Richard Rainwater, foi integrante do “Forbes 400″, ranking das pessoas mais ricas dos EUA

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Richard Rainwater (Forth Worth, Texas, 15 de junho de 1944 – Fort Worth, no Texas, 27 de setembro de 2015), bilionário norte-americano. Integrante do “Forbes 400″, ranking das pessoas mais ricas dos EUA, há muitos anos e, atualmente, com uma fortuna estimada em US$ 3 bilhões.

 

Durante sua vida, o bilionário ficou conhecido por seus investimentos ousados em empresas como Disney, Marathon Oil e Texaco e por apostar em jovens talentos, como os bilionários Eddie Lampert e David Bonderman.

 

 

 

 

O bilionário norte-americano Richard Rainwater (Foto: Reprodução)

O bilionário norte-americano Richard Rainwater (Foto: Reprodução)

 

Nascido em Forth Worth, em junho de 1944, Richard Rainwater cresceu em uma família de classe média: seu pai era um atacadista e sua mãe trabalhava na loja de departamento J.C. Penny. Na adolescência, Rainwater se apaixonou por corrida de arrancada e ganhou 26 provas consecutivas com um Buick modificado para melhorar a performance. Rainwater estudou matemática na Universidade do Texas e fez um MBA em Stanford.

 

O texano iniciou sua carreira trabalhando para o conterrâneo bilionário Sid Bass, que, com seus três irmãos, herdou uma fortuna do petróleo de seu tio Sid Richardson (1891-1959). Bass estudou em Stanford e, em 1969, começou a investir em outras áreas. Rainwater tinha 25 anos e trabalhava como corretor de ações na corretora Goldman Sachs, em Dallas, quando Bass o contratou. De acordo com “The Big Rich”, livro de Bryan Burrough (ainda sem versão em português), Bass e Rainwater formavam um time incompatível. “Sid, atraente e erudito, vestia ternos Saville Row; Rainwater, alto, moreno e rude, usava camisas velhas e colecionava bonés de baseball com frases engraçadas. Sid estava desconfortavelmente consciente das responsabilidades e da inexperiência dos dois. Eles não sabiam como fazer um acordo. Eles não sabiam como negociar.”

De acordo com um perfil na Texas Monthly, eles perderam dinheiro em todos os acordos que fizeram. Mas aprendiam rápido e sabiam o que queriam: investir em empresas com administração sólida, por um longo período de tempo. Eles estudaram Warren Buffett, investidor e filantropo norte-americano, e memorizaram Benjamin Graham, economista. Entraram nas áreas de private equity e capital de risco, tiveram alguns altos e baixos mas, em meados da década de 1980, já haviam construído uma incrível trajetória.

A estratégia vencedora parece simples: comprar barato, vender caro e inserir lucros no portfólio. De acordo com The Big Rich, eles tiveram US$ 160 milhões de lucro comprando ações da Marathon Oil, empresa de energia, em 1981. Ganharam US$ 50 milhões ao adquirir ações da Amfac, empresa do Havaí, e revendê-las aos executivos da companhia. Em 1984, detinham 10% da petrolífera Texaco e, depois, tiveram um lucro de US$ 400 milhões ao vender suas ações de volta para a empresa. Ainda naquele ano, compraram a Arvida, companhia imobiliária da Flórida, que foi vendida um ano depois para Walt Disney por 7% das ações da Disney, o que valia cerca de US$ 200 milhões na época.

A dupla achava que a Disney estava tão desvalorizada que eles injetaram os US$ 400 milhões da Texaco em mais ações e, depois, continuaram construindo. No início da década de 1990, detinham cerca de 25% da Disney, algo avaliado em US$ 2,8 bilhões. Segundo a The Big Rich, ao longo dos 16 anos que trabalharam juntos, Bass e Rainwater aumentaram a fortuna da família Bass de US$ 50 milhões para cerca US$ 5 bilhões.

Em 1986, Rainwater começou a trabalhar sozinho, levou seus US$ 75 milhões em ações dos ganhos de Bass e abriu os escritórios da Rainwater, Inc. alguns andares abaixo dos escritórios do ex-sócio. Ele criou seu próprio time de jovens investidores e negociadores, que comparavam o dia-a-dia na Rainwater, Inc. a um jogo de basquete interminável.

