Realizou pesquisas pioneiras sobre antibióticos

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René Dubos (Île-de-France, 20 de fevereiro de 1901 – Nova York, 20 de fevereiro de 1982), ecologista, microbiologista e ativista francês radicado nos Estados Unidos.

Realizou pesquisas pioneiras sobre antibióticos e descobriu a tirotricina e a gramidicina.

Foi um dos papas do movimento ambientalista mundial, ficou famoso pelo slogan “Pense globalmente, aja localmente”.

Segundo ele, um bom ecologista deve preocupar-se com o futuro do planeta, mas também precisa empenhar-se em resolver problemas mais imediatos do meio ambiente, no quintal de casa e na cidade em que vive.

Recebeu o Prêmio Pulitzer em 1969 por So Human an Animal (Um Animal tão Humano), publicado um ano antes.

Foi um grande microbiologista, pioneiro na descoberta dos antibióticos.

Foi um grande microbiologista, pioneiro na descoberta dos antibióticos.

René Dubos foi um dos mais influentes biólogos do século XX e um dos responsáveis pela conscientização do homem a respeito das questões ambientais. 


Foi um grande microbiologista, pioneiro na descoberta dos antibióticos. É a Dubos que a humanidade deve o uso dos antibióticos para curar doenças. 


Microbiologista, educador, escritor e ambientalista americano, nascido na França, René Jules Dubos (1901-1982) foi também um filósofo que manifestou sempre “fé criadora” e esperança nos destinos da Terra e da humanidade.


Em 1929, Dubos isolou de um microrganismo do solo uma enzima capaz de decompor a cápsula protetora do bacilo causador da pneumonia em seres humanos. Em 1938, descobriu a ribonuclease, enzima simples mas que constituiu uma contribuição pioneira à pesquisa sobre funções vitais básicas.

Um ano depois, isolou outro agente antibacteriano, a tirotricina, constituída por dois polipeptídeos, um dos quais – a gramicidina – veio a ser o primeiro antibiótico produzido comercialmente e utilizado clinicamente. Seu trabalho despertou o interesse pela penicilina – que permanecera esquecida após sua descoberta por Alexandre Fleming, em 1928 – e levou ao desenvolvimento de outros antibióticos, como a estreptomicina e as tetraciclinas.

Dubos também foi pioneiro no estabelecimento de métodos que levaram à padronização em escala internacional da vacina contra a tuberculose, a partir do bacilo Calmette-Guérin (BCG).

Dubos acreditava que um organismo vivo – seja ele um micróbio, uma pessoa, uma sociedade ou um planeta – só pode ser entendido no contexto das relações que forma com as coisas ao redor.

Suas grandes contribuições não se resumiram ao isolamento de algumas substâncias, mas antes à sua capacidade de sintetizar idéias fundamentais que levaram ao desenvolvimento de novas áreas da ciência médica. De suas investigações neste campo, surgiu o conceito de que a doença não é apenas o resultado da presença de um patógeno no organismo, mas antes um ecossistema que abrange múltiplos eventos. Com essa forma de pensar, Dubos reformulou a teoria do surgimento da doença com a inclusão do meio ambiente nas considerações de suas causas. O elemento importante na doença, afirmava ele, não é a infecção mas principalmente qualquer stress – seja exterior ou interior – que altere a resistência do organismo, provocando o desenvolvimento e determinando o desfecho da enfermidade.
Embora contribuindo para grandes vitórias na batalha contra as infecções fatais, Dubos era crítico com relação à quimioterapia, pois acreditava, não apenas na destruição dos patógenos, mas nas condições de resistência do corpo. Acreditava não só no controle da doença mas na promoção da saúde. Sua pesquisa sistemática promoveu uma abordagem racional para a quimioterapia.

