Vanja Orico, a ‘musa do Ciclo do Cangaço’ que foi atriz do primeiro filme brasileiro premiado em Cannes

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Artista, que trabalhou com o brasileiro Lima Barreto e o italiano Federico Fellini

Vanja Orico, atriz do primeiro filme brasileiro premiado em Cannes

Evangelina Orico (Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1931 – Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2015), cantora, atriz e cineasta carioca de nome artístico de Vanja Orico, a “musa do Ciclo do Cangaço”

Vanja se destacou no cinema brasileiro ao interpretar a canção “Mulher rendeira”, tema de “O cangaceiro” (1953), de Lima Barreto. A partir daí, participou de filmes que abordavam o cangaço, como “Lampião, o Rei do Cangaço” (1963) e “Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro” (1973). Vanja chegou ainda a trabalhar com Federico Fellini em “Mulheres e Luzes” (1950), em que aparece cantando “Meu Limão meu Limoeiro”.

Vanja Orico ganhou destaque por sua participação no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto, rodado em 1953 – primeira produção brasileira a ser premiada no Festival de Cannes, na França, e a conquistar sucesso internacional. No filme, ela aparecia interpretando a cançãoMulher Rendeira. A carreira da atriz e cantora, no entanto, havia começado alguns anos antes, em 1950, na Itália, onde Vanja estudava música. Ela atuou em Mulheres e Luzes, produção do cineasta Federico Fellini.

A artista carioca participou de mais de 20 filmes e foi a única atriz brasileira a atuar com o cineasta Frederico Fellini, na década de 50, no filme “Luci del Varietá” (“Mulheres e luzes”).

Nos anos 50 e 60, ela fez grande sucesso como cantora no Brasil e se apresentou nos Estados Unidos e em países da Europa, América Latina e África. Além de O Cangaceiro, Vanja Orico atuou como atriz em vários filmes do chamado ciclo do cangaço, como Lampião, o Rei do Cangaço (1964) e Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro (1972). Em 1973 dirigiu o filme O Segredo da Rosa.

Filha do diplomata, escritor e acadêmico Osvaldo Orico (1900-1981), a atriz, cujo nome completo era Evangelina Orico, deixa um filho, o cineasta Adolfo Rosenthal, fruto de seu casamento como o ator André Rosenthal.

Vanja também teve participação notória durante a ditadura militar. Ela foi presa e torturada depois de interromper a ação de policiais durante o enterro do estudante Édson Luiz, morto pela repressão. “Não atirem, somos todos brasileiros”, teria gritado Vanja aos policiais do regime.

Em 2004, lançou um CD e DVD com músicas inéditas e um documentário para TV sobre sua carreira. Nos últimos anos, foi dirigida pelo seu filho único, o cineasta Adolfo Rosenthal, no média-metragem “Maria da Graça”.

Vanja morreu em 28 de janeiro de 2015, aos 85 anos, de um câncer de intestino, no Rio de Janeiro.

 

 

(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/01 – RIO DE JANEIRO – Do G1 Rio – 28/01/2015)

(Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2015-01 – CULTURA – Paulo VirgílioRepórter da Agência Brasil – Edição: Stênio Ribeiro – 28/01/2015)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes -15177763 – CULTURA – FILMES – RIO DE JANEIRO – POR O GLOBO – 28/01/2015)

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