“Acho que a tendência do intelectual é ser de direita. Ele é por definição um elitista.”
“Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. Crítica não é raiva. E crítica, às vezes, às vezes, é estúpida.”
“É preciso meter as mãos na cabeça raspada do Vicentinho língua-presa. Eu lhe daria uma chicoteada para ver se reage docilmente como escravo.”
“Gosto que me leiam e saibam o que acho das coisas. É uma forma de existir. Trabalho é a melhor maneira de escapar da realidade.”
“O negro africano não tinha língua escrita, como notaram os exploradores da África no século XIX; logo não pode, pela ordem natural das coisas, possuir uma cultura como a entendemos.”
“Nenhum filme brasileiro dá certo porque todos os cineastas tentam demagogicamente se colocar na posição de humildes. É falso, visceralmente. Sempre que vejo algum favelado em filme brasileiro tenho vontade de sair gritando: é um santo! É um santo!”
Paulo Francis (1930-1997), jornalista, crítico e escritor, o mais amado e odiado jornalista brasileiro, autor do livro “O Poder de Mau Humor”.
(Fonte: Veja, 12 de fevereiro, 1997 – Ano 30 – N.° 6 – Edição 1482 – Jornalismo/Por Eurípides Alcântara – Pág: 74 a 80)