Ralph Ellison, autor americano de clássicos do século 20

Autor de ‘O Homem Invisível’

 

Ralph Ellison (Oklahoma City, Oklahoma, 1° de março de 1914 – Nova York, 16 de abril de 1994), autor americano de “O Homem Invisível” um dos clássicos do século 20.

Seu livro mais conhecido é O Homem Invisível, marco da literatura negra dos Estados Unidos e, independentemente de considerações raciais, um romance modernista de grande originalidade.

Quando foi publicado em 1952, o único romance de Ellison provocou surpresa e polêmica por mostrar o sofrimento de um jovem negro nos EUA.

Ellison publicou também em vida dois livros de ensaios, “Shadow and Law” (1964) e “Going with the Territory” (1986). Todos seus livros foram publicados pela editora Random House.

Apóstolo da harmonia racial como condição para a existência de uma democracia americana, Ellison recebeu, por “O Homem Invisível”, o National Book Award, mais importante prêmio literário de seu país.
“O Homem Invisível” foi publicado em 1990 no Brasil pela editora Marco Zero.

Ao longo das quatro décadas que se seguiram ao lançamento dessa obra, Ellison prometeu um segundo romance.

 

Biografia

 

Ralph Waldo Ellison nasceu em Oklahoma City (sudoeste dos EUA) em 1º de março de 1914. Seu pai morreu quando o escritor tinha três anos.

Ellison estudou no Tuskegee Institute, no Alabama, uma universidade para negros. Chegou a ser trompetista, mas quando se mudou para Nova York, em 1936, descobriu a literatura.

Era leitor de T.S. Eliot, autor de “A Terra Estéril”, e Ernest Hemingway, de “O Sol Também se Levanta”.

Serviu na Marinha Mercante durante a Segunda Guerra, quando começou a escrever “O Homem Invisível”.

Por toda a vida, trabalhou em organizações de direitos dos negros. Lecionou em diversas universidades, como as de Yale, Chicago, Columbia e Nova York.

Morava no Harlem, bairro pobre de Nova York, e escrevia seu segundo romance quando morreu. O manuscrito do livro foi queimado num incêndio em sua casa nos anos 70.

Mas ao morrer deixou apenas um vasto conjunto de fragmentos. Centenas de páginas de anotações, que nos últimos anos, foi realizado malabarismos para obter-se uma narrativa coerente. Sem reescrever uma única frase e utilizado apenas indicações deixadas pelo próprio Ellison se estabeleceu uma ordem no texto. O resultado foi Juneteenth (título que se refere à emancipação dos escravos no Texas), história de um menino branco criado por um religioso negro. Adulto, o personagem assume outro nome e outra vida, elegendo-se até para o Senado, onde defende posições racistas.

Ellison nunca declarou ser peremptoriamente avesso à publicação póstuma de seus rascunhos.

Um artigo publicado em maio pela revista “The New Yorker” disse que o livro estava todo refeito e foi lançado em 1994. 

O escritor americano Ralph Ellison morreu em 16 de abril de 1994, em Nova York aos 80 anos. O autor de “O Homem Invisível” sofria de câncer no pâncreas.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/4/18/ilustrada – ILUSTRADA/ Por AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – FOLHA DE S. PAULO – 18 de abril de 1994)

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(Fonte: Veja, 30 de junho de 1999 – ANO 32 – N° 26 – Edição 1 604 – LIVROS/ Por Carlos Graieb – Pág; 172/173)