Vitor Crespo, antigo oficial da Marinha, que participou no golpe militar de 1974

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Vítor Crespo, ao centro, numa fotografia de 2004 com Vítor Alves (à direita) e Meneres Pimentel (Fote: PEDRO CUNHA/ARQUIVO)

Vítor Crespo, ao centro, numa fotografia de 2004 com Vítor Alves (à direita) e Meneres Pimentel (Fote: PEDRO CUNHA/ARQUIVO)

 

Vítor Crespo, militar de Abril

Esteve no posto de comando das operações do 25 de Abril e foi o único oficial da Armada que subscreveu o Documento dos Nove de Melo Antunes.

Vítor Manuel Trigueiros Crespo (Porto de Mós, 21 de março de 1932 – Lisboa, 17 de dezembro de 2014), antigo oficial da Marinha, que participou no golpe militar no 25 de Abril de 1974

Foi um dos homens da Revolução de Abril, membro do primeiro Conselho de Estado e Alto-Comissário para Moçambique no período que antecedeu a independência daquele país a 25 de junho de 1975.

O antigo presidente da Assembleia da República e antigo deputado do PSD, e até 1988 foi vice-presidente do partido, e presidiu ao Parlamento na 5.ª legislatura, entre 1987 e 1991.

Vitor Crespo, formado em Ciências Físico-Químicas, e catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, foi eleito deputado pelo PSD pela primeira vez em 1979.

O militar de Abril, almirante Vítor Manuel Trigueiros Crespo, nascido em Porto de Mós, em 21 de março de 1932, foi um militar de Abril de todas as horas, um dos principais dirigentes da Marinha no Movimento das Forças Armadas, integrando a equipe do Posto de Comando da Pontinha, nas operações militares do 25 de Abril.

Entre os vários cargos públicos que ocupou estão os de embaixador e representante permanente de Portugal junto da UNESCO, em Paris, em 1984 e 1985, e ministro da Educação e Ciência (6.º e 7.º governos constitucionais) e da Educação e das Universidades, no 8.º governo constitucional.

Vítor Manuel Trigueiros Crespo foi um dos principais dirigentes da Marinha do Movimento das Forças Armadas (MFA) e integrou a equipe do posto de comando sediado na Pontinha em 25 de Abril de 1974, liderada pelo então major Otelo Saraiva de Carvalho.

Vítor Crespo, membro da comissão coordenadora do MFA, foi o único militar da sua arma, a Marinha, que subscreveu o Documento dos Nove de Melo Antunes, opondo-se, assim, ao setor mais radical do MFA durante o PREC [Processo Revolucionário em Curso, no Verão de 1975]. Foi então que abandonou o Conselho da Revolução.

Depois do 25 de Abril, foi nomeado Alto-Comissário para Moçambique, cargo em que permaneceu até à independência daquela ex-colônia. Foi também ministro da Cooperação durante o VI Governo provisório, chefiado pelo almirante Pinheiro de Azevedo, e fez parte do primeiro Conselho de Estado após o 25 de Abril de 1974.  

Vítor Crespo foi membro do “primeiro Conselho de Estado, após o 25 de Abril” e assumiu o cargo de Alto-Comissário de Moçambique até à independência deste território. Regressado a Portugal, mantém-se no Conselho da Revolução (…) sendo o único dos membros da Armada a integrar os primeiros subscritores do Documento dos Nove.

Crespo integrou depois como ministro da Cooperação o VI Governo Provisório (setembro de 1975 a julho de 1976), chefiado por Pinheiro de Azevedo. “Após a extinção do conselho da revolução, volta à Armada, onde (…) assume o cargo de Diretor do Serviço de Justiça (…) até à sua passagem à situação de Reserva”, pode ler-se no comunicado da associação, destacando o fato de Vítor Crespo ter “sócio fundador nº 2” da organização.

Vitor Crespo não foi o único oficial da Marinha a participar no golpe de estado de Abril de 1974, mas foi um dos que mais se notabilizou, tendo marcado presença no posto de comando do MFA (Movimento das Forças Armadas) na Pontinha.

Em 1983 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e em 2005 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Vítor Crespo morreu em 17 de dezembro de 2014 aos 82 anos, em Lisboa.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte de Vitor Crespo, que classificou como “figura de grande relevo” que enriqueceu a vida do país e deixou um “legado de invulgar dimensão”.

 

 

(Fonte: http://expresso.sapo.pt/morreu-o-almirante-vitor-crespo-militar-de-abril=f903098#ixzz3MB2NzaJD – PORTUGAL – POLÍTICA –  – 17 de dezembro de 2014)

(Fonte: http://www.publico.pt/politica/noticia -1679743 – PÚBLICO e LUSA – 17/12/2014)

 

 

 

 

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