Werner von Braun, perito em foguetes da NASA, conhecido como o “pai da bomba V-2”

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Foi o responsável pelo desenvolvimento do foguete Saturn V, o mesmo que impulsionou o homem à Lua, nas missões Apollo.

 

 

 

Werner Magnus Maximilian von Braun (Wiersitz, Império Alemão, 23 de março de 1912 – Alexandria, EUA, 16 de junho de 1977), perito em foguetes da NASA, conhecido como o “pai da bomba V-2” (o foguete com o qual os alemães bombardearam Londres durante a Segunda Guerra Mundial), um dos pioneiros na pesquisa da técnica de foguetes espaciais.

Demitiu-se dia 26 de maio de 1972, anunciando que deixa o cargo de sub-administrador da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço para desenvolver projetos espaciais na indústria privada, “onde se forjam as ferramentas do progresso”.
(Fonte: Veja, 31 de maio de 1972 – Edição 195 – DATAS – Pág; 51)

 

 

Wernher von Braun, um dos pioneiros na pesquisa da técnica de foguetes espaciais. (Foto:

Wernher von Braun, um dos pioneiros na pesquisa da técnica de foguetes espaciais. (Foto: Divulgação)

 

 

Wernher von Braun: foi um dos pioneiros na pesquisa da técnica de foguetes espaciais

 

 

Projetar foguetes e vê-los desempenhar corretamente as especificações imaginadas sobre a mesa de cálculo parece ter sido a grande paixão do engenheiro físico Werner von Braun, alemão de nascimento, americano por naturalização. Para os alemães, empenhou-se com denodo no desenvolvimento das bombas V-2, pavor dos ingleses durante a II Guerra Mundial. Durante os sete meses em que foram usadas contra a Inglaterra, surgindo no horizonte como uma espécie de avião de asas curtas equipado com caraga explosiva, essas bombas mataram 8 500 pessoas e feriram 46 200, segundo estatísticas inglesas.

 

Para os americanos, que o capturaram como prisioneiro de guerra em abril de 1945 e depois contrataram seus serviços como cientista, Von Braun pode ser identificado como um dos maiores responsáveis pelo início e desenvolvimento dos voos espaciais. Os pendores de Von Braun para as realizações no campo dos foguetes surgiram, entretanto, há quase esquecidos cinquenta anos. Em 1927, ainda garoto de 15 anos, ele já participava da Sociedade para Viagens Espaciais, entidade que sonhava com excursões fora da Terra e que tinha sede num subúrbio de Berlim.

 

Além disso, porém, em sua cidade natal de Wiersitz, aquele inquieto menino provavelmente se revelava motivo de preocupações para seu aristocrático progenitor, o barão Magnus von Braun. Com efeito, a criança já tentava construir foguetes no quintal – o primeiro dos quais, segundo consta, montado a partir da armação de uma simples bomba de ar, dessas de encher pneu de bicicleta. Os fracassos dessa época, naturalmente, não mais ocorreriam depois que ele se formasse em engenharia e física pela Universidade de Berlim. Mal saído do curso superior – e sempre envolvido com disparos de foguetes -, viu-se o jovem Von Braun convocado pelas autoridades alemãs, impressionadas com seus dotes científicos.

 

Na rua – Pelo Tratado de Versalhes, firmado após a I Guerra Mundial, a derrotada Alemanha estava proibida de se rearmar com equipamentos convencionais. Mas o documento nada dizia sobre foguetes. Dessa lacuna se aproveitariam os alemães, em 1932, oferecendo facilidades a Von Braun para que ele aprimorasse suas experiências. Dez anos mais tarde, no dia 3 de outubro de 1942, suas experiências a serviço do nazismo em guerra chegavam finalmente a um resultado prático, quando um objeto de 15 metros de altura, aparelhado com quatro asas, disparou pelo ar, saindo da base de Peenemünde, às margens do rio Peene. Von Braun, diretor-técnico da base militar, conseguia lançar ao céu a primeira bomba V-2 (V tirado da palavra Vergeltun: vingança).

 

A vasta experiência com os foguetes também valeria postos de destaque ao cientista do outro lado do Atlântico, quando ele se transferiu para os Estados Unidos, em setembro de 1945, acompanhado de um grupo de peritos alemães que liderava. Logo que explodiu a guerra da Coreia, no princípio da década de 50, recebeu ordens de criar um míssel de longo alcance capaz de transportar armamentos nucleares. E o fez – com tanto sucesso, aliás, quanto o que obtivera na produção do foguete alemão. Realmente, em 1953, o míssil Redstone subiu de Cabo Canaveral, na Flórida, marcando outro significativo marco na carreira de Von Braun.

 

Mas sua consagração definitiva pelos americanos só viria a partir de 1956, ao ser convocado para a recém-criada Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), entidade na qual sempre se bateria por recursos financeiros cada vez maiores, que permitissem aos Estados Unidos manter-se à frente da União Soviética na conquista espacial. Seu foguete Júpiter pôs no espaço o primeiro satélite artificial dos Estados Unidos, em 1958, e seu superfoguete Saturno 5 – com o tamanho de um edifício de 36 andares – levou o primeiro homem à Lua, em 1969. Afastado da NASA três anos depois desse último triunfo, esteve no Brasil, empresa produtora de satélites de que o cientista se tornou representante. E nem a doença que o matou aos 65 anos de idade conseguiu amainar a obsessão de sua vida. Cada vez mais doente de 1976 para cá, dedicou seus últimos meses a organizar os documentos que juntara, durante a maior parte da existência, sobre o funcionamento dos foguetes.

(Fonte: Veja, 22 de junho de 1977 – Edição 459 –CIÊNCIA – Pág; 98)

 

 

 

 

 

Em 3 de outubro de 1942 – A Alemanha testou com sucesso o míssil V-2, criado por Werner von Braun. No total, 2.700 pessoas morreram em ataques de V-2 contra a França e a Inglaterra.
(Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br – Fatos do dia)

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