1ª série infantil sobre sexualidade é apresentada em festival na França
O objetivo da série é dar voz a uma figura distinta àquela que os jovens encontram em casa. E, além de informar, também se busca entreter
Segundo Mora, isso provoca uma confusão na mente dos pré-adolescentes, já que faz com que eles passem a identificar a sexualidade com o modelo de submissão da mulher ao homem, perpetuado pela indústria pornográfica.
O objetivo da série é dar voz a uma figura distinta àquela que os jovens encontram em casa. E, além de informar, também se busca entreter.
“A série conta histórias em forma de comédia e de maneira natural, que é a linguagem perfeita para chegar aos jovens”, explica Mora.
O capítulo piloto tem como protagonistas os ovários, que explicam o fenômeno da menstruação de forma didática e bem-humorada.
Além dos órgãos, “Sex Symbols” tem quatro protagonistas fixos, que exploram os diferentes temas através das vivências pessoais. Cada um conta com personalidade própria e atributos físicos diversificados, que permitem a identificação das crianças.
O perfil da criança sabe-tudo, o introvertido ou a intelectual protagonizam cada episódio, de aproximadamente 7 minutos de duração.
“Por se tratar de um tema como esse, que ainda é considerado um tabu pelas televisões, era necessário um capítulo piloto para mostrar o estilo, os personagens, mas também para que (o sexo) deixe de ser tratado como um assunto delicado”, acrescenta Mora.
O projeto, produzido pela “TV On Producciones”, custará 1,8 milhão de euros (R$ 8,2 milhões). A meta de Mora é finalizar a série ao longo de 2020. Por isso, sua apresentação no Cartoon Forum teve também o objetivo de arrecadar metade do montante que ainda falta ser captado.
O Cartoon Forum de Toulouse é o mais importante encontro do setor de animação para televisão da Europa e, em 2019, comemora seu 30º aniversário. Entre os países participantes, a França é o que mais tem produções apresentadas, com um total de 25.
O 2D segue liderando as produções do Cartoon Forum, mas o inovador formato do “transmídia”, no qual a história se desdobra através de diferentes plataformas, segue ganhando terreno. Vários dos projetos apresentados poderão ser vistos, além da televisão, em telefones celulares, tablets ou videogames.