Tommaso Gaudenzio Bezzi, autor do Monumento à Independência Brasileira

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A influência do estilo neoclássico italiano nas capitais do país

Eclético ou neoclássico, ele veio de longe para construir os edifícios do início do século XX

Tommaso Gaudenzio Bezzi (Turim, 1844 – Rio de Janeiro, 1915), engenheiro e arquiteto italiano radicado no Brasil. Foi o autor do Monumento à Independência Brasileira, hoje conhecido como Museu do Ipiranga ou Museu Paulista.

Museu do Ipiranga: Uma das últimas construções do II Império, projeto do engenheiro Tommaso Gaudenzio Bezzi, um tardio exemplo neoclássico, iniciado em 1882 e terminado em 1889 (Foto: Márcia Marton)

Museu do Ipiranga: Uma das últimas construções do II Império, projeto do engenheiro Tommaso Gaudenzio Bezzi, um tardio exemplo neoclássico, iniciado em 1882 e terminado em 1889 (Foto: Márcia Marton)

 

 

Foi o projetista construtor do Museu do Ipiranga, na cidade de São Paulo. A construção do prédio em estilo renascentista foi realizada entre os anos de 1885 a 1888.

Ele chegou ao Rio de Janeiro em 1875, com 31 anos, depois de muitas condecorações no Exército piemontês, casou-se com a aristocrata Francisca Nogueira da Gama Carneiro Bellens, conseguiu vaga na “roda do imperador” e acabou escolhido para a execução do ambicionado projeto.

O talento de Bezzi foi expressamente elogiado num bilhete de Anatole France, posteriormente guardado por seus descendentes. Mas é curioso constatar que ele criou um exemplo perfeito de arquitetura neoclássica perfeito de arquitetura neoclássica italiana, muito tempo depois de o estilo ter sido trocado na Itália pelo ecletismo histórico romântico, que engendrava, em arquitetura, fantasias delirantes.

A execução desse enorme edifício foi entregue a outro italiano, Luigi Pucci. E, em outubro de 1882, no lançamento de sua pedra fundamental, houve “um desfile de 300 operários, com picaretas e pás enfeitadas, transportando a pedra em padiola desde a rua de São Bento, no centro da cidade, até o alto da colina do Ipiranga”.

O ecletismo ou a tendência a combinar os mais variados estilos históricos predominou durante a segunda metade do século XIX e no princípio do século XX, na arquitetura oficial de todo o mundo. Uma espécie de antologia ou catálogo da civilização ocidental que foi, com o modernismo, votada ao desprezo a que se relegou toda a arte acadêmica.

 

(Fonte: 20 de janeiro de 1982 – Edição 698 – ARQUITETURA/ Por Italo Campofiorito – Pág: 86/88)

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