Rubens Gerchman, artista plástico, foi um dos primeiros artistas brasileiros a usar elementos da publicidade

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Gerchman retratou vida na metrópole e fez trabalhos tridimensionais

Rubens Gerchman (Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1942 – São Paulo, 29 de janeiro de 2008), artista plástico carioca. Participou do grupo que, nos anos 60, rompeu com a arte abstrata e reinstalou o figurativismo nas galerias nacionais.

Nascido no Rio de Janeiro no dia 10 de janeiro de 1942, Gerchman vivia na capital paulista desde meados de 2003. O artista começou a ganhar destaque a partir da década de 1960, quando fez sua primeira mostra individual na galeria carioca Vila Rica e logo se tornaria um dos integrantes da vanguarda carioca.

Em sua obras, retratava a vida da metrópole e cenas do cotidiano: em seus quadros aparecem partidas de futebol, concursos de miss, novelas da TV e cartazes. Seu trabalho “Lindonéia, a gioconda dos subúrbios”, de 1966, foi inspiração para uma música de Caetano Veloso.

Foi um dos mentores da mostra “Tropicália”, ao lado de Lygia Clark e Hélio Oiticica, que deu origem a nova objetividade brasileira, movimento em que arte conceitual e pop se uniam.

O artista plástico Rubens Gerchman. (Foto: AE)

O artista plástico Rubens Gerchman. (Foto: AE)

Influenciado pela pop art americana, foi um dos primeiros artistas brasileiros a usar elementos da publicidade, como efeitos tridimensionais, escrita e cores fortes. Preferia temas cotidianos. Por quarenta anos manteve seu espaço na arte brasileira com imagens de futebol, misses e beijos.

A partir de 1964, sua obra ganhou coloração política. Expressou a solidão nas metrópoles e a angústia pela liberdade no período militar. Sua serigrafia A Bela Lindonéia, de 1966, inspirou a canção homônima de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Nos anos 70, dirigiu a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, de onde sairia o grupo de artistas que ficaria conhecido como Geração 80.

Ganhou projeção também por seus trabalhos tridimensionais e fez bastante uso da palavra escrita em suas criações, além de ter se dedicado à pintura realista e a técnicas como litogravura e escultura. Entre seus títulos mais destacados também estão “O rei do mau gosto” e “Não há vagas”.

Depois de se mudar para os Estados Unidos no final da década de 60, fruto de um prêmio do Salão Nacional de Arte Moderna, faz um protesto contra o regime militar brasileiro ao organizar um boicote à Bienal de Artes de São Paulo, classificada por ele como a “Bienal da ditadura”.

Em 2002, Gerchman havia sido internado em estado grave em Nova York para tratar de uma infecção hospitalar contraída após um cateterismo.

Rubens Gerchman morreu no dia 29 de janeiro de 2008, aos 66 anos, de câncer de pulmão, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 6 de fevereiro de 2008 -– Ano 41 -– N° 5 –- Edição 2046 -– Datas -– Pág; 82)

(Fonte: Veja, 7 de novembro de 1973 – Edição 270 – Arte/ Por Marinho de Azevedo – Pág: 133/134)

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL278587-7084,00- POP & ARTE – Do G1, em São Paulo – 29/01/08)2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. 

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