Sarah Vaughan, considerada a grande dama do jazz uma das mais talentosas cantoras de todos os tempos

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Sarah: a dama do jazz

Sarah Vaughan (Newark, 27 de março de 1924 – Los Angeles, 3 de abril de 1990), cantora americana, considerada a grande dama do jazz, uma das mais talentosas cantoras de todos os tempos. Dona de um estilo versátil e refinado e de um timbre de voz preciso e vigoroso, Sarah dividia com Ella Fitzgerald o título de maior cantora negra dos Estados Unidos e é descrita na Enciclopédia do Jazz, do crítico americano Leonard Feather, como a mais completa intérprete da história do jazz. “Sarah tinha um ouvido excepcional para a estrutura harmônica das canções. Em suas interpretações, ela modulava a melodia como um instrumentista e possuía uma potência vocal de cantor de ópera”, disse Feather.

A carreira de Sarah despontou na década de 40, quando ela lançou discos ao lado de monstros do jazz como Dizzy Gillespie, Charlie Parker e Billy Eckstine. Desde então, “Sassy” – o apelido com a qual ela se lançou como cantora nos anos 40 – gravou quase 100 LPs e fez um formidável passeio por um punhado de ritmos – gravou com o compositor francês Michel Legrand, incorporou a bossa nova a seu repertório e ainda cantou sucessos dos Beatles. Sarah se apresentou no Brasil uma dezena de vezes – e gravou duas séries de discos intitulados O Som Brasileiro de Sarah Vaughan, nas quais interpretou Tom Jobim, Edu Lobo e Ivan Lins. Sarah faleceu dia 3 de abril de 1990, aos 66 anos, de câncer no pulmão, em Los Angeles.

(Fonte: Veja, 11 de abril de 1990 – Edição 1125 –- ANO 23 -– N.° 14 – DATAS – Pág; 59)

VOZINHA FINA – A partir dos anos 50, o posto de grande diva da música negra americana passou a ser disputado lance a lance por duas cantoras bem mais conhecidas do público: Sarah Vaughan, morta em 1990, aos 66 anos, e Ella Fitzgerald (1917-1996). Ambas gravaram mais de uma centena de LPs, e todo ano novas coletãneas de suas músicas chegavam às lojas.

Sarah tinha um vozeirão de cantora de ópera. Ella, em seu auge, uma vozinha fina que às vezes soava à de uma criança. Em compensação, Ella conseguia passear com muito maior desenvoltura pelos graves e agudos. Sarah, por sua vez, era mais versátil: conseguia dar interpretações inovadoras a canções de autores tão diferentes como os Beatles, Ivan Lins e Michel Legrand.

Ella, em contrapartida, reinventou os vocais jazzísticos com uma qualidade semelhante à de Billie Holiday. Cantava como quem tocava um instrumento – concorria com a orquestra em seus improvisos, os scats.

Tanto Sarah quanto Ella passearam pelo jazz, pelo blues, pela bossa nova e pelos standars da música americana. Ella & Louis, uma histórica gravação de 1956 que junta Ella Fitzgerald ao trompetista Louis Armstrong (1901-1971) em músicas como April in ParisTenderly e Cheek to Cheek.

 

(Fonte: Veja, 8 de janeiro de 1992 – ANO – N° – Edição 1216 – MÚSICA/ Por OKKY DE SOUZA – Pág: 78/79)

 

 

 

 

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