Wojciech Jaruzelski, general, presidente do Conselho Militar de Salvação Nacional da Polônia.

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O general foi último dirigente da Polônia comunista

Wojciech Jaruzelski (Kurów, Polônia, 6 de julho de 1923 – Varsóvia, Polônia, 25 de maio de 2014), general e último líder comunista da Polônia, presidente do Conselho Militar de Salvação Nacional da Polônia.

Wojciech Witold Jaruzelski lutou na Segunda Guerra Mundial e tornou-se general em 1956.

Chefe do Estado-Maior em 1965 e Ministro da Defesa da Polônia entre 1968 e 1981, Jaruzelski tornou-se, em seguida, chefe do governo e secretário do Comitê Central do Partido Operário Unificado Polaco. Utilizou o estado de exceção para reprimir o sindicato Solidariedade em dezembro de 1981 e requisitou a prisão dos líderes do movimento, incluindo Lech Walessa.

Formou o Conselho Militar de Salvação Nacional, que tomou o poder e submeteu o país à hegemonia soviética, com um tímido processo de reforma econômica e social para calar a oposição interna.

Em 1981, o general decretou a lei marcial na Polônia, uma medida que sempre defendeu como necessária para evitar a intervenção de Moscou em um período no qual grande parte da sociedade polonesa clamava pelo fim do comunismo.

Posteriormente, o comunista promoveu as primeiras eleições livres e a transição para a democracia, protagonizada por Lech Walessa e seu sindicato Solidariedade.

No final de 1982, a lei marcial foi suspensa e Walessa, liberado. Três anos depois, Jaruzelski abandonou o cargo de primeiro-ministro para se tornar presidente do Conselho de Estado. Abriu caminho para uma reforma democrática na Polônia, a partir das diretrizes de Mikhail Gorbatchov. Contudo, desacreditado, não conseguiu recuperar sua popularidade, apesar de seu programa de reformas.

Em 1988, demitiu-se do cargo de primeiro-secretário e tornou-se chefe de Estado. No ano seguinte, o Solidariedade foi legalizado e seus membros ganharam lugares no parlamento, mas o partido foi restringido a competir para somente 35% dos assentos. A limitação permitiu que Jaruzelski fosse eleito presidente por uma margem de um voto no conjunto nacional.

Incapaz de manter um governo Comunista, entretanto, foi forçado a ceder lugar a Walessa em dezembro de 1990.

A Justiça polonesa acusou Jaruzelski de diversos crimes e o processou várias vezes, em particular por impor a lei marcial, embora nunca tenha sido condenado.

De acordo com o ex-presidente Aleksander Kwasniewski, um ex-comunista, o general foi uma das figuras mais importantes da história polonesa nas últimas décadas e “teve uma influência em todos os eventos nas décadas de 80 e 90” na Polônia.

(Fonte: Zero Hora – ANO 48 – N° 16.896 – 10 de janeiro de 1982/2012 – Há 30 anos em ZH – Pág; 47)

(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – Nº 17.759 – 26 de maio de 2014 – TRIBUTO – Pág: 39)

(Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias)

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