Tony Richardson, o diretor de ‘Tom Jones’

 

Cecil Antonio Tony Richardson (Shipley, Yorkshire, Inglaterra, 5 de junho de 1928 – Los Angeles, 14 de novembro de 1991), diretor inglês de cinema, conhecido entre outros trabalhos, pelo clássico As Aventuras de Tom Jones, de 1963, que recebeu o Oscar de melhor filme e de melhor diretor.

Richardson foi casado com a atriz Vanessa Redgrave, com quem teve duas filhas: Natasha e Joely Richardson. Ambas se tornaram atrizes. Divorciou-se da atriz Vanessa Redgrave em 1967. Seu último filme foi, é Blue Skies, com Jessica Lange.

 

Tony Richardson, que ganhou um Oscar pelo filme “Tom Jones”, começou sua carreira em 1953, quando ingressou na BBC, dirigindo produções como “Otelo” e “Jogador”, de Dostoiévski. Em 1955, ele seguiu um colega da BBC, George Devine, para a recém-formada English Stage Company, primeiro como diretor artístico associado e depois como diretor artístico adjunto. Richardson disse que o English Stage Theatre foi formado “para tornar o escritor criativo e o teatro mutuamente conscientes um do outro”.

 

 

Começando uma empresa

 

Sr. Richardson e Sr. Osborne decidiram não vender os direitos de tela de “Look Back in Anger” para um grande estúdio. Em vez disso, eles iniciaram uma empresa cinematográfica própria, a Woodfall Film Productions Ltd. A versão cinematográfica de “Look Back in Anger” estreou em 1959 com Richardson como diretor e um elenco que incluía Richard Burton e Claire Bloom. O segundo filme da empresa, “The Entertainer”, apresentou Sir Laurence Olivier como um comediante de music hall.

Richardson fez seu primeiro filme em Hollywood em 1960, “Sanctuary”, para a 20th Century Fox. Foi baseado em parte em um romance de Faulkner, e Richardson disse que o resultado foi “muito ruim”.

 

Mas ele também criticou os grandes estúdios de Hollywood, acusando-os de serem excessivamente cautelosos e preocupados em proteger seus enormes investimentos. Em outubro de 1960, ele disse: “É impossível fazer filmes que agradem a todos, e a única solução é fazê-los a um custo não proibitivo e tentar aderir a um ponto de vista forte e independente que atraia pelo menos um corpo de clientes: aqueles que querem ser estimulados por ideias provocativas.”

 

Talvez seu filme mais conhecido tenha sido “Tom Jones”, uma adaptação do romance de Henry Fielding sobre a vida de um jovem na Inglaterra do século XVIII. “Eu queria fugir das cidades chuvosas e industriais do Norte”, disse Richardson. “Eu queria algo cheio de cor e diversão e de repente me ocorreu que ‘Tom Jones’, que eu amava desde a infância, era isso.”

 

 

Nos últimos meses, dirigiu “Blue Sky”, estrelado por Jessica Lange e Tommy Lee Jones. Lançado em 1992.

 

O Sr. Richardson nasceu em 5 de junho de 1928, em Shipley, Yorkshire, filho de um farmacêutico. Quando sua escola secundária foi transferida para o país na Segunda Guerra Mundial e essencialmente desmoronou, ele passou a maior parte do tempo vagando pelo campo.

 

“Eu odiava toda autoridade”, disse ele a um entrevistador de uma revista em 1963. Ele acrescentou que esperava que essa “atitude essencial” continuasse em sua vida adulta.

 

Na Universidade de Oxford, onde foi presidente da sociedade dramática da faculdade, dirigiu “Peer Gynt”, “Romeu e Julieta” e “Rei John”. Graduou-se em 1952.

 

Ele deixa três filhas, as atrizes Natasha Richardson e Joely Richardson, e Katherine Grimond. Mr. Richardson casou-se com a atriz Vanessa Redgrave no início dos anos 1960. Divorciaram-se em 1967.

UMA CARREIRA DEDICADA À FANTASIA

 

Tony Richardson dirigiu filmes por mais de 30 anos. Estes são os filmes que ele fez.

 

 

O Animador 1960

 

Santuário 1961

 

Um gosto de mel 1961

 

A Solidão do Corredor de Longa Distância 1962

 

Tom Jones 1963

A pessoa amada 1965

Mademoiselle 1966

O marinheiro de Gibraltar 1967

Vermelho e Azul 1967

Carga da Brigada Ligeira 1968

Risos no Escuro 1969

Hamlet 1970

Ned Kelly 1970

Um Equilíbrio Delicado 1973

Joseph Andrews 1977

A fronteira 1982

O Hotel New Hampshire 1984

Colinas como elefantes brancos 1989

Céu Azul, 1991

 

Richardson faleceu dia 14 de novembro de 1991, aos 63 anos, de complicações em consequência da Aids, no St. Vincent’s Medical Center, em Los Angeles.

Ele morreu de uma infecção neurológica que aparentemente foi causada pela AIDS, disse seu médico, Dr. Michael J. Scolaro. O Sr. Richardson desenvolveu febre após o tratamento no último sábado e ficou semicomatoso na segunda-feira, disse o Dr. Scolaro.

(Fonte: Veja, 20 de novembro de 1991 – Edição 1209 – ANO 24 – N° 47 – DATAS – Pág; 73)

(Fonte: https://www.nytimes.com/1991/11/16/movies – New York Times Company / FILMES / Os arquivos do New York Times / De James Barron – 16 de novembro de 1991)