Quem não sabe povoar sua solidão também não sabe estar só no meio de uma multidão ocupadíssima.

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O arquétipo do poeta de personalidade arrebatada, alma turbulenta e apetite etílico aguçado encontrou poucas encarnações tão marcantes quanto o francês Charles Baudelaire o foi em seus 46 anos de vida, entre 1821 e 1867. À parte a agitada vida particular – orfandade paterna precoce, excessos, desilusões, vaidades, dívidas e doenças -, Baudelaire é aclamado como um dos maiores inovadores da língua francesa, um dos pais do conceito de modernidade e um curioso observador da vida urbana parisiense que se transformava enquanto ele seguia sua estrada longa e revolta.

Entre suas obras mais aplaudidas, estão os poemas de As Flores do Mal e as reflexões de Pequenos Poemas em Prosa – é do texto As Multidões a frase reproduzida (“Quem não sabe povoar sua solidão também não sabe estar só no meio de uma multidão ocupadíssima”).

Além de tudo isso, Baudelaire também dedicou-se a outros artistas – foi um dos pioneiros nas traduções em francês da obra do americano Edgar Allan Poe e escreveu críticas decisivas para o sucesso do compositor Richard Wagner na Europa.

Influenciou nomes como Rimbaud, Verlaine, Mallarmé e Proust e garantiu seu lugar na galeria dos grandes escritores e críticos de todos os tempos.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Edição n° 17.130 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – Frase do dia/ Postado por Luís Bissigo – 31 de agosto de 2012)

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