“Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro…” Fernando Pessoa (1888-1935), poeta genial português

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“Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”

Fernando Pessoa (1888-1935), que além de poeta genial era muito impressionado com o sebastianismo, uma expressão ligada a História de Portugal, que tomou conta depois do desastre da morte do rei Dom Sebastião, aos 24 anos, em 1578, na batalha de Alcácer-Quibir .

Passou-se a acreditar que Dom Sebastião não havia morrido, e um dia voltaria. Ele era o Encoberto, o líder que ainda viria a se redimir. Fernando Pessoa era muito impressionado com essas histórias, fecha com o sebastianismo o livro que dedicou à História e à legenda de Portugal, “Mensagem”. 

O Portugal que ele descreve nesses versos até parece o Brasil. Um país onde tudo é incerto e derradeiro, tudo é disperso, nada é inteiro. Ó Brasil, hoje és nevoeiro.

(Fonte: Veja, 13 de outubro de 1991 – ANO 24 – Nº 46 – Edição 1208 – ENSAIO/ Por Roberto Pompeu de Toledo – Pág: 114)

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