Shohei Imamura, cineasta japonês duas vezes vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

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Foi o primeiro diretor a conquistar duas Palma de Ouro no Festival de cinema de Cannes

Shohei Imamura (Tóquio, 15 de setembro de 1926 – Tóquio, 30 de maio de 2006), cineasta japonês duas vezes vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Considerado por muitos o melhor diretor japonês desde a morte de Akira Kurosawa, Imamura foi uma das principais figuras do “novo cinema” japonês nos anos 60, que se afastou dos temas clássicos para centrar-se nas personagens do submundo urbano.
Imamura recebeu o prêmio principal do prestigioso Festival de Cannes com “A Balada de Narayama” em 1982 e “A Enguia” en 1998.

A filmografia do cineasta também inclui “Chuva Negra”, um longa-metragem sobre as seqüelas da bomba atômica de Hiroshima.
Shohei Imamura morreu em 30 de maio de 2006, aos 79 anos, anunciou a imprensa de Tóquio.
(Fonte: www.aumanack.com – Alan Uemura – 30 de maio de 2006)

Ele tinha tudo para seguir uma carreira bem-comportada dentro das produtoras. Mais velho que seus colegas do novo cinema japonês, Shohei Imamura ingressou na Shochiku já em 1951, não com o propósito imediato de tornar-se diretor, mas com o desejo modesto de ser assistente de Keisuke Kinoshita. Coube-lhe, porém, trabalhar com outros diretores, como Masaki Kobayashi, Yuzo Kawashima, Yoshitaro Nomura e principalmente Yasujiro Ozu, com quem colaborou em três filmes importantes: Também Fomos Felizes/Começo de Verão (Bakushu, 1951), O Sabor do Chá Verde sobre o Arroz (Ochazuke no aji, 1952) e Era uma Vez em Tóquio (Tokyo monogatari, 1953).

Sua transferência da Shochiku para a Nikkatsu, em 1954, se efetuou com naturalidade, junto com a de outros companheiros (como Seijun Suzuki e Yuzo Kawashima) que optaram pelos salários mais altos da companhia em nova fase. Mas é na Nikkatsu que sua tendência independente começa a se revelar. Depois de quatro anos como assistente e roteirista nas comédias de Kawashima, ele parte para a direção, lançando três filmes seguidos, em 1958: Desejo roubado(Nusumareta yokujo), Estação Nishiginza (Nishiginza eki mae) e Desejo não alcançado (Hateshinaki yokubo).

(Fonte: www.mostra.org/21 – RETROSPECTIVA SHOHEI IMAMURA – Lúcia Nagib)
(Texto extraído do livro Em torno da nouvelle vague japonesa, de Lúcia Nagib. Campinas, Editora da Unicamp, 1993)

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