Rupert Murdoch, magnata das comunicações. Apesar de polêmico é o executivo de maior sucesso no setor

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Rupert Murdoch, magnata das comunicações. Murdoch, apesar de polêmico, é o executivo de maior sucesso no setor, conseguindo aumento na circulação de alguns de seus jornais, como o Wall Street Journal, que pertence ao próprio empresário australiano.

Na avaliação de Murdoch, para que o jornalismo obtenha sucesso, três pontos devem ser seguidos: saber usar a tecnologia, cobrar pelo conteúdo e reduzir a intervenção governamental na imprensa. Segundo o empresário, “muitos jornais e empresas de comunicação não se adaptarão às novas realidades e fracassarão. E não podemos culpar a tecnologia por esses fracassos. As companhias que prosperarão são aquelas que entendem as necessidades de seus leitores, ouvintes e espectadores”. Em uma ironia que alveja indiretamente seus rivais Washington Post e New York Times, ele diz que muitos jornais gostam de mostrar os seus prêmios Pulitzer, que é a principal premiação do jornalismo americano, enquanto suas circulações não param de cair. “Isso indica que os editores produzem notícias para eles próprios, e não o que é relevante para os leitores”, afirma.
O empresário diz que, na News Corporation – sua companhia, que é composta por jornais tradicionais como o Wall Street Journal e redes de TV conservadoras, como a Fox News -, eles têm trabalhado “há dois anos em um projeto para tornar o conteúdo jornalístico acessível pelo celular”. Segundo Murdoch, “os consumidores não pretendem ficar enfurnados em caixas nas suas casas e escritórios para obter suas notícias favoritas”.

Murdoch acrescenta que um dos pontos mais importantes para salvar os jornais está na defesa de que “conteúdo de qualidade não pode ser gratuito”. “No futuro, o bom jornalismo dependerá de as organizações de informação atraírem consumidores dispostos a pagar pelas notícias. O modelo de negócios baseado em anunciantes está morto e não é sustentável no longo prazo. A razão é matemática – apesar de os anúncios na internet terem crescido, eles são apenas uma fração do que é perdido com a queda na publicidade impressa. E isso não vai mudar.”

(Fonte: estadao.com – Quarta-Feira, 09 de Dezembro de 2009 – Economia & Negócios/Gustavo Chacra, NOVA YORK)

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