Sérgio Mirsky, um dos maiores nomes da vela brasileira, que ostenta o maior número de milhas em regatas no país

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Sergio Mirsky, referência nacional de vela e história de vida

Sergio e André: a história da vela oceânica antiga e nova do país (Crédito: Eduardo Grigaitis)

Sergio e André: a história da vela oceânica antiga e nova do país (Crédito: Eduardo Grigaitis)

Sérgio Mirsky (São Paulo, 1929 – Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2005), velejador e médico, foi um dos maiores nomes da vela brasileira, que ostenta o maior número de milhas em regatas no país

Sérgio começou a velejar aos 7 anos num barco feito em casa com a ajuda do pai, aos 18 deu-se por desaparecido quando resolveu fazer uma viagem do Rio de Janeiro a Santos com os seus 6 metros internacional, sozinho, sem qualquer carta náutica, luz ou vela sobressalente, chegando ao porto paulista apenas com a ajuda de uma pequena bússola de mão.

Em 1968, vendeu tudo que tinha, casa própria, automóvel, barco etc e foi aos EUA comprar um verdadeiro barco de regatas, pioneiro, trouxe a fibra de vidro ao país com o seu barco Cal 40. Muitas vitórias, títulos brasileiros, sul-americanos e fitas azuis até que um dia o Comandante Sergio foi surpreendido quando teve um enfarte um pouco antes de cruzar a linha de chegada da regata Escola Naval na qual ele surpreendentemente conseguiu superar os favoritos Saga e Carro Chefe na década de oitenta. Essas são algumas de tantas aventuras que ele conta no livro Fita Azul que escreveu.

Mirsky foi um dos maiores nomes da vela brasileira, paulista de nascença e niteroiense de coração. Ainda tinha maior número de milhas em regatas no Brasil, participando de todos os eventos do calendário, muitas vezes indo sozinho a raia, porém nunca deixando de comparecer as regatas.

Sob sol ou sob chuva ele comandou os seus veleiros Neptunus em busca da Fita Azul, a sua grande paixão. Para Sérgio a graça sempre foi à disputa na água e não no tempo corrigido, e assim, ao longo dos anos é dele alguns números inigualáveis como as 28 Fitas Azuis na Regata Escola Naval; 35 participações na Regata Santos Rio; Regata Buenos Aires Rio; 2 regatas Recife-Fernando de Noronha; 5 regatas Salvador Rio, fora as consecutivas participações em circuitos como o de Santa Catarina, Salvador, Ilha Bela, Antigua Sailing Week, Semana de Vela de Genebra e do Rio.

Esse comandante de pulso e ideias fortes fez da vela sua razão de viver: nos últimos cinco anos sofreu inúmeros problemas de saúde e, contra todas as recomendações, médicas esteve presente na maioria das regatas que o Neptunus participou, não mais como timoneiro como outrora, mas na posição de líder de um grupo que o respeitava, que o admirava por tanto saber e ensinar a arte de vela competitiva, passando sua experiência aos mais novos e ajudando o seu barco a conseguir uma série inigualável de Fitas Azuis.

Sérgio Mirsky faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de agosto de 2005, aos 76 anos, de falência múltipla dos órgãos.

(Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI51352-15223,00-DIA A DIA – BRASIL – 15/08/2005)

(Fonte: http://www.webventure.com.br/h/noticias – 15199 – NOTÍCIAS/ Por Carlos Lua, correspondente do TEAM ABN AMRO | 10/08/2005)

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