirada -e graciosamente some, baixando num elevador.

Todos os intérpretes de 007 com os quais contracenou (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan) participaram de uma cerimônia póstuma em homenagem a Desmond Llewelyn no dia 1º de janeiro.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fol/cult – FOLHA DE S.PAULO – das agências internacionais No Reino Unido – 19/12/1999)

(Fonte: http://www.dgabc.com.br/Noticia – Cultura & Lazer – Do Diário do Grande ABC – 20 de dezembro de 1999)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / Por AMIR LABAKI da Equipe de Articulistas – São Paulo, 24 de Dezembro de 1999)

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