Tristan Tzara, foi um dos principais líderes dadaístas do primeiro período do movimento

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Tristan Tzara, o incendiário líder dadaísta

Tristan Tzara (Moinesti, Romênia, 4 de abril de 1896 – Paris, 25 de dezembro de 1963), escritor francês de origem romena. É considerado o principal articulador do movimento estético-revolucionário dadá, que tem por objetivo detonar os valores artísticos da cultura ocidental da época. Nasce em Moinesti, na Romênia, mas é educado na França, onde começa a teorizar sobre o dadaísmo ainda durante a I Guerra Mundial.

Verdadeiro agitador cultural, Tristan Tzara foi um dos principais líderes dadaístas do primeiro período do movimento, em Zurique. Em suas atividades de terrorismo cultural, acabaria aproximando-se das posições políticas revolucionárias defendidas pelo Par

Escreve em 1916 A Primeira Aventura Celeste do Sr.Antipyrine e termina em 1918 os Vinte e Cinco Poemas. Com a divulgação do manifesto do movimento, Sete Manifestos Dada, de 1924, envolve-se em inúmeras atividades com os artistas André Breton, Philippe Soupault e Louis Aragon.

Escreve em 1916 A Primeira Aventura Celeste do Sr.Antipyrine e termina em 1918 os Vinte e Cinco Poemas. Com a divulgação do manifesto do movimento, Sete Manifestos Dada, de 1924, envolve-se em inúmeras atividades com os artistas André Breton, Philippe Soupault e Louis Aragon.

“Eu digo a vocês: Não existe um começo e não iremos tremer, não somos sentimentais. Somos um vento furioso, arrancando a roupa suja das nuvens e orações, preparando o grande espetáculo de desastres, fogo e decomposição. Nós vamos colocar fim ao luto e substituir lágrimas por sirenes gritando de um continente a outro. Pavilhões de alegrias intensas e viúvas envenenadas.”
Trecho de um Manifesto Dadá de 1918, de Tristan Tzara

O radical movimento surgiu num primeiro momento em Zurique, na Suíça, durante as acaloradas discussões e apresentações artísticas estapafúrdias que aconteciam no Café Voltaire, uma boate literária fundada por Hugo Ball em 1916.

Entre os alegres dadaístas de Zurique, estavam os alemães Hugo Ball, Emmy Jennings, Hans Richer e Richard Huelsenbeck; o alsaciano Hans Arp; e os romenos Marcel Janco e Tristan Tzara. Este último, particularmente se destacaria como um dos mais debochados líderes do primeiro período Dadá.

Nascido Samuel Rosenstock, o futuro dadaísta nasceu em Moinesti, em 1896, na Romênia. Seu pseudônimo seria um trocadilho romeno, “Trist în Tara”, ou “Triste no País”.

Suas primeiras atividades artísticas incluíam a fundação da revista poética Simbolul, em 1912, influenciada pelo simbolismo romeno. O corpo editorial da publicação, além de diversos amigos de Tzara também contava com a participação do também futuro dadaísta Marcel Janco.

A publicação foi encerrada ainda em dezembro daquele ano, mas seria influente na transição do simbolismo para o modernismo em seu país.

Os interesses de Tzara mudariam de sentido entre 1914 e 1916, enquanto o reino da Romênia de manteve fora da guerra. Em 1915 ele iniciaria uma nova publicação, também de curta vida, mas também Chemarea importante no contexto de renovação das letras romenas. Segundo um historiador, a revista era “totalmente diferente de tudo o que tinha sido impresso na Romênia antes daquele momento”. Ainda no outono de 1915, com as notícias do ingresso do país na Primeira Guerra, Tzara viajaria para a Suíça, por sua neutralidade.

Em Zurique, ele, seus dois irmãos e Arp passariam a frequentar no ano seguinte, o Café Voltaire, travando amizade com Ball e sua esposa Emmy Hennings. Lá, Tzara recitava poemas romenos e apresentava pequenos quadros teatrais nas apresentações noturnas da casa. Ainda naquele ano, estimulados pelo clima de revolta generalizada contra a guerra, e imbuídos de uma rejeição profunda pelas manifestações artísticas de sua época, eles fundam o número um da revista Dadá.

Em um dos primeiros manifestos públicos do novo movimento, pouco antes do surgimento do periódico, Ball escreveria: “A revista é destinada a apresentar ao público as atividades e os interesses dos freqüentadores do Cabaret Voltaire, que tem como único objetivo de chamar a atenção, em meio aos obstáculos da guerra e do nacionalismo, dos poucos espíritos independentes que vivem em busca de outros ideais. O próximo objetivo dos artistas que estão reunidos aqui é publicar uma revista internacional. A revista será publicada em Zurique e deve levar o nome Dadá. Dada Dada Dada Dada.”

Nesta época, Ball encabeçava as atividades do grupo, mas em pouco tempo começaram a surgir conflitos entre ele e Tzara, por diferenças fundamentais de concepções e do real sentido do dadá. Enquanto Ball, adepto de diversas idéias ocultistas e místicas estava em busca de uma nova linguagem espiritual para as artes, Tzara, muito mais radical, via no dadá um movimento iconoclasta, de aberta crítica política à época, contra qualquer manifestação dadaísta pretensamente estética.

Com a perspectiva de fechamento do Cabaré no ano seguinte, Ball deixa também Zurique, abandonando o dadá sob a liderança de Tzara, que seria responsável radicalizar as propostas dadaístas e dar a ele a fisionomia que o movimento adquiriria nos anos posteriores. Em 1920, Tzara viaja para Paris, onde inicia uma nova etapa de provocações dadaístas ao lado dos novos adeptos franceses do grupo.

Com o esgotamento do dadá em 1921, Tzara, iniciando uma série de conflitos com os futuro fundadores do surrealismo, rompe relações com eles, se recusando a abandonar o Dadá.
Após muitos conflitos, Tzara acaba ele mesmo aderindo também ao surrealismo em 1924, e se tornando também uma das principais personalidades artísticas.

Mais do que tudo, ele era um agitador cultural. Sua postura crítica seria deste modo sua principal atividade, mas deixou também obras importantes. Além de pinturas, sob influência do cubismo, do futurismo e do surrealismo, também publicou livros abordando freqüentemente temas sociais e políticos como Coração de gás, de 1921; A Anticabeça, de 1923; e O homem aproximativo, de 1931; A fuga, de 1947; O fruto permitido, de 1956 e A Rosa e o Cão, de 1958.

Na década de 1920 chegou a filiar-se ao Partido Comunista Francês, aproximando-se das posições revolucionárias defendidas pelos internacionalistas Lêni e Trostski, do qual se afastou na nos anos 30, com o advento do stalinismo na União Soviética. Na década de 1940, participou ainda da resistência francesa contra os nazistas na Segunda Guerra.

 

(Fonte: http://www.pco.org.br/conoticias/cultura)

 

 

 

 

 

 

 

 

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