Walter Landor uma lenda no mundo do Design de marcas
Cinco segredos para uma carreira de design bem-sucedida, como disse Walter Landor (Foto: 72East / Reprodução)
Walter Joseph Landor (Munique, 9 de julho de 1913 – Califórnia, 9 de junho de 1995), designer de marca e o fundador da Landor Associates, foi um pioneiro na indústria do design gráfico, sendo um dos primeiros a enfatizar a importância de compreender as emoções do usuário para o desenvolvimento das marcas.
Landor é fundador de uma das principais agências de design do mundo, que carrega esse nome. Durante seus mais de 50 anos de carreira, ele trabalhou na identidade visual de uma grande variedade de marcas, incluindo Levi Strauss, FedEx, Bank of America e Alitalia.
Um dos seus logos mais famosos foi o da Fedex, este logo é considerado um dos melhores no mundo. Landor era talentoso no design de embalagens e logos. O seu trabalho abrange marcas como a Del Monte, Marlboro, Fujifilm, Tab e Bank of America.
Ele também fez inúmeras identidades corporativas para companhias aéreas como a Alitalia, British Airways, Japan Airlines, Delta Air Lines, Cathay Pacific Airways, e Singapore Airlines.
Conheça a história do designer Walter Landor e seus logos atemporais
Nascido em Munique, um dos logos mais famosos do designer foi o da Fedex, o qual é considerado um dos melhores logos do mundo. O seu talento concentrava-se no design de embalagens e de logos.
Merecem destaque trabalhos como a Del Monte, Fujifilm, Marlboro, Tab e Bank of America, além de muitas identidades corporativas para companhias aéreas como a British Airways, Japan Airlines, Alitalia, Delta Air Lines, Singapore Airlines e Cathay Pacific Airways. Principais logos: Northwest Airlines, Fedex e Peoplepc.
Origem
O designer Walter Landor nasceu em 1913, em Munique, na Alemanha. Filho de família judia, seu contato com o design se iniciou desde muito cedo, por meio das visitas ao estúdio de arquitetura do pai.
Landor conviveu com muitas influências importantes, como a Bauhaus — uma das primeiras escolas de design do mundo. Considerada um dos expoentes do modernismo na arquitetura e no design, essa escola influenciou princípios estéticos utilizados até hoje: “forma segue a função” e “menos é mais” são alguns deles.
Por conta dos conflitos políticos da época, muitas escolas foram dissolvidas e vários profissionais foram exilados.
Foi então que, em 1931, Landor se mudou para a Inglaterra para concluir seus estudos na Universidade de Londres. Quatro anos depois, ele ajudou a fundar a primeira empresa de consultoria de design industrial da Grã-Bretanha e, em seguida, tornou-se o mais jovem membro da Royal Society of Arts.
Formação profissional
No final da década de 1930, Landor visitou a América para ajudar a construir o pavilhão britânico na Feira Mundial de Artes em Nova Iorque. Lá, ele conheceu designers industriais renomados, como Henry Dreyfuss, projetista da câmera Polaroid.
Buscando construir experiências mais versáteis, ele se muda para São Francisco, berço multicultural da costa oeste dos Estados Unidos. Em 1941, ele funda — junto de sua esposa — a Landor Associates.
Nos primeiros anos de atuação, os trabalhos se concentravam em embalagens para vinícolas e cervejarias locais, mas logo se expandiram ao longo de toda costa. Para dar conta dessa crescente demanda, Landor adotou uma estratégia inusitada: transformou uma balsa na sede do seu escritório.
A balsa Klamath abrigou também um Museu de Antiguidades e Embalagens, atraindo muitos visitantes curiosos e clientes em potencial.
Naquele momento, Landor liderava uma equipe responsável por projetos ligados à identidade visual de várias empresas globalmente conhecidas. Logo, a empresa cresceu para uma equipe mundial de mais de 300 funcionários, com 17 escritórios ao redor do mundo.
Com essa expansão, a balsa foi desativada, mas não deixou de representar uma estratégia incontestável de aplicação do pensamento criativo.
Criação de marcas
Para o designer Walter Landor, uma boa marca deve se esforçar para criar uma conexão emocional com seus clientes, pois os produtos são feitos na fábrica, mas as marcas são criadas na mente.
Assim, ele apostou veementemente em métodos de pesquisa sobre o consumidor para o desenvolvimento das marcas.
O Brand Storytelling, característica do legado Landor, incorpora na identidade visual elementos como a origem, o histórico e os valores da empresa. Assim, constrói-se uma imagem memorável que fortalece o relacionamento com os clientes.
Para esse designer, uma história dá aos clientes uma razão para escolher, se identificar e defender a causa de uma marca.
Sua equipe desenhou uma das versões da marca do Bank of America (1964). Uma pesquisa feita a consumidores identificou que eles haviam construído uma imagem muito impessoal, de um banco focado no atendimento a empresas.
