Severino Oliveira, utilizou o pseudônimo de Sivuca, instrumentista, maestro, orquestrador, cantor

0
Powered by Rock Convert

Severino Oliveira, utilizou o pseudônimo de Sivuca (26 de maio de 1930 – 14 de dezembro de 2006), conhecido nacional e internacionalmente como instrumentista, maestro, orquestrador, cantor, arranjador, compositor e produtor musical.
Natural de Itabaiana, interior da Paraíba, Severino Dias de Oliveira começou a tocar sanfona aos 9 anos de idade, em feiras, festas, batizados etc., e tornou-se um dos estilistas do instrumento. Aos 15 anos foi para Recife, onde começou a carreira profissional na Rádio Clube de Pernambuco, e adotou o nome artístico. Aos 18 tornou-se aluno do maestro Guerra-Peixe, com quem aprendeu arranjo e composição. Gravou o primeiro LP em 1950, em parceria com Humberto Teixeira, que gerou o primeiro sucesso, “Adeus, Maria Fulô”, regravada em versão psicodélica pelos Mutantes em seu disco de 1968. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, sendo contratado pela Rádio e TV Tupi. Gravou mais três LPs e fez algum sucesso, até que em 1958 foi pela primeira vez para a Europa com o grupo Os Brasileiros, de que era o acordeonista. Acabou radicando-se em Lisboa, e em seguida em Paris, onde gravou discos e fez diversas apresentações. Em 1964 mudou-se para Nova York, e lá viveu por 12 anos. Trabalhou com Miriam Makeba, para quem fez o célebre arranjo do mega sucesso “Pata Pata”, e com ela excursionou pela Ásia, África, Europa e Américas, até 1969. Nos Estados Unidos trabalhou com outros artistas brasileiros, como Hermeto Pascoal, Airto Moreira e Gloria Gadelha, com quem se casou e compôs “Feira de Mangaio”, considerado um dos clássicos do forró. Outras parceria bem-sucedidas são “João e Maria” (com Chico Buarque), “No Tempo dos Quintais” (com Paulo Tapajós), “Energia” (com Glória Gadelha) e “Cabelo de Milho” (com Paulo Tapajós). Na década de 70 tornou-se popular nos países escandinavos, gravando discos ao vivo e fazendo muitos shows
(Fonte: cliquemusic.uol.com.br )

Nascido na cidade de Itabaiana, na Paraíba, Severino de Oliveira – Sivuca – era conhecido nacional e internacionalmente como instrumentista, maestro, orquestrador, cantor, arranjador, compositor e produtor musical. Foi responsável por mostrar a elegância da sanfona nordestina ao cenário mundial da música.
Suas composições e trabalhos incluem, dentre outros ritmos, choros, frevos, forrós, baião, música clássica, blues, jazz, entre muitos outros. Contribuiu significativamente para o enriquecimento da música brasileira, ao revelar a universalidade da música nordestina e a nordestinidade da música universal. Sivuca morreu em 2006, deixando seu legado para a população de todo o país.
(Texto: Sheila Rezende)
(Comunicação Social/MinC)
(Fonte: www.cultura.gov.br – 21 de janeiro de 2010)

Sivuca (Severiano Dias de Oliveira), instrumentista, arranjador e compositor, nasceu na cidade de Itabaiana-PB (26/05/1930) e faleceu em João Pessoa-PB (14/12/2006). Começou a carreira aos 9 anos, tocando em feiras e festas populares. Aos 15, mudou-se para Recife, onde adotou seu nome artístico.

Em 1945, se inscreveu num programa de calouros da Rádio Clube de Pernambuco e foi selecionado pelo maestro Nelson Ferreira, que o indicou para tocar num programa da Rádio do dia seguinte. Foi Nelson Ferreira quem lhe deu o nome de Sivuca.

Na Rádio Clube de Pernambuco, em 1946, Sivuca conheceu Luiz Gonzaga, que ofereceu um contrato de trabalho para ele na Rádio Nacional. Na época, ele não pôde afastar-se do Recife por ter compromisso assinado com a Rádio Clube. Entretanto, quatro anos depois, estreou na Rádio Record, em São Paulo, com a grande Orquestra Record, dirigida pelo maestro Gabriel Migliori.

O primeiro grande sucesso de Sivuca, Adeus, Maria Fulô, foi lançado em 1950 e regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60. Em 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como arcodeonista num grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris. Também morou em Nova York de 1964 a 1976, onde foi autor do arranjo do grande sucesso Pata Pata, de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60.

Em 1969, desligou-se do conjunto da cantora e retornou a Nova York. Nessa época foi convidado por Oscar Brown Jr. para dirigir e representar o musical “Joy”, que estreou no ano seguinte. Em 1970 lançou LP pela RCA e apresentou-se na televisão de San Francisco. Em 1971 atuou em Chicago. De volta novamente a Nova York, recebeu convite do cantor Harry Belafonte para acompanhá-lo, permanecendo com este cantor até 1975.

