Roberto Arlt, foi um cronista do submundo de Buenos Aires.

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Roberto Arlt (Buenos Aires, 2 de abril de 1900 – Buenos Aires, 26 de julho de 1942), foi um cronista do submundo de Buenos Aires. Novelista, contista, dramaturgo e jornalista, Arlt tinha um ouvido acurado para as falas das ruas, incluindo sotaques estrangeiros e o lunfardo – gíria portenha usada nos tangos – entre seus registros literários.

Roberto Godofredo Christophersen Arlt é um dos grandes fundadores da moderna narrativa argentina a par de Jorge Luis Borges e de Ricardo Guiraldes.

É um exímio contista, como pode-se constatar em As Feras. Seus romances, porém, são fundamentais para a literatura urbana da Argentina. Em O Brinquedo Raivoso, sua primeira narrativa longa, de 1926, acompanha a trajetória de Silvio Astier, um bandido com certas pretensões literárias, que conta sua própria história.

Nascido em abril de 1900 e morto em julho de 1942, com alguma liberdade, pode-se dizer que, no panteão das letras argentinas, Roberto Arlt está para Jorge Luis Borges assim como Lima Barreto está para Machado de Assis na literatura brasileira.

Borges e Machado representam um cuidado com o estilo e com o ofício criativo que os coloca entre as realizações supremas das línguas espanhola e portuguesa – mas há certas realidades sujas e desagradáveis que só suburbanos ressentidos como Lima Barreto e Arlt desvendam.

(Fonte: Veja, 20 de novembro de 2013 – ANO 46 – N° 47 – Edição 2348 – Os mais vendidos – Pág: 140/141)

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