Para mudar isso, o logo foi desenhado a partir de um monograma com as iniciais do banco, compondo um conjunto de formas robustas que representam as relações transparentes e diretas com os seus clientes.
Também foram projetadas identidades para companhias aéreas, como a italiana Alitalia (1967). Para adequar a marca à expansão da empresa, ela deveria contemplar uma variedade de aeronaves, uniformes e materiais impressos.
O logo conserva o estilo clássico da empresa, com um A em itálico que simboliza a asa das aeronaves e a sinergia da cultura italiana.
Um dos logos mais significativos foi o produzido para a Levi Strauss (1969). O contorno da parte inferior no formato de uma asa de morcego é inspirado na costura dos bolsos traseiros.
Esse foi um dos primeiros logos a misturar fontes em caixa alta e baixa e indica estilo e durabilidade característicos da linha de jeans.
A Cotton Incorporated (1971), uma então recém-formada associação de produtores de algodão, queria destacar o algodão como uma alternativa natural aos tecidos sintéticos, em alta nas linhas de produção.
Foi então que se chegou no conceito do algodão saindo de dentro da terra, com dois ramos que indicam que ele é único e puro, assim como sua fibra orgânica é composta pela flor e pelas raízes.
O logo da FedEx Corporation (1994) é um dos seus trabalhos mais populares. Foi acrescentada uma seta no espaço negativo entre as letras E/X para simbolizar o segmento da empresa, o fluxo de entrega e a agilidade do serviço.
A equipe trabalhou também na modernização de vários outros logos conhecidos, como os de organizações como WWF (1986), Del Monte (1967), Frito Lay (1979) e uma versão abreviada da tipografia da Coca-Cola (1985).
Legado
Em 1994, em reconhecimento ao seu trabalho, o Museu Nacional de História Americana estabeleceu uma coleção permanente dos seus projetos.
O designer Walter Landor não mudou apenas o repertório visual das marcas: ele transformou a forma de se pensar o design, tornando-o um aliado poderoso do marketing.
Ao longo de sua carreira, ele defendeu que todo projeto deve ter como foco a satisfação dos seus usuários. Assim, garante-se a fidelização dos clientes, bem como a adequação estética da marca, produzindo logos atemporais.
Com a saúde fragilizada, Walter Landor faleceu em 1995, aos 81 anos, em Tiburon, Califórnia. Ele morava em São Francisco e Santa Helena, Califórnia. No entanto, a sólida carreira que ele construiu deixou um patrimônio de trabalhos nos mais variados segmentos.
Walter Landor, designer de logos para corporações gigantes
Walter Landor, fundador de uma empresa de design industrial que criou logotipos para algumas das maiores e mais conhecidas corporações do mundo
Durante seus mais de 50 anos de design, Walter Landor ajudou a criar identidades e logotipos para uma grande variedade de empresas, incluindo Levi Strauss, General Electric, Fuji Film e Minnesota Mining and Manufacturing. Um dos seus projetos mais conhecidos foi o roteiro da Coca-Cola.
Em reconhecimento ao seu trabalho, o Museu Nacional de História Americana em Washington estabeleceu uma coleção permanente de projetos e embalagens de Walter Landor em 1994.
Nascido em Munique, Landor deixou a Alemanha em 1931 para completar sua educação na Goldsmith College School of Art da Universidade de Londres. Quatro anos depois, ele ajudou a fundar a primeira empresa de consultoria de design industrial da Grã-Bretanha, a Parceria de Design Industrial. Em 1936, aos 23 anos, tornou-se o mais jovem membro da Royal Society of Arts.
Ele veio para os Estados Unidos em 1939 e mudou-se para San Francisco, onde, em 1941, ele fundou Landor Associates.
De 1964 até o final da década de 1980, ele conduziu o negócio de sua empresa a partir de um ferryboat, o Klamath, ancorado em um cais de São Francisco.
A empresa cresceu para uma equipe mundial de mais de 300, com 17 escritórios em mais de uma dúzia de países. A Landor Associates foi vendida em setembro de 1989 para a Young & Rubicam Inc., a empresa internacional de comunicações de marketing.
Landor é sobrevivido por sua esposa, Josephine Martinelli Landor, de São Francisco;duas filhas, Lynn Landor de Berkeley, Califórnia, e Susan Landor Keegan de Sausalito, Califórnia, e quatro netos.
(Fonte: http://publishdesign.blogspot.com.br/2013/04 – PUBLISH DESIGN / por César Sousa – 26th April 2013)
(Fonte: http://blog.welancer.com – WeLancer – setembro de 2017)
(Fonte: The New York Times Company – TRIBUTO – MEMÓRIA / Por KENNETH N. GILPIN – 13 de junho de 1995)