Primeiro estudo quantitativo da eficiência das fibras na filtração seca para controle ambiental

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A história do controle da poluição atmosférica.

Os diversos sistemas de controle atualmente disponíveis no mercado foram decorrentes de uma evolução, em primeira instância, dos recursos usados para controle da poluição individual.
Filtração para proteção pessoal.
Os primeiros registros datam de 50 dC onde foram reconhecidos os graves problemas do pigmento de óxido de chumbo vermelho em refinarias, das poeiras em minas. A solução, na época, era o uso de “sacos” como meios filtrantes pessoais.
Posteriormente, em 1550, Leonardo da Vinci elaborou um filtro líquido para a boca e o nariz. Em 1700, trabalhadores em plantas de extração de gipsita e cal, processamento de tabaco e moinhos de farinha protegem a boca e o nariz com bandagens. Em 1828, surgiram as primeiras máscaras de tecido de lã e em 1854 as primeiras máscaras impregnadas com carvão ativo. Em 1868 surgiu o primeiro estudo quantitativo da eficiência das fibras na filtração seca (John Tyndall).
Filtração para controle ambiental.
O desenvolvimento dos ventiladores permitiu sua aplicação em dispositivos para proteção coletiva contra a poluição: os sistemas de despoeiramento. Os principais avanços foram:

1852 – Coleta de pó de ZnO em filtro tubular de tecido de algodão através de um ventilador soprador (filtração em pressão positiva), relação ar-pano (RAP) 0,15 m/min;

1867 – As janelas de uma casa são substituídas por mangas filtrantes para coleta de pó de ZnO (USPatent 72032);

1876 – Primeiro filtro de mangas com limpeza por sacudimento aplicado na filtração dos gases de fundição de chumbo (Lone Elms Works);

1885 – Primeiro ciclone patenteado (Jackson);

1885 – Patente alemã (Beth) – filtro com limpeza por sacudimento mecânico no topo de mangas dispostas na vertical, filtração com pressão positiva, carcaça em madeira;

1893 – Primeiro filtro com limpeza de ArReverso (Iles and Associates). Aplicação para indústria metalúrgica para fornos de zinco e chumbo (3000 a 4500 mangas D457x10058 mm), compartimentado com dumpers, RAP 0,09 m/min.
Alguns dos principais “players” que desenvolveram as principais tecnologias de despoeiramento existentes: Pangborn Corp. (1905); Western Precipitador (1907); Research Cottrell (1907); Wheelabrator Corp. (1908); Dracco Corp. (1917); Pulverizing Machinery (1923); American Air Flter (1925).

1920-30 – Comercialização de filtros de mangas auto-suportados com limpeza automática por sacudimento mecânico;

1930-50 – Comercialização de filtros com limpeza ar-reverso (Harry Hersey), mangas cônicas com anéis no corpo. Uso de ciclones como tremonha dos filtros ar-reverso;

1950-60 – Introdução do filtro com limpeza jato pulsante (Pulverizing Machinery). Desenvolvimento de fibras e tecidos sintéticos (acrílico, nylon, poliéster) com maior resistência química aos gases e particulados filtrados.

1960-70 – Aplicação dos filtros em condições mais severas, altas RAP, na Europa permite o desenvolvimento de empresas de Manutenção em Filtros de Mangas. Desenvolvimento de mangas para alta temperatura em Teflon e Nomex (Dupont).

1970-80 – Desenvolvimento de mangas em não-tecido de fibra de vidro (Huyck) e de mangas para muito alta temperatura em fibras Cerâmicas (Carborundum) e em fibras de Aço-Inox (Brunswick). Ampla comercialização de sistemas FGD (Flue Gás Dessulfurization) para controle de Sox.

1980-90 – Desenvolvimento de mangas em poliimida aromática (P84), Polifenilsulfeto (PPS). Sistemas de controle de Nox por lavadores de gases.

1990-2000 – Mangas em fibras melanínicas (Basofil) e blendas diversas entre materiais diferentes, com fibras trilobais, com microfibras.

(Fonte: Conselho em Revista – Nº 39 – Ano IV – Novembro de 2007 – Área Técnica/Artigos – Por Tito de Almeida Pacheco – CREA – RS – Pág; 30)

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