Tomás Gutiérrez Alea, cineasta cubano e diretor do filme Morango e Chocolate

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A trajetória de um revolucionário

 

Tomás Gutiérrez Alea (Havana, 11 de dezembro de 1928 – Havana, 16 de abril de 1996), cineasta cubano conhecido como (Titón), foi o mais importante cineasta cubano, entregou a co-direção de “Morango e Chocolate”, de 1994, a seu amigo e ex-assistente Juan Carlos Tabío.

O cineasta cubano dirigiu duas produções dos anos 70, que são considerado os dois filmes mais importantes de Titón: “Una pelea cubana contra los demonios” (1971) y “Los sobrevivientes” (1979).

“Morango e Chocolate” foi indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro e tornou-se seu trabalho mais famoso. Mas sua importância não se restringe a isso.

O cinema cubano emergiu como mundialmente importante nos anos 60, após a revolução que levou Fidel Castro ao poder.

Simpatizante de Fidel Castro no início da Revolução Cubana, Alea tornou-se opositor do governo, o que ajudou Morango e Chocolate a ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 1995.

Titón é o cineasta cubano mais famoso e entre suas obras estão os mundialmente famosos “Morango e Chocolate” (1993) e “Guantanamera” (1995), entre outros.

Há anos o mais importante cineasta cubano sofria de câncer e reduzira suas atividades. Por conta da doença, ele entregou a co-direção de “Morango e Chocolate”, de 1994, a seu amigo e ex-assistente Juan Carlos Tabío.

“Morango e Chocolate” foi indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro e tornou-se seu trabalho mais famoso.

O cinema cubano emergiu como mundialmente importante nos anos 60, após a revolução que levou Fidel Castro ao poder.

É nesse momento que começa a se destacar esse cineasta nascido em 11 de dezembro de 1928, em Havana.

 

Independência

 

Após um primeiro curta-metragem feito em colaboração com o fotógrafo Néstor Almendros (1930-1992), nos anos 50 estudou cinema no Centro Experimental, em Roma.

Voltando a Cuba, opôs-se à ditadura de Fulgencio Batista. Com a tomada do poder por Fidel, foi um dos fundadores do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica e iniciou-se no longa.


A ligação com os líderes revolucionários da época deu a Gutiérrez Alea uma situação singular na cinematografia cubana.


Em vez de limitar seus movimentos, a proximidade com o poder deu a ele liberdade para assumir uma posição de vanguarda tanto política e social como estética.

Seu primeiro trabalho de peso, a comédia “A Morte de um Burocrata”, de 1966, era um forte ataque à burocratização que já começava a se instaurar em Cuba.


A mesma independência -e a vontade de mostrar vários aspectos da vida em seu país sob a revolução- estará presente em “Memórias do Subdesenvolvimento” (1968), seu trabalho seguinte.


O crescimento da influência soviética, no fim dos anos 60, provoca um refluxo em seu cinema.


Seu próximo trabalho a ter repercussão internacional, “A Última Ceia” (1976), refugia-se em temas históricos, perde o humor agudo e iconoclasta.


O reconhecimento internacional em termos de público veio com “Morango e Chocolate”. Em plena crise do regime cubano, Alea atacou o histórico preconceito contra homossexuais em seu país.


Ao mesmo tempo, estabeleceu o paralelo entre o homossexual (isolado em Cuba) e a Cuba socialista (isolada após a queda da URSS).


Foi o último momento em que desenvolveu as principais características de seu cinema: a originalidade, a convivência entre humor e preocupação social, independência e fidelidade ao regime cubano. 

Alea faleceu no dia 16 de abril de 1996, aos 67 anos, de câncer, em Havana.
(Fonte: Veja, 24 de abril de 1996 – Edição 1441 – Datas)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/4/17/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / por INÁCIO ARAUJO / CRÍTICO DE CINEMA – 17 de abril de 1996)

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(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda – Arte & Agenda – Variedades – Cinema – 26/04/2015)

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