Samuel P. Huntington, criou a expressão que resume os grandes conflitos: a guerra de civilizações.

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Huntington: Criador da tese sobre a “guerra de civilizações”

Samuel P. Huntington (Nova York, 18 de abril de 1927 – Massachusetts, 24 de dezembro de 2008), cientista político americano. Professor da Universidade Harvard por 58 anos, ele se consagrou ao criar uma expressão que resume os grandes conflitos atuais: a “guerra de civilizações”.

Segundo sua teoria, proposta num artigo de 1993, com o fim da Guerra Fria as tensões mundiais já não se dariam pela rivalidade entre nações ou por ideologias, e sim pelas diferenças culturais e religiosas entre os povos – notadamente, o Islã e o Ocidente.

Os atentados perpetrados pela Al Qaeda em 11 de setembro de 2001 e a posterior resposta bélica dos Estados Unidos e da Inglaterra mostraram que, na essência, Huntington estava correto. Huntington faleceu dia 24 de dezembro de 2008, aos 81 anos, de ataque cardíaco, em Massachusetts.
(Fonte: Veja, 7 de janeiro, 2009 – Edição n° 2094 – ANO 42 – N.° 1 – DATAS – Pág; 33)

Cientista político Samuel P. Huntington morre aos 81 anos
Conhecido pelo conceito de “choque de civilizações”, de seu livro de 1996, deu aulas por 58 anos, até 2007
O professor de ciências políticas Samuel P. Huntington, conhecido pelo conceito de “choque de civilizações”, morreu aos 81 anos em Massachusetts, informou neste sábado, 27, a Universidade de Harvard, onde lecionou por décadas. Huntington, que publicou em 1996 o livro O Choque de Civilizações e deixou de dar aulas em 2007, após 58 anos de trabalho acadêmico em Harvard, morreu na quarta-feira. Ele foi autor, co-autor ou editor de 17 livros e mais de 90 artigos acadêmicos em torno de suas áreas principais de pesquisa e ensino: o Governo dos Estados Unidos, a democratização, política militar, estratégia, relações entre civis e militares, política comparativa e desenvolvimento político.

“Há gente no mundo todo que estudou e debateu suas idéias”, disse o economista Henry Rosovsky, amigo e colaborador de Huntington por quase seis décadas. “Acho que Sam foi, claramente, um dos politólogos mais influentes dos últimos 50 anos”, acrescentou. Huntington, que se formou aos 18 anos em Yale e aos 23 já estava dando aulas em Harvard, alegou que, depois da Guerra Fria, o conflito violento não se originaria no atrito ideológico entre Estados, e sim nas diferenças religiosas e nas maiores civilizações do mundo. “O choque de civilizações dominará a política em escala mundial”, escreveu. “As linhas divisórias entre as civilizações serão as frentes de batalhas do futuro”. O argumento apareceu pela primeira vez em artigo, em 1993, na revista “Foreign Affairs”, e depois Huntington ampliou sua tese no livro, traduzido para 39 idiomas. A Universidade de Harvard não informou da causa da morte de Huntington, que deixou a esposa, Nancy Arkelyan, com quem foi casado durante 51 anos, e seus filhos Nicholas Phillips e Timothy May.
(Fonte: www.estadao.com.br – EFE – 24 de dezembro de 2008)

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