Rubem Ludolf, frequentou o histórico Grupo Frente, que introduziu o abstracionismo geométrico no Brasil

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Foi pioneiro do movimento concreto

Rubem Ludolf (Maceió AL 1932 – Rio de Janeiro 2010), pintor concretista, foi um dos últimos remanescentes do histórico Grupo Frente, que introduziu o abstracionismo geométrico no Brasil nos anos 1950

Embora fosse reconhecidamente um dos maiores artistas do movimento concreto brasileiro, tendo participado de cinco bienais, Ludolf só recentemente teve o merecido reconhecimento do mercado, atraindo novos colecionadores para uma obra coerente e sem concessões. Até o fim da vida o artista criou silenciosamente, não guardando mágoa por ter permanecido tantos anos à margem desse mesmo mercado. Ludolf, nos últimos tempos, havia trocado a pintura pelos guaches sobre papel, seguindo recomendação médica. Há três anos, vítima de um aneurisma da aorta que o levaria à morte, o pintor foi obrigado a abandonar as tintas.

O papel, de qualquer modo, sempre foi o suporte inicial de todas as suas pinturas. Formado em arquitetura em 1955 pela Universidade do Brasil, no Rio, ele adquiriu o hábito de construir cada composição no papel milimetrado antes de transferir o desenho para a tela. “Sempre penso o desenho antes da cor, uma maneira de ordenar o mundo com formas geométricas”, justificou Ludolf em sua última entrevista, publicada no mês passado.

Ludolf trabalhou 46 anos como arquiteto do DNER, aprendendo paisagismo como autodidata para interferir na natureza das estradas brasileiras. Sua pintura, ao contrário, nunca foi uma janela para o mundo, ou seja, não era uma arte de representação. Sempre fiel à abstração geométrica, esse ex-aluno de Ivan Serpa integrou o primeiro grupo de artistas concretos – ao lado de Aluísio Carvão e Lygia Clark – e nunca se curvou às oscilações do mercado.

(Fonte: http://cadaminuto.com.br/noticia/2010/07/28- CELEBRIDADES – Postado em 28/07/2010)

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