Stanislav Shushkevich, ex-líder da Bielorrússia ficou conhecido por ser um dos homens que comunicou a Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética, que o regime havia colapsado

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Stanislav Shushkevich, primeiro presidente de Belarus

 

Shushkevich foi o primeiro presidente independente de Belarus e ficou conhecido por ter sido quem assinou o fim da União Soviética.

 

Shushkevich governou o país até 1994 e era crítico ao governo de Lukashenko

Stanislav Stanislavovich Shushkevich (Minsk, Bielorrússia, 15 de dezembro de 1934 – Minsk, Bielorrússia, 3 de maio de 2022), foi o primeiro presidente de Belarus independente e é considerado um dos coveiros da União Soviética (URSS).

 

O ex-líder da Bielorrússia ficou conhecido por ser um dos homens que comunicou a Mikhail Gorbachev, último líder da União Soviética, que o regime havia colapsado, em 1991.

 

“A URSS como realidade geopolítica e como sujeito de direito internacional deixou de existir”, dizia o comunicado conjunto assinado com presidente russo Boris Yeltsin e o ucraniano Leonid Kravchuk, anunciando a formação de uma nova Comunidade de Estados Independentes.

 

Em 8 de dezembro de 1991, os presidentes da Rússia, de Belarus e da Ucrânia, Boris Yeltsin, Stanislav Shushkevich (1934-2022) e Leonid Kravtchuk, assinaram um tratado que organizava a dissolução da URSS, forçando a renúncia do último líder soviético, Mikhail Gorbatchev, pouco depois, o que representou a sentença de morte da potência soviética.

Mas em 1994 Shushkevich foi obrigado pelos deputados a renunciar ao cargo, acusado de corrupção, ao lado de outros funcionários de alto escalão, em um relatório do presidente da comissão parlamentar anticorrupção, Alexander Lukashenko.

Poucos meses depois, Lukashenko venceu as eleições presidenciais contra Shushkevich e outros candidatos.

Quase 30 anos depois, Lukashenko permanece no poder à frente de um regime autoritário.

Stanislav Shushkevich liderou um partido social-democrata de oposição até 2018. Em 2012, após um movimento de protesto, ele afirmou que o regime bielorrusso o proibiu de sair do país.

Em reação a um amplo movimento de protesto contra sua reeleição em 2020, o presidente Lukashenko ordenou uma ampla repressão à oposição, à imprensa e às ONGs independentes.

Shushkevich permaneceu um crítico severo do então presidente e apoiou protestos em massa contra ele após a eleição de 2020. As referências a Shushkevich foram até removidas dos livros de história do país em 2021, depois que o ex-líder do país se manifestou várias vezes contra a repressão de Lukashenko aos manifestantes.

Em entrevista à Reuters em 2020, Shushkevich acertou a previsão de que Lukashenko se manteria no poder, apoiado por militares e por Moscou.

 

“Lukashenko serve o Kremlin porque, caso contrário, ele não seria capaz de aguentar. O Kremlin… o apoia. Em tais condições, é difícil para a oposição bielorrussa derrotada e torturada lutar com a Rússia” ressaltou.

Shushkevich faleceu aos 87 anos.

“Esperamos que tenha um funeral de Estado, mas ninguém entrou em contato com a família até o momento”, afirmou a viúva, Irina Shushkevich.

De acordo com vários meios de comunicação, o ex-presidente faleceu depois de ficar gravemente doente pela covid-19, que contraiu em março. A esposa afirmou no fim de abril que o marido estava no CTI.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/04 – MUNDO / NOTÍCIA / Por France Presse – 04/05/2022)

(Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2022-05-04 – MUNDO / Por Agência O Globo – 04/05/2022)

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