Calouste Gulbenkian, engenheiro de minas, empresário armênio otomano que fez fortuna na exploração de petróleo

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Criou império da indústria do petróleo

 

O empresário Calouste Gulbenkian no Templo Edfu, Egito, em 1930. (© Reprodução/Fundação Calouste Gulbenkian)

 

Calouste Sarkis Gulbenkian (Constantinopla, 23 de março de 1869 – Lisboa, 20 de julho de 1955), empresário armênio otomano que fez fortuna na exploração de petróleo.

 

Gulbenkian nasceu em Constantinopla, em março de 1869, em uma família de origem Armênia. O pai, banqueiro, importava querosene russo. A lenda conta que, aos 7 anos, Calouste ganhou uma moeda de prata. Em vez de gastá-la, trocou-a no bazar por moedas antigas, seu primeiro investimento.

 

Quando de sua morte, em Lisboa, em 20 de julho de 1955, sua coleção de obras de arte valia mais de US$15 milhões. O jovem levantino, aos 19 anos de idade, conquistou um diploma de engenheiro de minas. Foi em direção de Baku e de seu petróleo. Dois anos mais tarde, Gulbenkian já se tornara um experiente petroleiro internacional.

 

Retornou a Constantinopla e, depois, a Paris. Naturalizado inglês em 1902, trabalhou com o presidente da Shell, Henry Deterding. Em 1913, foi um dos fundadores da Turkish Petroleum Company (futura Iraq Petroleum Co). Por ocasião da fusão da companhia, obteve da Shell uma retrocessão de 5% dos lucros, o que lhe valeu o apelido de Senhor 5%.

 

Naturalizado britânico em 1902, Gulbenkian era engenheiro e foi pioneiro na exploração de petróleo no Médio Oriente. Na sua biografia da fundação, ele é apresentado como “fundamental nas negociações para o estabelecimento de 1 consórcio americano, que se juntou à Turkish Petroleum Company”.

 

Em 1912, “com o objetivo de explorar as reservas dos riquíssimos campos petrolíferos iraquianos, em 1912 o Banco Nacional da Turquia cria a Turkish Petroleum Company, detida pela Royal Dutch-Shell (25%), pelo Banco Nacional da Turquia (35%), pelo Deutsche Bank (25%) e por Calouste Gulbenkian (15%)”.

 

No início de 1914, a Turkish Petroleum Company (TPC) foi reestruturada. A Anglo-Persian Oil Company (atual BP), grande concorrente da Royal Dutch-Shell, reivindicava a concessão petrolífera iraquiana, e tinha um forte apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha. Para apaziguar a Anglo-Persian, Gulbenkian acedeu na redução da sua quota de 15% para 5%.

 

Gulbenkian usou a seu favor o chamado “Acordo da Linha Vermelha”, de 1928. Esse tratado acabou com o sistema quase imperial pré-1914 em que a Grã-Bretanha, a França, a Rússia e outras potências dividiam o Médio Oriente em “esferas de interesse”. Essa linha traçava as fronteiras do antigo Império Otomano e os signatários acordaram que não levariam a cabo intervenções dentro desta linha sem ser por meio da sua “joint venture” –exatamente a Turkish Petroleum Company.

 

“Calouste Gulbenkian assegurava assim que as grandes potências agiriam em conjunto de forma organizada, e conseguia preservar a sua participação de 5%. Embora tenha continuado a procurar estabelecer outras parcerias internacionais, nomeadamente entre a França, Pérsia e a União Soviética, a “Linha Vermelha” foi o seu maior êxito”, registra a Fundação Calouste Gulbenkian.

 

A biografia oficial de Gulbenkian relata também que “sua persistência, capacidade negocial e flexibilidade para acomodar novos interesses e adaptar-se a novas situações” resultou em respeito dentro da indústria petrolífera. Em vários países “era conhecido simplesmente como ‘Senhor Cinco por cento’, um dos homens mais ricos do mundo”.

(Fonte: História Viva – Ano II – N° 23 – Setembro de 2005 – Petróleo / Por Christophe Courau/historiador – Pág; 68/70)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / Prêmio para Greta usar no meio ambiente veio da indústria do petróleo / Por Poder360 – 20/07/2020)

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