Foi uma das pioneiras do telejornalismo brasileiro

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Alice-Maria, uma das pioneiras do telejornalismo brasileiro

Jornalista ocupava o cargo de diretora de Desenvolvimento de Programas Especiais da TV Globo

 

Alice-Maria em palestra na GloboNews – (Foto: Reprodução/Memória Globo)

 

Uma das pioneiras do telejornalismo nacional, Alice-Maria decidiu se aposentar, após 48 anos de dedicação à profissão. A informação foi divulgada em comunicado, em 1º de setembro de 2014, assinado pelo o diretor-geral da Globo, Carlos Henrique Schroder, e pelo diretor-geral de Jornalismo e Esporte, Ali Kamel.

Alice-Maria começou a trabalhar na Globo em 1966 e participou da criação do “Jornal Nacional”. Ela foi também a primeira mulher a ocupar um cargo de direção no jornalismo da emissora.

Segue a íntegra do comunicado:

“Depois de 48 anos de dedicação plena ao jornalismo de televisão, nossa companheira Alice-Maria decidiu se aposentar.

A história de Alice se confunde com a própria história do telejornalismo brasileiro. Ela chegou à TV Globo em 1966, um ano após a inauguração da emissora, como estagiária. Ao lado de Armando Nogueira, esteve à frente do jornalismo da Globo por 20 anos, ajudando a criar o padrão de telejornalismo brasileiro, com excelência na forma e no conteúdo. Ao longo desses anos, Alice-Maria desempenhou todas as funções do jornalismo na emissora, tendo sido a primeira mulher a ocupar um cargo de direção na Central Globo de Jornalismo.

Em 1969, Alice-Maria participou diretamente da criação do Jornal Nacional, o primeiro programa brasileiro exibido em rede nacional. Em 1973, assumiu a função de diretora de telejornais da Globo. Tornou-se responsável não só pelas notícias veiculadas, como pelos perfis editoriais dos programas e pela preparação dos repórteres de vídeo. Com isso, formou a primeira geração de talentos de vídeo do telejornalismo brasileiro, alguns dos quais no ar ainda hoje.

Incansável na busca da qualidade, Alice esteve atenta a todas as inovações tecnológicas ao longo desses anos e de todas as mudanças de formato que elas trouxeram ao nosso jornalismo. Com a precisão do conteúdo jornalístico, sempre teve exigência máxima. E, com esses parâmetros, liderou a cobertura de todos os momentos importantes da vida do Brasil e do Mundo até 1990, quando deixou a emissora por alguns anos.

Mas, já em 1996, Alice-Maria foi convidada por Evandro Carlos de Andrade para implantar e dirigir a GloboNews, o primeiro canal brasileiro de notícias 24 horas no ar, um projeto desenvolvido por um grupo da Central Globo de Jornalismo em tempo recorde. Com apenas 15 dias no ar, Alice e sua equipe enfrentaram o desafio de cobrir a queda do Fokker 100 da TAM, em São Paulo, um dos mais graves desastres da história da aviação brasileira. Depois vieram a morte da princesa Diana, em agosto de 1997; a guerra no Kosovo, em 1999; as eleições norte-americanas, em 2000 e em 2001, a histórica cobertura do atentado às torres gêmeas do World Trade Center. A GloboNews interrompeu sua programação para acompanhar os desdobramentos do ataque e mostrou, ao vivo, a segunda explosão, na torre sul do edifício.

Em julho de 2009, assumiu a Diretoria de Desenvolvimento de Programas Especiais, com a missão de desenvolver novos talentos de jornalismo, contribuir para a manutenção da qualidade nas coberturas de jornalismo e esportes e supervisionar programas com formato jornalístico voltados para a Responsabilidade Social, grade Cidadania, produzidos pela Globo – Globo Universidade e Ação – assim como os produzidos pela Fundação Roberto Marinho – Globo Educação, Globo Ecologia e Globo Ciência, transformados agora no ‘Como Será?’.

Em breve, anunciaremos o responsável pelas funções que Alice-Maria vinha desempenhando. Até lá, Mariano Boni, diretor executivo da Central Globo de Jornalismo responderá por elas.

Com talento raro e dedicação ilimitada, Alice-Maria nos deixa um legado de busca permanente da qualidade. À ela, nossos mais sinceros agradecimentos e toda a nossa admiração, com os melhores votos de felicidades nessa nova etapa da sua vida.

Carlos Henrique Schroder e Ali Kamel”
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv – CULTURA – REVISTA DA TV / POR O GLOBO – 02/09/2014)

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