 

De acordo com uma matéria de 2001 na Revista Fortune, “ele começava cada dia com uma mesa perfeitamente organizada, nada além de um bloco amarelo, uma caneta e um par de telefones com viva-voz. Perseguindo uma ideia – provavelmente algo que surgiu enquanto lia o jornal – ele começava a fazer ligações para pessoas como o CEO da General Motors ou para David Geffen, enquanto outros entravam e saíam de seu escritório. Frequentemente, tinha três ou quatro conversas ao mesmo tempo, cada uma tratando de um assunto diferente.”

 

Em 1986, mergulhou em um acordo por meio do qual adquiriu a empresa Penrod Drilling, à beira da falência, dos irmãos Hunt e a transformou no que se tornou a gigante Ensco (valor de mercado de US$ 3,4 bilhões). Então, começou a transformar hospitais em crise em o que é hoje a HCA Holdings, a maior cadeia de hospitais do mundo (valor de mercado de US$ 33 bilhões).

 

Em um lendário acordo em 1996, ele destituiu T. Boone Pickens de sua empresa Mesa Petroleum. Pickens havia adquirido a Mesa com dívidas, certo de que o preço do gás natural iria crescer. Quando não cresceu, a Mesa parecia fadada à falência. Rainwater resgatou a empresa ao injetar US$ 133 milhões em troca de quatro cargos na diretoria e da saída de Pickens. Um ano depois, Rainwater comandou a fusão da Mesa com a Parker & Parsley Petroleum para criar a Pioneer Natural Resources (valor de mercado de US$ 18 bilhões).

 

Ele era excelente em julgar jovens talentos do investimento. As apostas de Rainwater incluem Kenneth Hersh, CEO da NPG Energy Capital Management; Edward Lampert, investidor bilionário; John Goff, CEO da Crescent Real Estate Holdings; e David Bonderman, bilionário e fundador da TPG Founder. Outro protegido, Daniel H. Stern, agora administra grande parte da fortuna de Rainwater em seu fundo de cobertura Reservoir.

 

Em 1991, Rainwater se casou com sua segunda esposa, a banqueira Darla Moore.

 

Richard Rainwater faleceu em 27 de setembro de 2015, na cidade de Fort Worth, no Texas, Estados Unidos. Rainwater tinha 71 anos, e havia sido diagnosticado com paralisia supranuclear progressiva (PSP), raro distúrbio neurológico. 

 

Em meados de agosto, Todd, filho do bilionário, declarou que seu pai continuava a ir ao escritório algumas vezes por semana e seguia acompanhando o mercado financeiro. No entanto, a comunicação se tornou cada vez mais difícil. Segundo ele, a maior parte dela consistia “em sinais de positivo e negativo”.

 

Em busca da cura para sua enfermidade, a fundação que leva seu nome, a Rainwater Charitable Foundation, gastou mais de US$ 50 milhões para reunir os melhores pesquisadores em um grupo chamado Tau Consortium (Tau é o nome da proteína que, acredita-se, seja a causadora da paralisia supranuclear progressiva e do Alzheimer). Os médicos que compõem a equipe darão continuidade às pesquisas.

Todd Rainwater informou que o objetivo dos pesquisadores é desenvolver um coquetel de remédios que possa ajudar nos tratamentos de PSP e Alzheimer a partir da redução da presença da proteína tau no cérebro. Para formar o Tau Consortium, Rainwater e sua família usaram a mesma fórmula que foi usada em muitos outros de seus negócios multibilionários: encontrar as melhores pessoas e fornecer dinheiro suficiente para que elas façam o que sabem fazer de melhor. Como Rainwater disse à revista Texas Monthly em 1996: “Minha genialidade, se é que eu tenho uma, é escolher bons negócios e, depois, escolher boas pessoas para dirigir esses negócios”.

(Fonte: http://www.forbes.com.br/negocios/2015/09 – NEGÓCIOS / Por Christopher Helman – 28 DE SETEMBRO DE 2015)

(Fonte: http://sitesbr.jetss.com/negocios/2015/09 – NEGÓCIOS – 28 DE SETEMBRO DE 2015)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O último desejo de um bilionário: US$ 10 mi para caridade

herança do investidor bilionário Richard Rainwater financiará uma série de prêmios multimilionários para combater doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer.

