William Powell Lear, extrovertido inventor engenheiro industrial americano.

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Inventou o primeiro rádio para automóveis

Lear: uma contribuição à humanidade

William Powell Lear (Hannibal, Missouri, 26 de junho de 1902 – Reno, Nevada, 14 de maio de 1978), extrovertido inventor engenheiro industrial americano que se tornou famoso por sua excentricidade. Em 1919, com apenas dezesseis anos, ele abandonou sua casa e sua família, em Chicago, para alistar-se na Marinha dos Estados Unidos, onde serviu como radiotelegrafista. “Eu tinha liberdade para mexer em tudo, e aprendi, na prática, muito mais do que qualquer escola poderia ensinar-me.” Realmente, em 1923, com a experiência ganha na Marinha, Lear inventou o primeiro rádio para automóveis – um feito considerado revolucionário na época. E desde então, acumulou uma reserva de mais de 150 patentes registradas, de fitas para gravador estereofônico de oito pistas até pequenos aviões a jato para executivos.

Ágil e rápido, Lear raramente ficava desocupado aos 70 anos diante da ampla escrivaninha que dominava seu escritório envidraçado em Leareno, o sítio de 10 quilômetros quadrados perto de Reno, Nevada, onde se instalaram suas indústrias. No início de março de 1972, um estranho veículo circulou pelas ruas de São Francisco, Califórnia, Estados Unidos, oferecendo transporte gratuito a todos os que desejassem experimentá-lo. Um ônibus com capacidade para 50 pessoas. No lugar de motor, porém, existe uma caldeira, como nas antigas locomotivas. E em vez da irritante fumaça negra dos veículos movidos a gasolina ou óleo diesel, seu cano de escapamento libertara contra o ar uma mistura transparente e quase sem nenhuma nocividade. Um veículo com as mesmas propriedades de um ônibus comum – e a vantagem de não poluir a atmosfera com gases queimados e partículas de carvão.

O próprio Lear montou pessoalmente o ônibus a vapor – um projeto no qual consumiu mais de 12 milhões de dólares de sua fortuna pessoal (obtida exclusivamente com os lucros de suas patentes), sem ter recebido retorno algum. Depois de dez anos de lutas e experimentos contra problemas de engenharia aparentemente insolúveis, e especialmente contra as pressões de uma preocupada indústria automobilística, Lear conseguiu convencer a General Motors a experimentar o invento. O próprio Edward Colin, presidente da GM, acompanhou entusiasmado as evoluções do veículo pelos campos desertos de Nevada. E concordou em patrocinar o teste de São Francisco.

(Fonte: Veja, 23 de fevereiro de 1972 – Edição n° 181 – CIÊNCIA – O inventor – Pág; 33 e 35)

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