Salvador de Moya, militar, historiador, biógrafo, conferencista, pesquisador e genealogista.

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Salvador de Moya Ruso Varéa y Reys, mais conhecido como Salvador de MOYA (coronel ), casado com dona Amélia Benetti de Moya.
Salvador de MOYA (coronel ), nasceu a 2 de fevereiro de 1891, em Capivari, SP, faleceu a 11 de junho de 1973 em S. Paulo, onde, aos 82 anos de idade, Militar, historiador e genealogista. Fez os estudos primários em sua cidade natal, e os secundários na capital paulista. Aos 17 anos de idade, ingressou na Força Pública do Estado de S. Paulo em 1906 (mais tarde denominada Polícia Militar) e logo se matriculou no Curso Especial Militar daquela corporação. Aos 19 anos, em 1910, já era segundo tenente e em 1914, passou a primeiro tenente. Em 1916, passou a capitão e em 1927, aos 36 anos de idade era major. Em 1932, era tenente-coronel, sendo promovido a coronel a 07 de abril de 1943.

Desde jovem se dedicou aos estudos de história, de biografia e de genealogia. Em 1930, reuniu-se a alguns apreciadores dessa matéria e com eles, fundou uma entidade pioneira no Brasil para o estudo e o desenvolvimento da genealogia em todo o país. A entidade tinha sede na praça da Sé, n.° 50, 7.° andar, salas 61, 62 e 53, em S. Paulo, dedicada à genealogia, mas especializada em nobiliarquia e em heráldica. A entidade passou logo a desenvolver-se chegando mesmo a publicar uma revista mensal.

Em 15 de dezembro de 1939, reuniu-se a pouco mais de uma dezena de companheiros e com eles fundou o “Instituto Genealógico Brasileiro de S. Paulo”, cujos estatutos estendiam o estudo da genealogia às classes populares e a todo o país, sem destaque de categorias, sociais, heráldicas ou nobiliárquicas.

O novo instituto tomou logo grande desenvolvimento e em pouco tempo, dado o esforço de Salvador de Moya, publicava o primeiro número do “Anuário Genealógico Brasileiro”, que foi lançado com extraordinário sucesso, em 1939.
A atividade intelectual de Salvador de Moya não se restringia à genealogia. Tendo ingressado na Maçonaria, fez vários estudos de Rito Escocês Antigo e Aceito, no qual foi elevado até o grau 33, o máximo daquele rito. Fez parte de mais de vinte associações culturais do país e do estrangeiro e publicou mais de uma centena de estudos históricos e genealógicos (inclusive a história integral da Casa de Moya) relação que em parte foi publicada por Luis Correia de Melo, no seu “Dicionário de Autores Paulistas”. Esteve na Espanha , (1897-1898).

Como militar, foi elemento destacado da Força Pública Paulista, tendo recebido elogios citados em ordem do dia, bem como medalhas de mérito militar, de bronze, de prata e de ouro. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista daquele ano, foi gravemente ferido o que provocou mais tarde a sua reforma por invalidez. Faleceu em 11 de junho de 1972, às 22 horas e meia, no Hospital da Cruz Azul, onde se achava internado, sendo sepultado no dia seguinte no Cemitério Santana, no bairro do Imirim, em S. Paulo. A notícia da sua morte foi publicada nos jornais paulistanos do dia 13 de junho de 1973.

De acordo com notícia publicada por Arturo Garcia Carrafa, na “Enciclopédia Heráldica e Genealógica”, o seu nome genealógico e nobiliárquico completo era Salvador de Moya Ruso Varéa y Reys. Os dois últimos números do “Anuário Genealógico Brasileiro” publicaram a história completa da família Moya, desde o seu aparecimento, inclusive até a sua expansão pela Europa e pelos países americanos. JGS. DICIONÁRIO DE AUTORES PAULISTAS, por Luís Correia de Melo (São Paulo, 1954) — Edição da “Comissão do IV. 0 Centenário da Cidade de São Paulo)

Foi Membro da Academia de Letras de São Paulo, da Academia de Ciências e Letras, da Sociedade Paulista de Escritores, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto de Estudos Genealógicos, da Sociedade de Numismática, da Sociedade Pan-Americana do Brasil, da Academia Hispano-Americana de Ciências e Artes de Cadiz, do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, do Colégio Araldico de Roma, da “Genealogical Society of Uthah”, do Instituto Argentino de Cultura Histórica, de Buenos Aires, do Centro de Estudos Internamericanos, do Instituto de Pesquisas, do Instituto Brasil-México, da Real Sociedade Colombiana Onubense, de Huelva (Espanha), do Centro de Cultura “Alcântara Machado”, do New England Historie Genealogical Society, de Boston, etc.

Genealogista, historiador, biógrafo, conferencista, pesquisador, publicista, etc. Bibliografia: “Maçonaria”, 1927; “Lembrete para os oficiais encarregados de reconhecimentos”, São Paulo, Tipografia da Força Pública, 1930, 12 p. ils., 23 x 16 cm.; “A reforma compulsória do tenente-coronel Salvador de Moya”, São Paulo, Cruzeiro do Sul, 1936, 33 p. fls., 23 xl6 cm.; “Os Gonçalves de Queluz”, separata da “Revista do Arquivo Municipal”. São Paulo, 21, mar., 1936; “Genealogia resumida da Casa Imperial Brasileira e Real Portuguesa”, separata da “Revista do Arquivo Municipal”, São Paulo, 25, ag., 1936; “Compêndio cronológico”, trad., separata da “Revista do Instituto de Estudos Genealógicos”, São Paulo, 1937; “Certidão de nobreza”, trad., separata do “Instituto de Estudos Genealógicos”, São Paulo, 1937; “Bibliotecas Latinas”, separata da “Revista do Arquivo Municipal”, São Paulo, 36 p. 101-134, jun., 1937; “Os paulistas no Triângulo Mineiro”, São Paulo, Tip, da Força Pública, 1937; “Catálogo de autores genealógicos”, separata da “Revista do Arquivo Municipal”, 38 ag., 1937; “Árvores de costado”, genealogia, l.a série, São Paulo, Tipografia da Força Pública, 1938; “Elenco dos titulares do Império”, separata da “Revista do Arquivo Municipal”, São Paulo, 59, julho, 1939; “Simbologia heráldica”, l.a parte, separata a “Revista do Instituto de Estudos Genealógicos”, São Paulo, 1939; “Simbologia heráldica”, 2.a parte, separata da “Revista Genealógica Brasileira”, São Paulo, 1940; “índice do Catálogo genealógico de frei Jaboatão”, São Paulo, 1942; “Índice da Nobiliarquia pernambucana”, de Borges da Fonseca, São Paulo 1943; “Índice da Nobiliarquia paulistana”, de Pedro Taques, São Paulo, 1943; “índices genealógicos brasileiros”, São Paulo, Cruzeiro do Sul, 1946, 3 vols. 24 x 16 cm.; “Árvores de costado do cônego Roque de Macedo, do dr. Afonso de Taunay, 2.a edição “Índice da Genealogia Paulistana” de Silva Leme, 2.a edição, São Paulo 1946. Cruzeiro do Sul, 2 Vols.

(Fonte: http://www.genealogiafreire.com.br/moya – Instituto Genealógico Brasileiro)
(Fonte: Veja, 7 de março de 1973 – Edição n° 235 – DATAS – Pág; 35)

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