Vladimir Horowitz, considerado um dos mais talentosos músicos do século 20, pianista russo nascido em Kiev, foi aplaudido como gênio na URSS

Vladimir Horowitz (Kiev, Ucrânia, 1º de outubro de 1903 – Nova York, 5 de novembro de 1989), pianista russo nascido em Kiev, e aplaudido como gênio na União Soviética aos 21 anos. Radicado nos Estados Unidos há seis décadas, considerado um dos mais talentosos músicos do século 20. Para muitos, Horowitz, com seu estilo romântico, só encontrava paralelo como músico na arte do compositor Franz Liszt (1811-1886).

Além do romantismo na interpretação dos clássicos de Chopin e Rachmaninoff – seus compositores preferidos -, o pianista tinha como outra característica a impetuosidade e a criatividade ao piano, que dava às composições que executava tonalidades diferentes das de outros virtuoses. “Nunca toco uma peça duas vezes da mesma maneira”, costumava dizer Horowitz, que ganhou duas dezenas de prêmios Grammy – o Oscar da música americana.

O último Grammy que recebeu, em 1988, pelo disco Horowitz em Moscou, teve um significado especial para ele: o concerto realizado na capital soviética foi o primeiro desde que ele havia deixado o país, em 1928.

Após ser aplaudido como gênio na União Soviética, foi nos Estados Unidos que Horowitz conquistou suas maiores glórias – e fez fortuna de milhões de dólares. Em 1978, quando comemorou seu jubileu de ouro na América, o então presidente Jimmy Carter o qualificou como “tesouro nacional”.

Horowitz morreu dia 5 de novembro, 1989, aos 86 anos, de ataque cardíaco, em Nova York.

(Fonte: Veja, 15 de novembro, 1989 – Edição 1105 – DATAS – Pág; 129)