Em 1975 a Copacabana lançou no Brasil os LPs Sivuca e Live from Village Gate, lançados originalmente pelo selo americano Vanguard. No LP Village Gate, Sivuca interpreta, entre outras, Adeus Maria Fulô, de sua autoria e Humberto Teixeira, Berimbau, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, No Rancho Fundo, de Ary Barroso, e Marina, de Dorival Caymmi.

Em 1977, de volta ao Brasil, apresentou-se no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro, no Projeto Seis e Meia, juntamente com a violonista Rosinha de Valença, gravando ao vivo na ocasião um disco lançado pela RCA: o LP Sivuca e Rosinha de Valença, onde interpretam, entre outras, Quando me lembro, de Luperce Miranda, Tema do boneco de palha, de Vera Brasil e Sivan Castelo Neto, Lamentos de Pixinguinha e Vinícius de Morais e Asa branca de Luis Gonzaga e Humberto Teixeira.

Em 1978 lançou o LP Sivuca, no qual interpretou, entre outras, o sambaião O dia em que El Rey voltou à terra de Santa Cruz, parceria com Paulinho Tapajós, a upakanga Mãe África, em parceria com Paulo César Pinheiro, Samburá de peixe miúdo, um arrasta-pé, e a upakanga – um ritmo da África do Sul – Barra vai quebrando, ambas em parceria com a mulher Glorinha Gadelha.

No mesmo ano, obteve grande sucesso com a composição João e Maria, feita em parceria com Chico Buarque e gravada por este e a cantora Miúcha. Também em 1978, fez os arranjos para o LP Eu Waleska, da cantora Waleska, no qual teve gravada a música Passado, presente e amor, com Glorinha Gadelha.

No ano seguinte, fez os arranjos para o LP Palavras amigas, da cantora Waleska, que gravou a composição Comigo só, com Glorinha Gadelha. Outro grande sucesso de sua autoria em parceria com a esposa foi Feira de Mangaio, na voz da cantora Clara Nunes.

Em 1980 lançou o disco Cabelo de milho, no qual interpretou, entre outras, Cabelo de milho, em parceria com Paulinho Tapajós, Cantador latino, com Paulo Cesar Pinheiro, No tempo dos quintais, com Paulinho Tapajós e que contou com a participação especial do cantor Fagner, além de Se te pego na mentira, em parceria com Glorinha Gadelha.

Em 1984 lançou, com Chiquinho do Acordeom, o disco Sivuca e Chiquinho, com a participação especial do maestro Radamés Gnattali. Foram gravadas, entre outras, as composições Pé de moleque de Radamés Gnattali, O eterno jovem Bach de Altamiro Carrilho, Valsa verde de Capiba, Aquariana do próprio Sivuca e Rabo de fita, parceria de Sivuca e Chiquinho do Acordeon.

Em 1985 lançou três discos na Suécia, Som Brasil, Rendez-vous in Rio e Chico’s Bar – Sivuca e Toots Thielemans, os três pela gravadora Sonet. Em 1987 lançou com o gaitista Rildo Hora o LP Sanfona e realejo, que obteve boa receptividade por parte da crítica especializada, e no qual foram registradas, entre outras, as composições San Vicente, de Milton Nascimento e Fernando Brant, Doce de coco, de Jacob do Bandolim, Os meninos da Mangueira, de Rildo Hora e Sergio Cabral, e Sanfona e realejo, de Sivuca.

Em 1990, lançou o LP Um pé no asfalto, um pé na buraqueira, com a participação especial de Rildo Hora e de Glorinha Gadelha, interpretando, entre outras, Bom e bonito, de Osvaldinho do Acordeon, Forró da gente, de Cecéu, Guararema, em parceria com Glorinha Gadelha e Quem disse que o forró acabou?, de Moraes Moreira e Glorinha Gadelha.

Em 1997, lançou pela Kuarup o CD Enfim solo, no qual interpreta composições de Pixinguinha, Luperce Miranda e Johann Sebastian Bach. No mesmo ano fez, juntamente com o compositor e violonista Baden Powell, duas apresentações em Paris.

Continuando a realizar apresentações no Brasil e no exterior e participando de festivais e recebendo a reverência internacional por seu trabalho instrumental, em 2000 apresentou-se no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ao lado da Orquestra Petrobras Pró Música e do arranjador Wagner Tiso.

Em 2002 participou de shows em comemoração aos 25 anos de fundação da gravadora Kuarup, com apresentações no Canecão, no Rio de Janeiro e no Teatro da UFF em Niterói. No início de 2003 gravou, com Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeom, um disco que registrou o encontro de três dos maiores sanfoneiros em atividade no país, produzido por José Milton.

Faleceu em 14 de dezembro de 2006, aos 76 anos, no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa. Estava internado e lutava contra um câncer na garganta.

(Fontes: Revivendo Músicas – Biografias; Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora)

Powered by Rock Convert
Share.