Rudá de Andrade, filho dos célebres escritores Oswald de Andrade e Patrícia Galvão, a Pagú.

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Rudá de Andrade, cineasta e escritor filho de Oswald
O filho dos célebres escritores Oswald de Andrade e Patrícia Galvão, a Pagú.

Rudá de Andrade (São Paulo, 25 de setembro de 1930 – Bragança Paulista, SP, 27 de janeiro de 2009), cineasta e escritor filho dos célebres escritores da literatura brasileira, Oswald de Andrade e Patrícia Galvão, a Pagú. Nascido em São Paulo, em 25 de setembro de 1930, Rudá era formado em cinema na Itália, onde trabalhou com Vittorio de Sica. Manteve um atuante trabalho em favor do cinema nacional.

Foi também um dos criadores do Museu da Imagem e do Som (MIS), que dirigiu entre 1970 e 1981. Na década de 1960, participou da fundação do curso de cinema da Universidade de São Paulo, onde lecionaria durante dez anos. Foi conservador da Cinemateca Brasileira, da qual era também conselheiro.

Na literatura, destacou-se em 1983, ao receber o Prêmio Jabuti, na categoria Biografia e Memórias, por Cela 3 – A Grade Agride (Globo), um livro de viagem a um mundo desconhecido: o das prisões europeias.

Rudá de Andrade sofreu parada cardíca em SP, aos 78 anos, morreu dia 27 de janeiro de 2009 , em Bragança Paulista, em São Paulo. Ele estava hospitalizado, recuperando-se de uma cirurgia no fêmur, quando sofreu uma parada cardíaca.
(Fonte: www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – Ubiratan Brasil de O Estado de S. Paulo e Teresa Ribeiro do estadao.com.br – 27 de janeiro de 2009)

Rudá havia se aposentado da Cinemateca Brasileira e se mandado para o interior com sua mulher, Halina.
Rudá era filho de Oswald de Andrade e Pagu, meio irmão do nosso amigo Kiko, filho de Pagu e Geraldo Ferraz. Conheci-o como cineasta, grande conhecedor do cinema brasileiro e internacional, papo ótimo e amigável. Foi diretor da Cinemateca Brasileira e um dos fundadores do curso de Cinema na Escola de Comunicação e Artes da USP. Foi também diretor de vários curtas-metragens como Nitrato, sobre as condições precárias da Cinemateca.
Rudá teve um mau epidódio em sua vida, quando foi preso na França, em 1982, acusado de posse e tráfico de cocaína. Sua prisão foi objeto de um escândalo permanente pois ele sempre negou as acusações. Descreveu seu calvário de 10 meses na Maison d’Arrêt em Cela 3, livro que lhe valeu um prêmio Jabuti em 1983. A obra foi relançada no ano passado. Na época, eu vivia em Paris e soube da sua prisão por uma rádio livre (proliferavam durante o governo Mitterrand) convocando simpatizantes para uma festa de arrecadação de fundos para a defesa de Rudá. Fui a essa festa, mas nessa época eu não o conhecia pessoalmente.Engraçado é que fomos apresentados muitos anos depois, nos tornamos amigos, mas nunca toquei nesse episódio com ele.

(Fonte: www.blogs.estadao.com.br/luiz-zanin – Cinema, Personagens)

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