Saúde é “você poder funcionar, fazer o que quer fazer e vir a ser aquilo que deseja ser.
No seu livro Mirage of Health, de 1959, ele dizia que a saúde não é necessariamente um estado de vigor e bem-estar, nem mesmo de vida longa. Saúde é “você poder funcionar, fazer o que quer fazer e vir a ser aquilo que deseja ser.” Com essa definição, a responsabilidade de permanecer saudável foi colocada sobre o paciente e não sobre o médico ou sobre a medicina.

Esse tipo “responsável” de saúde o próprio Dubos conquistou, no decorrer de sua vida. Aos oito anos de idade, sofreu um ataque de febre reumática que lhe acarretou limitações para exercer algumas atividades e, a partir de então, teve que fazer alguns ajustes em sua programação de vida. Seus sonhos de tornar-se um grande atleta foram abandonados, mas adquiriu em troca uma vivacidade intelectual que o acompanhou pelo resto da vida. Seu espírito solitário encontrou alimento nos passeios meditativos que realizava pelos campos no interior da França.

Da mesma forma que observara as interações entre os microrganismos e o ecossistema do solo, depois entre os micróbios e o homem, René Dubos ampliou seu interesse para uma escala planetária e passou a observar e a descrever as adaptações que acontecem entre a humanidade e a Terra, através das quais uma vai moldando a outra. De suas experiências com bactérias do solo, ele deduziu um princípio fundamental: todo organismo vivo possui múltiplas potencialidades e as que ele consegue expressar dependem das influências externas. Essa adaptabilidade, segundo Dubos, funciona também com as pessoas.

“Todos nós, dizia ele, nascemos com potencialidade para nos tornarmos diferentes pessoas, mas o que nos tornamos realmente depende das condições sob as quais nos desenvolvemos. Essas condições, além do mais, são freqüentemente resultado de nossa própria escolha.”

A visão de Dubos de que os organismos influenciam o meio e por sua vez são por ele influenciados, o fez descrever-se como um “desesperado otimista”, ao contemplar as depredações do homem sobre o ecossistema global. Ainda que as ações humanas possam ser às vezes bastantes destrutivas ao planeta terra, ele acreditava que elas podiam também restaurar e até criar novos ambientes capazes de melhorar a condição humana.

Juntamente com a bióloga Rachel Carson, René Dubos foi um dos pioneiros da conscientização de que os homens e os animais estão em interação constante com o meio em que vivem.

Embora algumas das primeiras advertências sobre desastres ecológicos tenham sido feitas por Dubos, ele passou a criticar os que pregavam o fim do mundo. Cientista lúcido, com uma mensagem sábia e confiante, Dubos não se engajou no movimento ambientalista dos anos setenta, que considerava a natureza como vítima e a humanidade como agressor. Ele reconhecia que a qualidade de vida podia estar se deteriorando, mas mantinha uma grande fé na criatividade do homem e no seu potencial para a renovação e a autotransformação. Por causa de sua visão ampla, foi escolhido, juntamente com a economista inglesa Barbara Ward, para redigir o relatório da Primeira Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, no ano de 1972.
Alguns dos ditados costumeiros de Dubos ficaram célebres, como

  • “Pense globalmente, aja localmente”
  • “Tendência não é Destino”cuja mensagem é compatível com sua atitude de encorajar o uso responsável da ciência e da tecnologia.
  • “Muitas vezes é difícil manter a fé no destino do homem, mas é certamente uma atitude covarde desesperar dos fatos.”

 

Entre as obras de Dubos, citam-se Um Deus InteriorApenas uma Terra e Um Animal tão Humano, que lhe valeu o prêmio Pulitzer em 1969.

René Dubos faleceu em 20 de fevereiro de 1982, aos 81 anos, de colapso cardíaco, em Nova York.

(Fonte: Veja, 27 de setembro de 1995 – ANO 28 – N° 39 – Edição 1 411 – AMBIENTE/ Por João Carlos Moreira – Pág: 92/93)
(Fonte: Veja, 3 de março de 1982 – Edição 704 – DATAS – Pág: 114)

(Fonte: http://www.oocities.org – 24.09.2003)

 2003 – [Condensado de um artigo publicado na revista Scientific American, May 1991.]

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