Celso Furtado, ocupou cargos em três governos dos mais efervescentes da História do país

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Ideólogo do desenvolvimento pregava que o desemprego é o desafio vital da civilização industrial

 

Celso Furtado (Pombal, Paraíba, 26 de julho de 1920 – Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2004), intelectual, escritor e ex-ministro do Planejamento e da Cultura, foi economista e professor paraibano. Celso Furtado ocupou cargos em três governos dos mais efervescentes da História do país e esteve no centro dos acontecimentos, como uma estrela cintilante da esquerda nacionalista brasileira.

Foi um dos mais respeitados economistas brasileiros, Furtado previu alguns sinais de que a humanidade podia estar às portas de inventar um novo modelo de sociedade por meio do qual se espantava o fantasma que atualmente rondava tantos países – o desemprego. As ideias para o desenvolvimento na América Latina influenciaram gerações de estudantes e administradores.

Criador da Sudene no governo Kubitscheck, foi ministro do Planejamento de João Goulart. Aposentado da Universidade de Sorbonne, onde começou a lecionar em 1965 depois de cassado pelo regime militar, ele viveu quase quarenta anos em Paris e mais tarde dividia o tempo entre a França e o Rio de Janeiro.

Furtado era membro da Unesco e mais tarde fez parte da Comissão Internacional de Bioética, cujo objetivo era definir padrões éticos para a manipulação genética.

Quando vivia o seu apogeu político, entre o fim do governo Juscelino Kubitscheck e o movimento de 1964, Celso Furtado conseguia produzir um livro por ano, e neles chegou a apresentar ideias novas à teoria econômica. Ao deixar o Executivo pela segunda vez, em agosto de 1988, quando ocupava a Pasta da Cultura no governo Sarney, onde conseguiu a proeza de realizar uma má gestão num ministério que na prática não existe.

Furtado não poderia deixar de escrever um novo livro – o 25.º de sua carreira. Ao contrário de suas obras anteriores, A Fantasia Desfeita trata de História, e não de Economia. Nele, Furtado relata sua experiência de criar a Sudene, em 1959, e sua passagem pelo Ministério do Planejamento de João Goulart, em 1962, até a cassação e o exílio no exterior.

Ao relatar os fatos da época, sem nenhum constrangimento ele se colocou como personagem principal. Em lugar de revelar novidades, ou acrescentar algo à discussão sobre o período,  Furtado relatou uma autobiografia de sua fase de glória.

Eleito:

dia 7 de agosto de 1997, no Rio de Janeiro, o economista Celso Furtado, 77 anos, para a Academia Brasileira de Letras. Ministro do Planejamento do governo João Goulart, em 1963, ficou com a cadeira que era do educador e político Darcy Ribeiro.

(Fonte: Veja, 17 de maio de 1989 – ANO 22 – Nº 19 – Edição 1079 – LIVROS/ Por Hugo Studart – Pág: 127)

(Fonte: Veja, 8 de janeiro de 1997 – ANO 30 – Nº 1 – Edição 1477 – Entrevista: Celso Furtado/ Por Rosely Forganes – Pág: 8/12)

(Fonte: Veja, 20 de novembro de 1994 – ANO 27 – Nº 48 – Edição 1368 – DATAS – Pág: 108)

(Fonte: Revista Veja, 13 de agosto de 1997 – ANO 30 – Nº 32 – Edição 1508 – DATAS – Pág: 112)

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