 

“Meu pai entrou no ramo da pesquisa neurológica da mesma forma que entrou no ramo dos investimentos: ele estudou o assunto”, conta o herdeiro Todd Rainwater, de 46 anos, que preside o conselho de administração da Rainwater Charitable Foundation.

 

Em 2009, Rainwater foi diagnosticado com paralisia supranuclear progressiva, ou PSP, uma doença cerebral rara que afeta entre três e seis pessoas a cada 100 mil em todo o mundo e que não tem cura. “Vamos encontrar uma solução antes de morrermos”, afirma Todd.

 

Depois que Rainwater recebeu seu diagnóstico, que levou seis meses para ser concluído, ele rapidamente criou sua fundação e financiou o Tau Consortium, um grupo de pesquisadores em busca de uma cura para a PSP e para outras doenças neurodegenerativas. De acordo com Todd, seu pai decidiu, pouco antes de sua morte em 2015, que queria usar um de seus fundos de caridade para realizar uma série de premiações.

 

A maior delas, chamada Rainwater Breakthrough Prize, destinará US$ 2 milhões, US$ 4 milhões e US$ 10 milhões para financiar tratamentos aprovados pela Food and Drug Administration (o equivalente à Anvisa, no Brasil) para a PSP. A segunda premiação, a Rainwater Milestone Prize for Advances in Tauopathy Research, doará US$ 2 milhões para um pesquisador ou grupo que contribuir significativamente para a pesquisa em torno de doenças como o Alzheimer, “abordando lacunas críticas em tecnologia e conhecimento de doenças”, segundo descrição da fundação Rainwater. A terceira premiação será anual e concederá US$ 250 mil para um pesquisador ou grupo cujo trabalho seja considerado uma contribuição significativa para a compreensão de doenças neurodegenerativas.

 

“Esta foi uma oportunidade para criar um legado do qual ele teria orgulho”, diz Richard Carmona, ex-cirurgião geral dos EUA que conhecia Rainwater há décadas e que presidirá o programa de premiações. “Mesmo com toda sua riqueza e capacidade de alcançar as pessoas mais inteligentes que estão pesquisando sobre o assunto nas partes mais distantes do mundo, ele não conseguiu ser ajudado. No entanto, nunca esqueceu que haveria outras pessoas seguindo seus passos.”

 

De acordo com o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrames, a PSP vem do acúmulo de depósitos de proteína tau nas células nervosas do cérebro, o que faz com que elas parem de funcionar da maneira que deveriam e morram. A doença causa sintomas que afetam a visão de uma pessoa, seu jeito de andar, seu equilíbrio, sua fala, sua deglutição e seu pensamento.

 

A fundação da Rainwater já doou quase US$ 100 milhões para ajudar a financiar os testes de oito tratamentos potenciais para a doença e quase duas dúzias de outras terapias ainda em estágios iniciais na Tau Consortium.

 

Ainda assim, há um longo caminho pela frente para alcançar um prêmio como esse. “Creio que uma cura para uma doença como a PSP está muito distante de ser alcançada”, diz Howard Fillit, diretor executivo e diretor científico da Alzheimer’s Drug Discovery Foundation. “É por isso que a fundação Rainwater é importante, pois há um interesse farmacêutico e industrial, mas é preciso de filantropia para levar as coisas adiante quando se trata de uma doença como essa.”

 

Depois de um período trabalhando como corretor da Goldman Sachs, Rainwater, nascido no Texas, conseguiu um emprego aos 25 anos para trabalhar para Sid Bass, gerenciando os investimentos do herdeiro da família. Juntos, eles levaram a fortuna da família Bass de US$ 50 milhões para US$ 5 bilhões. Em 1986, ele fundou sua própria empresa, a Rainwater Inc.. Também era integrante de longa data da lista Forbes 400 e, quando morreu, acumulava um patrimônio líquido de US$ 3 bilhões.

 

O programa de premiações de Rainwater foi uma das duas iniciativas em pesquisa anunciadas nesta semana. Os prêmios Oskar Fischer, divulgados na última segunda-feira (5), pretendem recompensar com US$ 2 milhões os pesquisadores que examinem a literatura científica sobre o Alzheimer e elaborem uma teoria que explique a doença.

 

(Fonte: https://forbes.uol.com.br/colunas/2018/11 – COLUNA / Por Michela Tindera – 7 de novembro de 2018)

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