Ray Conniff, maestro e trombonista, tornou-se um dos melhores instrumentistas da era das big bands.

0
Powered by Rock Convert

Ray Conniff: que muitos criticam e muitíssimos dançam

 

 

Maestro americano Ray Conniff

Maestro americano Ray Conniff

 

 

Ray Conniff (Attleboro, Massachusetts, 6 de novembro de 1916 – Los Angeles, 12 de outubro de 2002), maestro e trombonista

Os críticos malhavam os arranjos suaves e adocicados que o maestro dispensava a clássicos como Besame Mucho, New York, New York, Pretty Woman, que o ajudaram a vender 85 milhões de discos e fizeram gerações dançar.

Conniff nasceu em novembro de 1916, em Massachusetts. Seu pai era trombonista, e a mãe, pianista. Seguiu os caminhos do pai e tornou-se um dos melhores instrumentistas da era das big bands. Tocou ao lado de alguns dos maiores nomes da música americana, como Bunny Berigan, Bob Crosby, Art Hodes e Artie Shaw.

Após servir na Segunda Guerra Mundial, Conniff passou a investir mais em sua faceta de arranjador. Após uma rápida passagem pelo conjunto de Harry James, foi a Hollywood e começou a trabalhar para os grandes estúdios. Acabou contratado da Columbia, em 1951, que decidiu bancar seu álbum de estreia em 56, ’S Wonderful, o primeiro de uma longa discografia de 102 discos.

Como arranjador, tornou-se um dos grandes mestres do “easy listening” e uma campeão absoluto dos salões de bailes. Foi também bastante criticado pelos arranjos suaves e adocicados que dispensava a clássicos como Besame Mucho, New York, New York, Pretty Woman, que o ajudaram a vender 85 milhões de discos.

Seus críticos enxergavam em seus arranjos, pródigos em metais, uma mesma interpretação pobre e pasteurizada para os mais diversos gêneros, como jazz, bossa, rock, bolero, swing etc. Daí porque passou a ser ironizado, ao lado de Glenn Miller, Burt Bacharach, Chris de Burgh e outros, como rei dos elevadores, consultórios médicos e salas de espera em geral.

Conniff dizia não ligar. “Não tenho controle sobre o que escrevem.”
O fato é que seus arranjos para músicas como Smoke Gets in Your Eyes e Strangers in The Night embalaram bailinhos de várias gerações, em muitas partes do mundo, incluindo o Brasil, país pelo qual tinha um carinho especial.

Sua primeira visita ao País foi na década de 60, quando, ao lado de Henry Mancini, tocou Aquarela do Brasil, Besame Mucho e Somewhere my Love. Voltaria mais de dez vezes. “Não sei a razão, mas gosto muito de saber que no Brasil três gerações dançam com minhas músicas”, disse ao Estado, em 1999.

No mesmo ano, lançou um disco dedicado à música sertaneja brasileira. Em Ray Conniff’ s Country (1999), gravado na Califórnia, o maestro rearranjou Pense em Mim, É o Amor, Festa de Rodeio, Luar do Sertão, Bem te Vi, No Rancho Fundo, Entre Tapas e Beijos, entre outras.

O disco entrou para sua longa série de álbuns “regionais”, que já incluía homenagens à Rússia, Venezuela, Grã-Bretanha, além do Brasil em Amor, Amor (1982), Fantástico (1983), Ray Conniff Live in Rio (1996).

Sua última passagem foi em setembro de 2001, para duas apresentações no Credicard Hall, tendo no repertório músicas de Frank Sinatra, Bee Gees, The Carpenters e Beatles. Estão entre suas últimas aparições públicas.

Em surdina

Ray Conniff, era ignorado pelo público norte-americano, embora seus primeiros discos, nos anos 60, tenham feito muito sucesso. “O maestro era uma pessoa de trato difícil e tinha rompido com a imprensa.”
Morreu dia 12 de outubro de 2002 em Los Angeles, nos Estados Unidos, o maestro e trombonista Ray Conniff. Ele tinha 85 anos e sofreu um derrame.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2002 – CADERNO2 – MÚSICA – 13 de Outubro de 2002)

 

 

 

 

Maestro americano

Ray Conniff, maestro norte-americano, tornou-se conhecido pelas suas versões orquestrais para clássicos da música internacional, como “Besame Mucho” e “New York, New York”.

Filho de um trombonista e de uma pianista, ele nasceu em Massachusetts em 1916 e conheceu o sucesso já em seu disco de estreia, ’S Wonderful, lançado em 1956.

Na década de 60, suas vendas explodiram, e seus shows passaram a ser solicitados pelo mundo afora. Ao todo foram 102 discos lançados, que venderam mais de 85 milhões de cópias e embalaram três gerações.

A forte ligação com o Brasil foi declarada ainda em dois álbuns, um apenas com canções de Roberto Carlos (Do Ray para o Rei) e outro com sucessos sertanejos (’S Country).

Dono de um imenso fã-clube no Brasil, onde se apresentou 12 vezes, sendo a última vez em 2001.

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/169/aconteceu – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 28/10/2002)

 

 

 

 

 

Ray Coniff era filho de músicos

Ray Coniff nasceu no dia 6 de novembro de 1916, na cidade de Attleboro, Massachusetts, Estados Unidos. O pai era trombonista e a mãe tocava piano, de quem herdou a paixão pela música.

A primeira experiência como músico de orquestra foi no ginásio Attleboro. Começou como trombonista e com o tempo passou a fazer arranjos até tornar-se orquestrador da banda local.

Seu primeiro emprego como músico profissional foi com o “Musical Skippers”, de Dan Murphy, em Boston. Começou tocando trombone, orquestrando e dirigindo o caminhão do grupo. Depois, mudou-se para Nova York.

Em Nova York trabalhou como trombonista-arranjador de Bunny Berrigan. Em 1939 começou a trabalhar com Bob Crosby e os “Bobcats”. Um ano depois foi contratado por Artie Shaw e depois, por Glen Gray.

Após essas duas experiências, Coniff começou a fazer arranjos para o serviço de rádio das Forças Armadas dos Estados Unidos, onde ficou até 1946. Saiu do Exército e foi orquestrar para Harry James, com quem trabalhou até o final da década de 40.

Os últimos anos da década de 40 foram os mais apagados da história de Coniff. Ele parou de fazer arranjos e ganhava a vida – na época era casado e já tinha três filhos- como orquestrador free-lance e fazendo trabalhos fora da área musical.

A sua grande oportunidade surgiu no começo da década de 50 quando conheceu Mitch Miller, da Colúmbia Records. Na gravadora, começou a fazer arranjos e orquestração para outros músicos e para os discos da Colúmbia. Os maiores sucessos foram “Walkin In The Rain”, “Moonlight Gambler”, entre outros.

O sucesso obtido por Coniff em outros discos incentivou a Colúmbia a lançar um álbum de autoria do maestro. Foi então que surgiu “S Wonderful”, que ficou na lista dos discos de maior sucesso por nove meses.

Na primavera de 1960, Coniff fez uma turnê de 11 dias e lotou as principais casas noturnas de Los Angeles e São Francisco. Nesses concertos, o maestro começou a desenvolver o seu estilo musical, que o distinguiu como um talentoso arranjador-regente.

Ray começou a fazer uso de um coro vocal como naipe da orquestra e em vez de tocar instrumentos, os vocalistas soltavam síladas tais como: ba-ba e du-du, que juntas ao som de um ritmo musical contribuíram para tornar o estilo de Coniff mundialmente conhecido.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – ILUSTRADA / da Folha Online – 12/10/2002)

Powered by Rock Convert
Share.